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Dirigentes da arbitragem reclamam da distância e das dificuldades de diálogo com Salmo Valentim
    São Paulo - 07/03/2022    10:19hs
Fotomontagem Marçal - Alusiva ao filme 'Apertem os cintos, o piloto sumiu'
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Se antes, dirigentes da arbitragem reclamavam a distância e as dificuldades de diálogo com Salmo Valentim, presidente da ANAF - Associação Nacional dos Árbitros de Futebol -, agora relatam ser praticamente impossível qualquer contato e por conta disso, muitos deles não conseguem resolver assuntos pendentes com a entidade nacional.

Antes de ser eleito, quando ainda era candidato e nos primeiros meses de mandato, o dirigente pernambucano era onipresente e visitou os estados prometendo ampla abertura e transparência na sua gestão, mas com o passar do tempo, implantou sua forma centralizadora de governar e afastou todos tornando a entidade fechada, sumiu das redes sociais, trocou número do whatsapp, do celular e não tem atendido ninguém, principalmente depois do processo de eleição quase que secreta, um ano antes do fim do mandato para garantir sua reeleição.

A gritaria entre os dirigentes da arbitragem é enorme. Salmo não tem atendido e nem retornado ligações nem mesmo de pessoas próximas e de diretores da entidade que preside. Nem seu tesoureiro, Arílson Bispo, único com quem ainda divide algum assunto sem importância da ANAF, tem conseguido contato com o seu chefe.

A alguns, Salmo teria reclamado que está sobrecarregado de trabalho, tendo em vista que acumula cargos em outras entidades, além da vida social e doméstica, pois se tornou recentemente pai de gêmeos e tem destinado parte do seu precioso tempo para cuidar dos herdeiros.

O dirigente mudou de numero, não avisou ninguém e não tem atendido ligações

Membros de sua diretoria e dirigentes de sindicatos têm reclamado da forma distante, sem transparência e centralizadora que vem sendo administrada a entidade nesta gestão e alguns já cogitam pedir que renuncie ao cargo caso não possa dar a atenção a todos que prometeu antes de ser eleito e a prioridade que a entidade precisa.

Uma coisa é certa, como pessoa física Salmo tem todo direito de sumir, mudar número de telefone e atender quem ele quer e a hora que quiser, pois como diz o ditado que ele tanto gosta, ‘O problema não é a falta de tempo, mas de prioridade. Temos tempo para tudo que priorizamos” e pelo que parece, arbitragem e dirigentes de arbitragem não são suas prioridades para ele no momento.

Se como cidadão tem os direitos citados acima, o mesmo não se pode dizer como dirigente, pois responde pela entidade com a qual tem obrigações e, pelo que se saiba, ninguém obrigou a aceitar o cargo e se não tem tempo para administrar a entidade, que renuncie para que outro que tenha possa assumir seu lugar.

Os dirigentes também reclamam que, das quarenta promessas de campanha, nem dez foram colocadas em prática e hoje a ANAF tem sido mais uma representante do futebol nordestino, especialmente de Pernambuco, do que da arbitragem nacional e suas falaciosas notas de repúdio não tem surtido nenhum efeito dentro das quatro linhas para seus representados.

Congresso da entidade realizado em dezembro de 21, em Recife, usado para mudanças estatutárias, foi única atividade aberta desta gestão - Crédito: Marçal

Congresso da entidade realizado em dezembro de 21, em Recife, usado para mudanças estatutárias, foi única atividade aberta desta gestão.

Não causa nenhuma surpresa o fato de, em um universo de possibilidades de quase mil, a entidade ter só cerca de 100 associados em dia com suas obrigações sindicais, trazendo a luz do dia a distância cada vez maior entre os árbitros e sua entidade de classe.

O Blog não conseguiu contatar Salmo Valentim para que se pronunciasse sobre as informações. O espaço está aberto e caso isso aconteça, o post será atualizado.

As informações são do Blog do Marçal

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