Entrevista

Jorge Rabello concede entrevista ao Saperj

Presidente da Ceaf-Saperj critica as ofensas, declarações maldosas, calúnias e mentiras publicadas no Boca no Trombone

22/09/2010 - Em entrevista concedia no dia de ontem ao site oficial do Saperj-Sindicato dos Árbitros Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, o presidente do orgão e da Comissão de Árbitros da Ferj, Jorge Rabello, falou sobre as realizações em seu mandato frente a entidade de classe.

Rabello fez um balanço geral da sua gestão onde destacou a sede própria do sindicato, conseguida com muita luta, o que elevou a alto estima dos árbitros cariocas. Também destacou a infra-estrutura disponibilizada aos associados na pista de atletismo do Célio de Barros no complexo esportivo do Maracanã, com custos anuais em torno de R$ 38.000,00 pagas integralmente pelo Saperj.

Segundo Rabello, hoje o associado do Saperj conta com assistência jurídica profissional e particular, os árbitros, assistentes e observadores possuem seguro de vida e houve uma melhora significativa nas taxas de arbitragens pelo fato da

Rabello: "Trombone deveria chamar-se "boca dos covardes".

presidência da comissão de arbitragem e a presidência do Saperj pertencerem a mesma pessoa.

Rabello também destacou que o patrocínio no uniforme dos árbitros é a principal fonte de renda do Saperj, patrocínio este que em 2009 era de R$ 54.000,00, e que neste ano foi recusado uma proposta de R$ 400,000,00.

Por ultimo, comentou sobre as denuncias anônimas que são feitas no site apitonacional, segundo ele, não tiram o seu sono e nem alteram a cotação do dólar.

"São mensagens injustas, ofensivas e mentirosas postadas em um espaço intitulado "boca no trombone", mais deveria chamar-se "boca dos covardes", já que, os mesmos não tem coragem para se identificar". Conclui Rabello, que mais uma vez faz o uso de ameaças de acionar a justiça.

Acompanhe abaixo a entrevista de Jorge Rabello na íntegra.

Nosso Entrevistado desta Terça-Feira, dia 21/09, é o atual Presidente do Saperj. O Sr. Jorge RABELLO, Rabello, como gosta de ser chamado, fala sobre as realizações em seu Mandato e destaca as Metas para a Chapa "CONTINUIDADE SEM CONTINUÍSMO" . Veja aqui como foi esta entrevista:

SAPERJ: Qual o balanço que o Senhor faz da sua gestão a frente do SAPERJ no período 2004/2010?

RABELLO: Primeiramente gostaria de registrar a título de informação que a minha relação com a causa dos árbitros, não começou, ao contrário do que se pensa em 2004 no encerramento da minha carreira como árbitro, ela começou em 1983 (tinha apenas 3 anos como árbitro formado, 1980) na associação dos árbitros presidida por José Carlos Moura, onde, exercia a função de segundo tesoureiro. Em 1985 o SAPERJ consegue sua carta sindical e em 1986 tivemos a primeira eleição para a presidência do SAPERJ e fazendo parte da chapa de oposição ganhamos a eleição com Reginaldo Mathias derrotando Luiz Carlos Feliz por um voto de diferença. Essa vitória custou 3 anos da minha carreira pois por ser oposição fui afastado de minhas funções como árbitro de futebol de 1986 a 1989, só retornando a atuar em 1990 com Antonio de Pádua como presidente da COAFRJ.

Nunca é demais lembrar que esse sindicato que se tornou referência foi assumido por mim na rua, literalmente na rua. Não tínhamos sequer um CEP, ativos e documentos desapareceram, dívidas trabalhistas, títulos protestados, Serasa e caixa zero, agora mesmo recebemos do ex-árbitro Marcio Resende de Freitas uma cobrança de 2001 referente a uniformes que foram confeccionados por sua empresa, vendidos para os árbitros e não pago, ou seja, o árbitro pagava a anuidade do SAPERJ, era     obrigado a comprar uniforme os árbitros amadores, também eram obrigados a comprar uniforme de qualidade inferior, enquanto hoje, basta apenas o pagamento de sua anuidade para o árbitro receber um kit de uniforme exatamente igual para todos os associados, do mirim ao profissional.

Hoje, somos referência nacional, temos sede própria, recuperamos a credibilidade da instituição, aumentamos a auto estima dos associados e desenvolvemos um amplo programa de benefícios.

SAPERJ: Quais os benefícios alcançados no período?

RABELLO: Treinamento físico para os árbitros e assistentes:

Hoje os associados do SAPERJ treinam na pista do Célio de Barros no complexo esportivo do Maracanã,   com toda a infra-estrutura com custos anuais em torno de R$ 38.000,00 pagas integralmente pelo SAPERJ, professores, equipe de apoio, massagista, água e frutas.

Assistência Jurídica:

Os associados do SAPERJ tem assessoria jurídica nos tribunais de justiça desportiva, bem como, descontos especiais em outras causas não desportivas através de contrato estabelecido entre o SAPERJ e escritório de advocacia.

Seguro de Vida em Grupo:

Todos os árbitros, assistentes e observadores possuem seguro de vida da Sul América seguros com o custo da apólice anual custeada integralmente pelo SAPERJ.

Taxas de arbitragem:

Em virtude da presidência da comissão de arbitragem e presidência do SAPERJ por questões situacionais serem a mesma pessoa propiciou uma negociação direta e vantajosa com a Federação de Futebol, uma vez que, ela acontece de forma direta sem intermediários, portanto, os cargos cumulativos se completam não se sobrepõe.Temos indiscutivelmente e reconhecidamente as melhores taxas de arbitragem do Brasil em todas as categorias do mirim ao profissional.

Desde que, o Dr. Rubens Lopes assumiu a direção da FERJ a inadimplência tão costumeira e usual, deixou de existir através de duas ações específicas, reivindicadas por mim e aceitas pelo presidente da FERJ: a  punição para os clubes inadimplentes fazerem parte do regulamento das competições, todas, sem exceções  e na ocorrência do não pagamento pelo clube, a FERJ paga a cooperativa e depois cobra dos clubes, em alguns casos pode haver eventual atraso do pagamento das taxas por questões estruturais e administrativas, mas seguramente podemos afirmar que a inadimplência é zero.

Historicamente os campeonatos de amador da capital sempre tiveram gratuidade no pagamento das taxas, ou seja, por se tratar de competição política e os clubes não terem recursos financeiros sobrava para a arbitragem o papel de filantropia. A partir deste ano, foi quebrado mais esse paradigma e o Presidente da FERJ homologou nossas reivindicações, primeiro: tirando o local dos jogos das comunidades por se tratarem de áreas de risco, segundo: passando a remunerar os árbitros.

SAPERJ: Qual a principal fonte de financiamento dos benefícios do SAPERJ?

RABELLO: Sem sobra de dúvida o patrocínio no uniforme dos árbitros, sem o qual, não poderíamos bancar os custos anuais do SAPERJ. É claro que o gerenciamento dos recursos envolve planejamento e disciplina nos gastos, quando assumimos o sindicato nosso contrato de patrocínio era de R$ 54.000,00 em 2009 recusamos uma proposta de R$ 400,000,00, para a camisa, portanto, fica evidenciado a mudança do patamar de negociação, uma vez que, a FERJ contratou a empresa INFORMÍDIA para levantamento da exposição da marca do patrocinador no campeonato carioca nos dando a exata dimensão do tamanho do nosso negócio e da qualidade do nosso produto. Cabe registrar que todo contrato de patrocínio negociado pelo SAPERJ tem o conhecimento e aprovação da presidente da Federação de futebol, bem como, é o único  no Brasil que destina um percentual a ser distribuído para os árbitros.

Importante registrar que ao assinar o contrato de patrocínio a categoria amadora também é beneficiada, uma   vez que, são dispensados do recolhimento ao SAPERJ dos 5% que são retidos de suas taxas.

SAPERJ: Qual a sua opinião sobre a parceria SAPERJ/FERJ?

RABELLO: É de fundamental importância para o crescimento da instituição SAPERJ. Alem de todos os benefícios exemplificados acima, temos sempre por parte do Presidente da FERJ, as portas abertas para reivindicar e negociar sem intermediários, como exemplo atual podemos citar os cursos de Inglês e Espanhol para árbitros e assistentes do quadro nacional, pedido encaminhado por mim a presidência e prontamente aprovado

SAPERJ: Como o senhor reage as mensagens anônimas postadas no site apito nacional?

RABELLO: Em primeiro lugar afirmo que não tira meu sono e nem altera a cotação do dólar. São mensagens injustas, ofensivas e mentirosas postadas em um espaço intitulado "boca no trombone", mais deveria chamar-se "boca dos covardes", já que, os mesmos não tem coragem para se identificar.

Lamento, sinceramente que o site apito nacional, que é um site com conteúdo bastante interessante sobre arbitragem, se preste a esse papel, uma coisa e ter um espaço democrático para todos postarem suas críticas, decepções, frustrações e etc..., outra é permitir ofensas, declarações maldosas, calúnias e mentiras sem identificar os covardes. mas, enfim, vamos ver qual será o entendimento da justiça.

Tenho a absoluta consciência que as decisões tomadas por mim a frente da comissão de arbitragem não passariam em branco, já que, no período de 2007 a 2010, 96 (noventa e seis) repito, 96 árbitros deixaram o quadro de arbitragem, alguns por alcançarem a idade limite, outros por deficiência física, outros por deficiência técnica e outros por questões de comportamento.

Portanto, os árbitros do Rio de Janeiro podem ficar absolutamente tranqüilos, pois em breve, muito breve, teremos notícias sobre esse assunto, vamos ver na justiça se essa pessoa e seu grupo tem a mesma coragem que aparentam ter atrás da cortina do anonimato, onde se escondem os covardes.

SAPERJ: Quais os projetos da chapa "Continuidade sem Continuísmo"

RABELLO: Nosso grande projeto será o CETA - Centro de Excelência e Treinamento de Árbitros, trata-se de um projeto pioneiro no Brasil e que representará um marco na preparação da arbitragem, estamos aguardando a assinatura do prefeito Eduardo Paes para cessão do terreno para podermos enviar o projeto para o Ministério dos Esportes, já que transformamos o SAPERJ, em sindicato de utilidade pública.

Assim que houver assinatura já esta acordado com o Presidente da FERJ, que lançaremos a pedra fundamental, bem como, a FERJ num primeiro momento arcará com os custos de construção da pista de atletismo, campo de futebol, vestiário para os árbitros e torre de iluminação.

Já foi encaminhado a prefeitura Municipal projeto do SAPERJ intitulado "Iniciação de Jovens para a Carreira de árbitros de futebol nas vilas olímpicas do Município do Rio de Janeiro". Este projeto tem por finalidade promover a iniciação à arbitragem os jovens das Vilas Olímpicas do Município do Rio de Janeiro, bem como, oportunizar as mais diversas camadas de população alvo, à participação em atividades que promovam a inclusão, integração e a renovação de valores através do esporte, com ênfase no potencial      individual de cada   um, contribuindo assim para sua formação, visando também a formação de hábitos e atitudes saudáveis.

Incremento em 2011 das atividades sociais do SAPERJ, com a criação de dois eventos que irão fortalecer a integração SAPERJ/ÁRBITROS/FAMÍLIA, a saber:

- Festa junina do SAPERJ;

- Feijoada dançante da arbitragem (todo último sábado de cada mês);

SAPERJ: Se eleito para o quadriênio 2010/2014, será seu último mandato a frente do SAPERJ?

RABELLO: Sim, hoje realmente estou com muitos afazeres, além de atuar no ramo de modulados, onde       tenho sociedade em uma loja e estamos abrindo mais uma, tenho o SAPERJ e a COAF, até 2014 pretendemos concluir as obras do CETA e ai entendo que minha contribuição para a arbitragem a nível de sindicato estará concluída, portanto, vou lançar a candidatura do meu substituto o atual Diretor Financeiro do SAPERJ, William Nery.

Fonte: www.saperjarbitros.com.br

Nota: O apitonacional como foi citado na entrevista, entende e reitera mais uma vez que o espaço Boca no Trombone é democrático e oferece a oportunidade para todos deixarem a sua opinião. Evidentemente que garantimos o anonimato à aqueles que se sentirem em perigo ou tenham medo de represálias ao revelarem os seus nomes. Tal fato tem incomodado aqueles que fazem de tudo mas não conseguem calar os que se sentem prejudicados, oprimidos e vêem no espaço o único local seguro para deixarem o seu recado, a sua informação e até mesmo a sua denuncia.

Todavia, o nosso espaço esta aberto a todos e o Sr. Rabello ou qualquer outro que se sentir prejudicado, o espaço esta aberto para que se manifeste postando a sua versão.

Pessoas públicas, tem dificuldade de entender e aceitar que as criticas e os elogios fazem parte e são provenientes dos cargos que ocupam e são proporcionais a importância destes cargos. Procurar a justiça é o direito de todo brasileiro que se sinta prejudicado, o apitonacional atendera qualquer pedido ou determinação judicial, a única que em nosso entendimento poderá dizer o que esta certo ou esta errado, mesmo assim, e se tratando de justiça, a nós será dado o direito do contraditório da decisão.

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