O ano mudou, estamos no inicio de
2023, mas a Federação Paraibana de Futebol (FPF) continua com
pensamentos e atitudes do século passado. Incapaz de se manter em pé
com as próprias pernas, a entidade recorre ao socorro financeiro
vindos da CBF, que deveria ser usado para fomentar o futebol e
consequentemente a arbitragem, mas é utilizado para criar cabide de emprego pagando
altos salários a dirigentes e funcionários e despesas da entidade. O resultado não poderia ser
outro, excesso de funcionários, muitos deles sem qualificações
necessárias, dirigentes ricos, como mostram alguns em suas redes
sociais e o futebol cada vez mais pobre com os clubes do estado penando para sobreviverem nas
Séries C e D,
rabeira do futebol nacional.
Elo mais fraco desta corrente
fragmentada, a
arbitragem sobrevive de migalhas como a baixa remuneração,
treinamentos cada vez mais escassos e com qualidade duvidosa. Mal
formados, mal treinados e com alto grau de desconfiança de caráter,
os árbitros são jogados na arena com leões e dependem de suas
qualidades técnicas para driblar as armadilhas e permanecerem vivos
para a próxima escala. Mas antes de apitar os jogos, os árbitros são
obrigados a pagarem do próprio bolso despesas de transporte, estadia
e alimentação para, quando ´convidados´, participarem das reuniões
na FPF e dos testes físicos. Não podemos esquecer que toda vez que
ele atende esse 'convite' deixa de comparecer ao seu trabalho de
onde tira o sustento do seu lar ou se ausenta do convívio familiar.
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Michelle Ramalho tietando jogadores
durante Copa do Mundo Catar - Crédito: Divulgação/FPF-PB |
A pré-temporada deste ano, com
previsão de início para esta terça-feira (3) e termino na sexta
seguinte, sequer tem local definido, não foi informado quem serão os
instrutores e inexiste programação
supostamente por falta de verba da FPF. Claro, não podemos esquecer
que a presidente Michelle Ramalho passou cerca de quarenta dias,
entre novembro e dezembro do último ano, ocupada com as atividades no
Catar acompanhando jogos
da Copa do Mundo e desfilando ao lado de dirigentes à convite da CBF com todas despesas pagas,
incluindo cabeleireiro e maquiador, segundo uma pessoa próxima à
presidente.
Enquanto isso, a arbitragem, cujo
os dirigentes de federações fazem questão de dizer que são
prioridades nos investimentos, são jogados a segundo plano e só são
percebidos quando acontece algum erro grave e viram capas de
jornais e aparecem nas televisões e nas redes sociais em matérias negativas.
Segundo dados do Portal da
Transparência da CBF, a Federação Paraibana de Futebol, recebeu em
2021 algo em torno de R$ 150 mil reais mensais, totalizando R$ 1,8
milhão anual como auxílio para serem aplicados no futebol paraibano (veja
documento). Fora esse valor, segundo informações, a Presidente
da FPF receberia ainda 90 mil reais mês como "verba de representação", o que
da algo em torno de 1.1 milhão de reais ano depositados diretamente
na conta da ‘bela Michelle’.
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Print com demonstração financeira da FPF
no Portal da Transparência da CBF - Credito: CBF |
Não conseguimos contatar Michelle
Ramalho nem Arthur Alves Junior, presidente da FPF e da CEAF/PB respectivamente. Esta matéria será atualizada caso isso
aconteça.