alguma forma ou você já estava esperando que
isso pudesse ocorrer?
MLH: Surpreso sim, mas fiz parte de um
processo de renovação em 2008 e agora saio pelo mesmo motivo, ciclo
da vida.
De que forma você entende a decisão da
Comissão de Arbitragem, optando pela sua saída do quadro
internacional?
MLH:Entendo como direito dos gestores. Na
CA-CBF só temos ex-árbitros que querem o melhor para a Arbitragem
Nacional e eu entendo perfeitamente, cumpri meu chamado como FIFA e
como não aspiro mais nada na carreira internacional a saída faz
parte do processo.
Se levarmos em conta o desempenho da atual
temporada, e até de outras anteriores, você tem se destacado como um
dos principais árbitros do Brasil. Tanto nas competições nacionais
quanto internacionais. Entende que isso deveria ter favorecido sua
permanência até os 45 anos no quadro da Fifa?
MLH:Até poderia, mas inicia-se um novo
ciclo. Fico feliz por representar bem a Arbitragem do meu Estado, o
Rio de Janeiro, e do patamar que atingi dentro da arbitragem
Nacional e Sul Americana com muito trabalho árduo. Gostaria de
continuar é claro, mas saio da FIFA com a certeza que contribui.
Árbitros e dirigentes passam o homem fica.
Entraram quatro árbitros no quadro da Fifa. O
mais velho é Luiz Flávio de Oliveira, que tem 37. Entre os outros
três, dois têm 33 (Anderson Daronco e Dewson Fernando Freitas da
Silva) e um tem 35 (Raphael Claus). O ano de 2015 começa com 40% de
renovação do quadro. Você entende que há uma tentativa de
rejuvenescer o quadro internacional por parte da comissão?
MLH:Entraram 4 árbitros muito talentosos e
jovens, cada um com características especiais, Luiz Flavio com vasta
experiência, mas tenho certeza que Dewson, Claus e Daronco vão nos
orgulhar muito pelos campos do Brasil e do mundo. Todos sabemos das
difíceis exigências físicas impostas na atividade e essa renovação
dá sim mais oxigênio ao quadro Internacional.