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Armando Marques
Considerado o melhor do Brasil, carrega consigo o peso de ter cometido erros histórico na arbitragem Brasileira
Armando Nunes Castanheira da Rosa Marques, nascido na cidade do Rio de Janeiro, no dia 06 de fevereiro de 1930. Considerado por muitos o melhor árbitro do futebol brasileiro enquanto esteve em atividade, era amado e odiado pelos torcedores e jogadores. No entanto, embora suas atuações na maioria dos jogos tenha sido irrepreensível, ganhou fama por cometer erros históricos que decidiram campeonatos, principalmente em jogos de futebol do estado de São Paulo.

A primeira partida que Armando Marques apitou profissionalmente foi dia 13 de agosto de 1961. E a última foi no dia 8 de maio de 1977.

De 1961 até 1963, sua carreira passou no anonimato, ninguém conhecia Armando Marques. Até que chegou o dia 15 de agosto de 1963, quando se enfrentaram no Pacaembu São Paulo e Santos.

O São Paulo abriu o placar aos 5 minutos através de Faustino. Pelé empatou aos 21 minutos. Mas nos oito minutos finais do primeiro tempo, aconteceu de tudo.

Benê marcou o segundo gol do São Paulo aos 37 minutos e Sabino aumentou para 3 a 1 aos 40 minutos.

Aí começou a confusão. Os santistas protestaram, o árbitro Armando Marques não tolerou as reclamações e expulsou Pelé e Coutinho.

Fim do primeiro tempo. Então o Santos teria que voltar para o segundo tempo com nove jogadores, mas voltou somente com oito, alegando que o lateral Aparecido passou mal no vestiário e não tinha condição de retornar.

O jogo recomeçou e aos 7 minutos Pagão ampliou para 4 a 1. Começou então o “cai-cai” Pepe e Dorval resolveram cair e esperar a maca para não voltarem mais ao gramado. Armando Marques apitou o fim da partida, pois o Santos não tinha número legal de jogadores para continuar o jogo.

Esta partida entrou para a história do futebol brasileiro, como o jogo do “cai-cai”, ou então, o jogo em que o Santos fugiu de campo. E foi a partir daquele dia, com a expulsão de Pelé, que o árbitro Armando Marques entrou no cenário nacional.

Polêmicas e erros históricos marcaram sua careira. A primeira aconteceu num Fla-Flu, no maracanã em 1968, em disputa do Torneio Roberto Gomes Pedrosa. O ponta direita do Fluminense deu um tapa na bola e marcou o único gol do jogo. Armando confirmou o gol. Mais tarde viu o lance na Televisão e se desculpou diante da torcida rubro negra.

Em 1971, anulou um gol de Leivinha do Palmeiras, pois assinalou que foi com a mão quando as imagens mostraram claramente que foi com a cabeça. Esse erro ajudou o São Paulo a ser campeão paulista daquele ano, pois o lance aconteceu na final entre os dois clubes.

Em 1973, em outra final do Campeonato Paulista de Futebol, encerrou a cobrança de pênaltis quando o Santos Futebol Clube vencia por 2x0, mas ainda com possibilidade de empate por parte da Associação Portuguesa de Desportos, pois restavam duas cobranças. Seu erro causou a divisão do título do Campeonato entre os dois clubes.

Outro erro histórico: final do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1974, Vasco e Cruzeiro no Maracanã. O time mineiro precisava de apenas um empate. O Vasco vencia a partida por 2x1 quando Armando Marques anulou um gol legítimo do jogador Zé Carlos do Cruzeiro, impedindo o time mineiro de se sagrar Campeão Brasileiro daquele ano. Outra confusão em 1974, Nilton Santos era assessor técnico do Botafogo, quando Armando foi chamar a atenção do ex-craque com o dedo em riste, recebeu um soco de Nilton Santos e caiu escadaria abaixo no túnel do maracanã (foto abaixo).

Em 1997 assumiu o comando da Comissão de Arbitragem da CBF no lugar de Ivens Mendes pregando o resgate da credibilidade que pouco fez para preserva- la.

Centralizador ao extremo, introduziu os árbitros do quadro nacional na era da videoconferência, pela qual transmitia orientações a cada início de campeonato e repassava o conteúdo das circulares da FIFA. Além de anti-didáticas, elas eram anti-funcionais. As dúvidas tinham de ser enviadas via fax às federações, que as repassavam para a CBF. As respostas demoravam semanas para voltar.

Em 2005 foi substituído pelo ex-árbitro Edson Resende, Armando não resistiu à crise após as denúncias sobre manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro, envolvendo os árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon. Além de ser acusado de omissão,

Armando Marques mentiu ao dizer que o árbitro Edilson Pereira de Carvalho tinha sido integrado ao quadro da FIFA durante a gestão de Ivens Mendes, na Comissão Nacional de Arbitragem. No entanto, Edilson, que já admitiu ter fraudado jogos do Brasileiro, passou a ser árbitro da FIFA durante o período em que Armando Marques dirigia a Comissão Nacional de Arbitragem.

Apesar do rigor, tratava jogadores com educação, chamando-os de senhor. Pode-se dizer que Armando Marques fez escola na arbitragem. E convém lembrar também que quando atuava, o árbitro não tinha a excessiva proteção policial como os árbitros têm hoje.

Com o mesmo jeito autoritário que o notabilizou dentro de campo, Armando Marques, pede que o esqueçam. Foram 25 anos de arbitragens, como árbitro, ganhou fama e fez fortuna. Apesar dos problemas que aconteceram em sua carreira, continua sendo lembrado pela maneira especial de como chamava a atenção dos atletas em campo. Não se importava quando a torcida o chamava de “Bicha...bicha”. Era vaidoso, apitava sempre com o uniforme impecavelmente limpo e alinhado.

Ao encerrar a carreira no futebol, sua popularidade o levou a apresentar um programa de auditório na extinta TV Manchete (emissora da qual ele já também fora comentarista esportivo), em 1993. Havia um quadro em que ele contava e admitia alguns erros que cometera durante sua carreira.

Atualmente residindo no Rio de Janeiro, está aposentado desde que deixou o comando da Comissão de arbitragem da CBF. Solteiro, tem vários sobrinhos que receberam todo seu acervo de fotos e motivos relacionados à carreira.

Fotos atual e da Carreira

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