15/02/2014

23:18hs

Promovido ao quadro FIFA, Cleriston Clay fala dos seus planos na arbitragem

Promoção só veio por persistência e méritos próprios após sete testes seguidos

Durante anos Cleriston Clay Barretos Rios perseguiu o escudo internacional (FIFA) tendo feito vários testes - sete no total - e sempre sendo preterido por outros candidatos que nem sempre tinham nível técnico acima do dele, mas que contavam com apoio de estados politicamente mais fortes e com futebol muito superior ao "amador" disputado em Sergipe. Na arbitragem nem se compara, enquanto São Paulo gasta cerca de 3.5 milhões por temporada e exporta árbitros para finais em todo país, seu estado é incapaz de pagar uma simples passagem aérea para que o presidente da entidade que represente os árbitros viaje para representa-los em congressos da categoria pelo país.

Fora os fatos os negativos acima relatados que tornam a arbitragem local insignificante a nível nacional, ainda há relatos que no estado impera a lei do silencio onde quem quiser seguir carreira na arbitragem tem que ser cego, surdo e mudo. Também há denuncias de perseguições onde árbitros que

ousam criticar a associação dos árbitros ou a federação são sumariamente retirados da arbitragem sem direito a qualquer defesa e com a conivência da associação dos árbitros presidida por Ivaney Alves de Lima que tem como único lema dizer amém as ordens da CEAF sergipana.

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Em um terreno hostil como esse, contra todos os prognósticos e lembrando que o assistente também faz parte do sistema bruto e falido adotado em Sergipe - é diretor de esportes da associação - no final de 2013 finalmente conseguiu atingir seu objetivo principal ao ser promovido para o quadro internacional da FIFA.

Em uma entrevista concedida ao portal FutebolSergipano, Cleriston Clay Barreto Rios falou dos seus planos para o futuro, da sua ascensão no quadro da CBF e da possibilidade de assumir a Escola de Árbitros de Sergipe.

Acompanhe abaixo a entrevista na integra.

Futebol Sergipano – Quando começou o interesse pela arbitragem?

Cleriston Clay – No curso de Educação Física, com o intuito de melhorar o currículo e adquirir mais experiência, fui informado sobre o curso de Árbitros pelo colega Raniel e a partir de lá, por amar o Futebol, procurei seguir e me aperfeiçoar com muita determinação.

Futebol Sergipano – Você se inspirou em algum árbitro.

Cleriston Clay - Sim. Durante o Curso ao conhecer melhor o Sidrack Marinho, Antônio Hora e Luiz Eduardo, árbitros que sempre representaram Sergipe de forma brilhante.

Futebol Sergipano – Como foi chegar a ser árbitro assistente da CBF?

Cleriston Clay – Uma grande satisfação. Pois poder representar o estado pelo Brasil, uma grande honra e agora com o escudo FIFA, pode representar não só o Estado, mas o Brasil pelo mundo.

Futebol Sergipano – Quais seus planos para o futuro?

Cleriston Clay – Se firmar cada vez mais como um dos grandes assistentes do Brasil, e estar apto para Competições de grande porte mundial, como Olimpíadas e a Copa do Mundo.

Ivaney Alves de Lima Eduardo de Santa Nunes e Cleriston Clay Barretos Rios

Futebol Sergipano – É verdade que você pode assumir a escolinha de árbitros?

Cleriston Clay – Sim. Houve um convite e estamos felizes pelo reconhecimento e estamos ajustando os detalhes finais para isso se formalizar.

Futebol Sergipano – Pretende deixar de ser assistente para ser árbitro?

Cleriston Clay – Não. Sou muito feliz e realizado como assistente. Ciente do papel e responsabilidade, pretendo me dedicar ainda mais, para minimizar os erros e seguir firme na Carreira.

Futebol Sergipano – Em sua opinião, quem é o melhor árbitro do futebol brasileiro?

Cleriston Clay – Temos grandes árbitros, citar apenas um seria muito difícil. Nosso Árbitros são muito bons e nos representam muito bem. Além do Sandro Ricci que nos representará no Mundial, temos o Wilson Seneme, Heber Lopes, Paulo César Oliveira, Leandro Vuadem e o Marcelo De Lima Henrique, com Características particulares, mas que são excepcionais. além do Cláudio Lima e Eduardo de Santana, que possuem grande Futuro, Rogério Lima e Claudionor que são grandes árbitros e exemplo para os demais no Estado.

Futebol Sergipano - E quem é o melhor árbitro assistente ?

Cleriston Clay – Assim como árbitros, temos excelentes assistentes, Emerson Augusto de Carvalho, Marcelo Carvalho Van Gasse, Alessandro Rocha Matos, e no estado, Ivaney Alves de Lima e Ailton Farias.

Futebol Sergipano - O que é preciso ser feito para Sergipe ter projeção em nível nacional na arbitragem?

Cleriston Clay – Nós sempre tivemos grande representatividade, com Sidrack Marinho e Antônio Hora. Hoje buscamos continuar esse processo. Com Trabalho e grande incentivo da CEAF, muito bem conduzida pelo Cel. Marcony Cabral que tenta nos oferecer uma gama de conhecimentos, orientações e treinamentos constantes.

Futebol Sergipano - Obrigado pela entrevista, gostaria de acrescentar algo mais?

Cleriston Clay – Não. Só agradecer a você e a todos da imprensa pelo grande carinho e incentivo ao nosso trabalho. Que Deus possa nos abençoar sempre e que tenhamos muita saúde e Paz.

Histórico: É de Serrolândia-BA e mora em Aracaju desde 1989. Casado, tem uma filha de 3 anos. Formou-se árbitro em 2000 e sua primeira partida como Profissional pelo estadual ocorreu em 2001. Ingressou na CBF em 2004 estreando na Série A em 2007 na partida Grêmio 2x0 Paraná disputada no Estádio Olímpico em Porto Alegre.

Formado em Educação Física, com duas pós - graduações em fisiologia e treinamento de força aplicado ao esporte. Atua como Personal Trainer.

Foi promovido aspirante em 2007 e desde então fez sete testes anuais seguidos para o quadro FIFA sendo promovido finalmente ao quadro internacional em 2014. É fã de Sidrack Marinho dos Santos, primeiro árbitro FIFA do Estado de 1994 a 1999.

Com informações Futebolsergipano

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