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 26/03/2020    10:32hs -     Atualizado 30/03/2020    09:48hs

Abandonados pela CBF e ANAF, árbitros ficam sem receber e têm futuro incerto sem calendário

Crédito: reprodução/CBF

Leonardo Gaciba: chefe da Comissão de Arbitragem da CBF não tem nenhum plano de ajuda aos árbitros
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Enquanto clubes e jogadores debatem uma possível redução de salários em meio à crise do coronavírus, os árbitros já estão sem receber. Remunerados por partida, juízes e bandeirinhas ficaram sem renda com a suspensão de todas as competições no território brasileiro e têm o futuro financeiro incerto. Na elite do futebol brasileiro, vários se dedicam integralmente a apitar jogos, e o clima na categoria é de apreensão.

O receio de falar abertamente é prevalente entre quem ainda está em atividade. Procurados, árbitros que atuam no futebol brasileiro preferiram permanecer em anonimato, mas três deles revelaram apreensão com a falta de renda sem partidas acontecendo, e com a ausência, até o momento, de qualquer plano de contingência por parte de federações e confederações.

Uma das fontes ouvidas explicou que, embora a profissão não seja regulamentada e a remuneração seja por partida apitada, atualmente vários árbitros tiram seu sustento exclusivamente dessa atividade.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o árbitro FIFA Anderson Daronco, que não se escondeu como fizeram a maioria com medo de represálias, falou sobre a realidade do problema vivido pelos dono apito. Segundo o santa-mariense, é complicado para um árbitro de alto nível conciliar outro emprego, devido as viagens, jogos e treinamentos. Daronco falou sobre a difícil situação que a categoria vive em meio à pandemia.

"Minha dedicação é exclusiva para o futebol e esse é um assunto muito pertinente para o momento. Que não soe como uma choradeira, mas que se faça uma reflexão sobre o assunto. Primeiro, que é muito difícil de um árbitro de alto nível ter qualquer outro tipo emprego, devido as demandas de viagens e treinamentos. Então, ele vive exclusivamente do jogo. Sem jogo, não tem de onde tirar renda. Por isso se luta tanto pela profissionalização, para que o árbitro tenha segurança nessas situações. Seja um árbitro do quadro da FIFA ou do quadro básico da Federação — comentou.

Crédito: Reprodução Instagram/ANAF

Eleito em 2018, Salmo Valentim prometeu uma gestação transparente e voltada aos árbitros, mas sofre forte resistência e rejeição pelo abandono as causas da categoria

Nota do Apitonacional

Apesar da covardia de não vir a publico demonstrar descontentamento e reivindicar ações das entidades que deveria representa-los como os sindicatos estaduais e a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF), nos bastidores e em off a choradeira da categoria é grande.

Contrários a qualquer tipo de descontos voluntários nas taxas de arbitragens para criação de um fundo que ajudaria em situações como essa, os árbitros foram diretamente afetados pela quarentena devido a epidemia e viram ir a zero rendimentos que auxiliam o sustento das casas, quando não a principal fonte de receita da família dos apitadores. Com o fim da receita por conta da paralisação dos campeonatos, os árbitros constataram o total abandono por parte da CBF que não teve ou tem qualquer plano de ajuda para a categoria, mesmo tendo faturado cerca de 1 bilhão de receita em 2019.

Outra entidade que também lavou as mãos e virou as costas para os árbitros foi a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) que, mesmo recebendo cerca de 500 mil reais anual de verbas da CBF, fora os possíveis mimos e ajuda para atividades extras, com exceção de ofícios que não trás nenhum resultado pratico, não tem feito nada e sequer tem uma comunicação direta com a categoria através do site oficial que não tem uma atualização desde dezembro de 2019.

Nota da redação: apuramos com uma fonte na entidade que a ANAF recebe R$ 360 mil reais anual como verba da CBF e cerca de R$ 120 mil provenientes dos 5% descontados das taxas de arbitragens.

Outro meio de comunicação oficial, o Instagram da entidade, postou oficio (abaixo) onde o texto demonstra grande preocupação com o futebol brasileiro pedindo a paralisação dos campeonatos sem se preocupar em mencionar uma forma de ajuda por parte da CBF aos árbitros que passariam a não receber as taxas.

Crédito: Reprodução Instagram/ANAF

Obs. Como tem feito desde que assumiu a entidade em novembro de 2018, a atual diretoria não cansa de rasgar elogios à CBF e seus dirigentes, como mostra oficio acima, mas é incapaz de demonstrar preocupação em um documento oficial ou fazer qualquer reivindicação que pudesse vir beneficiar os árbitros em momento tão difícil que todos estamos passando.

Única preocupação para esta diretoria é arrecadar sem reverter a categoria as porcentagens das taxas e a verba da CBF sem qualquer tipo de prestação de contas como prometeu o atual presidente quando em campanha.

Com informações do Uol Esportes

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