Tatiane Sacilotti: "Eu nasci para ser bandeirinha!"

A promessa do quadro de arbitragem da FPF que virou realidade fala da sua participação na final do Campeonato Paulista

17/05/2011 - Tatiane Sacilotti (foto) pode ganhar o prêmio de melhor auxiliar do Campeonato Paulista de 2011. Nada mal para a “personal trainer” de 25 anos, 1,60 metro de altura, que iniciou a temporada como promessa do quadro de arbitragem do futebol paulista. “Ela é muito boa”, disse Marcos Marinho, homem forte do apito da Federação Paulista de Futebol.

Neste domingo, Tatiane foi escalada para ser assistente no clássico entre Santos e Corinthians, decisão do estadual. Na primeira etapa, ela acertou todas as marcações que fez e, mesmo quando deixou de anotar impedimento de Zé Eduardo e Neymar, estava correta.

A assistente nasceu para ser bandeirinha. “Nunca quis ser outra coisa”, afirmou a fã da ex-assistente Ana Paula Oliveira. Tati como é chamada pelos íntimos é formada em educação física e mora em Cachoeira Paulista (SP).

Ela já coleciona algumas decisões em seu currículo. Já ganhou aplausos da maior uniformizada corintiana na final da Copa São Paulo de 2009, quando o Corinthians venceu o Atlético Paranaense. No ano passado trabalhou no jogo decisivo de um torneio internacional de seleções de futebol feminino e também da partida entre Santos e São José dos Campos, que definiu o título estadual.

Nesta segunda-feira, ela entrou na lista dos melhores trios do Campeonato Paulista. Espera por sua eleição na festa organizada pela FPF.

Luciano BorgesComo você se sentiu depois da final?
Tatiane Sacilotti – Fiquei muito feliz, mas muito feliz mesmo. Eu não tenho palavras para explicar o que senti. Deu tudo certo.

Luciano Borges Você foi elogiada por dois lances específicos com Neymar e com Zé Eduardo.
Tatiane Sacilotti –Isso. Foram lances muito difíceis, rápidos, com jogada em movimento. Acho que Deus me iluminou ontem porque consegui acertar todos os lances. Foi aquele do gol do Santos em que o Zé Eduardo não estava impedido e depois teve aquela jogada do Neymar, que apareceu na cara do Júlio César.

Luciano Borges Pela televisão, a primeira impressão é de que havia impedimento nos dois lances, mas na repetição ficou claro que eles tinham condição.
Tatiane Sacilotti – Foi isso. Foi fruto de muito trabalho e de treino. Por isso é que gosto de ser árbitra assistente.

Luciano Borges Você não quer ser juíza?
Tatiane Sacilotti – Não. Gosto de ser bandeirinha. Sempre quis ser bandeirinha. Quando estou fora da escala, eu fico agitada, impaciente. Eu gosto de ter que decidir em segundos. É mais difícil do que ser árbitro porque são lances importantes, em que alguns segundos definem.

Luciano Borges Você agüenta as cobranças depois de errar?
Tatiane Sacilotti – Eu me cobro muito. A cobrança maior é nossa. É muito difícil lidar com erro. Quando erro, fico mais decepcionada do que todo mundo. Eu não tenho meio termo.

Luciano Borges Quando você soube que tinha acertado os lances do primeiro tempo?
Tatiane Sacilotti – Só fui saber depois da partida. No vestiário, durante o intervalo, a gente não ficou sabendo de nada.

Luciano Borges E durante o primeiro tempo, você teve que encarar o Chicão.
Tatiane Sacilotti – Foi, ele reclamou de um lance em que o Luiz Flávio de Oliveira (juiz da decisão) tinha dado vantagem numa falta do Neymar. Tive que encarar. Com sorriso ninguém vai se impor.

Obs. Tatiane ficou em terceiro lugar na premiação dos melhores do paulistão de 2011 e dividiu um premio de 50 Mil reais com os outros integrantes do trio.

Fonte: Luciano Borges


Fechar

Publicidade

 

Copyright © 2009 -2011     www.apitonacional.com.br ® Todos os direitos reservados

Publicidade