nivel
nacional, participou de três competições, onde dirigiu a final da Liga
Norte, em São Luiz-MA, a final da 1ª Divisão dos Jogos Escolares
Brasileiros, em Goiânia-GO, categoria masculino, e a semi-final da
categoria feminino na divisão especial. Neste final de semana ele
falou ao Acessepiauí. Confira:
Acessepiauí - Como você
avalia seu estágio atual, onde, na temporada 2010, você teve o melhor
desempenho entre os árbitros do nosso futebol profissional, com igual
prestígio também no futsal?
Afonso Amorim - Hoje me encontro no melhor momento da
minha carreira, apesar de ter deixado o quadro da CA-CBF ao final do
ano passado, devido a idade. Deixei num bom momento, apitando a final
da Série D, na cidade de Sobral-CE, como é sabido por todos que
acompanham o futebol brasileiro. Pretendo ainda atuar a nível local,
em 2011, e ao final da temporada farei uma análise do meu desempenho
nas competições, onde verei se continuarei para o ano seguinte.
Antes da
final do 2° turno, em Campo Maior, a pose histórica com os assistentes
e os capitães Neto (Comercial) e Serginho Matogrossense (Flamengo).
Mais um jogo decisivo no Campeonato Piauiense (Foto: Severino Filho).
A - Em 1972, pela
primeira vez, um árbitro da Federação do Piauí apitou uma final de
Campeonato Brasileiro. Mas ele era carioca (Ronald Monassa). Você,
porém, foi o primeiro piauiense a alcançar esta façanha. O que isso
representa para sua carreira?
Afonso - Representa o coroamento de toda a minha
carreira iniciada no ano de 1988, afinal, o objetivo de todo árbitro é
apitar a final da competição em que está atuando, ainda mais quando se
trata de uma final de Campeonato Brasileiro. Conheci o Sr. Ronald
Monassa. Na época, eu era um garoto de 7 anos, e ele fazia a sua
atividade física no Lindolfo Monteiro, juntamente com Manoel Alves
Araújo, o "Mané Galinha", lembra dele? Depois o Mané foi para o Ceará
e tornou-se um dos melhores árbitros de futebol de salão do mundo.
A - Seu ciclo de quadro
nacional acabou, em face da idade. E no futebol piauiense, a nível
estadual, o que voce espera da arbitragem e da nova gestão da CEAF?
Afonso - Sim, acabou, infelizmente, o meu ciclo de
arbitragem na CA-CBF, mas como disse anteriormente, pretendo ainda
atuar este ano a nível local. Espero que nossa arbitragem possa ser
melhor valorizada por essa administração da FFP, coisa que nunca
aconteceu na gestão anterior, com relação a CEAF. Espero que a nova
administração possa fazer um trabalho de revelação de novos árbitros,
promovendo curso e dando oportunidades a quem realmente merecer.
A – Em 2010 você dirigiu
os jogos que confirmaram a definição do títulodos dois turnos – Barras
x Comercial, debaixo de chuva, em Barras, e Comercial x Flamengo, em
Campo Maior. Qual foi o mais difícil deles?
Afonso - Com certeza, o mais difícil foi o jogo em
Barras, entre as equipes de Barras e Comercial, devido a forte chuva
na cidade antes da partida, deixando o campo de jogo cheio de água. A
principio houve resistência das equipes, mas após o final da chuva e
escoamento de parte da água, foi possível dar início ao jogo. E graças
a nosso bom e poderoso Deus, tudo correu bem.
Com tanta gente em cima da bola, o lance pode até ficar difícil para a
arbitragem. Mas Afonso vê tudo de perto, fruto da experiência e do bom
condicionamento físico que o mantém no topd da arbitragem piauiense
(Foto: Severino Fiho).
A – Como árbitro de
futebol profissional, você alcançou tudo que almejava? A quem você
dedicaria sua trajetória na arbitragem piauiense?
Afonso - Sim, se eu deixar hoje a arbitragem, saio de
cabeça erguida e feliz por tudo que já vivi e conquistei na
arbitragem. Primeiro dedico a Deus, pois sem Ele não teria chegado
onde chequei. Depois à minha família, em especial ao Napoleão Santos,
o "NAPLEX", que continua vivo em minha memória.
A – Em 2008 houve aquela
pendenga entre os árbitros. O problema dividiu a categoria, mas não
impediu que árbitros dos dois lados trabalhassem efizessem boas
atuações na temporada de 2010. Pra 2011, você acha que a arbitragem
pode ter um curso normal mesmo com a ala dissidente permanecendo
dentro da categoria?
Afonso – Não. Infelizmente, o que aconteceu em 2008
ainda continua vivo na memória de alguns colegas da arbitragem, que
não souberam superar os fatos acontecidos e ainda guardam mágoas do
passado. Infelizmente, com isso só quem perde somos nós, como perdemos
muito em 2008.
A – Até onde o desfecho
dos julgamentos no TJD pode influenciar na atuação dos jogadores,
considerando-se o aspecto disciplinar?
Afonso - Quando o TJD deixa de punir jogadores
indisciplinados, com certeza isso vai refletir dentro do campo de
jogo. Embora a arbitragem fazendo a sua parte, punindo e excluindo da
partida os maus jogadores, se o TJD não os punir também, de nada vai
adiantar para acabar com a indisciplina desses maus profissionais da
bola.
Destaque
no futsal, Amorim também tem sido escalado para jogos decisivos, como
nesta ocasião, pela Liga Norte de Futsal, em São Luis (Foto:
Divulgação).
A – Você apostaria em
algum nome da nova safra para, em algum lugar do futuro, tornar-se o
grande árbitro do futebol piauiense?
Afonso – Sim. No campeonato do ano passado, surgiu o
Sr. Antonio Dib. Acredido que se for feito um trabalho com ele a nível
local e nacional, coisa que não aconteceu comigo. Ele é jovem e tem
potencial, mas precisa ser lapidado, como também outros nomes que
merecem oportunidades, como os srs. Francisco Júnior e Rogério Braga,
para citar mais dois exemplos.
A – O que é mais fácil –
ou menos difícil – para o árbitro Afonso Amorim: a aplicação das
regras no fute bol de campo ou no futebol de salão?
Afonso - O menos difícil, com certeza, é a aplicação
das regras de futebol, pois trata-se de uma modalidade mais praticada
e desenvolvida no mundo. Já o futsal é um pouco mais difícil, devido
as mudanças das regras, que ainda acontecem.
A - Você pensa em
continuar dentro do futebol após pendurar o apito?
Afonso - Sim, penso. Não consigo me ver fora do
esporte, principalmente do futebol e do futsal, onde já fui gandula,
porteiro, bilheteiro, jogador (categoria juniores), e hoje árbitro.
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