Se antes, dirigentes da arbitragem
reclamavam a distância e as dificuldades de diálogo com Salmo
Valentim, presidente da ANAF - Associação Nacional dos Árbitros de
Futebol -, agora relatam ser praticamente impossível qualquer
contato e por conta disso, muitos deles não conseguem resolver
assuntos pendentes com a entidade nacional.
Antes de ser eleito, quando ainda
era candidato e nos primeiros meses de mandato, o dirigente
pernambucano era onipresente e visitou os estados prometendo ampla
abertura e transparência na sua gestão, mas com o passar do tempo,
implantou sua forma centralizadora de governar e afastou todos
tornando a entidade fechada, sumiu das redes sociais, trocou número
do whatsapp, do celular e não tem atendido ninguém, principalmente
depois do processo de eleição quase que secreta, um ano antes do fim
do mandato para garantir sua reeleição.
A gritaria entre os dirigentes da
arbitragem é enorme. Salmo não tem atendido e nem retornado ligações
nem mesmo de pessoas próximas e de diretores da entidade que
preside. Nem seu tesoureiro, Arílson Bispo, único com quem ainda
divide algum assunto sem importância da ANAF, tem conseguido contato
com o seu chefe.
A alguns, Salmo teria reclamado
que está sobrecarregado de trabalho, tendo em vista que acumula
cargos em outras entidades, além da vida social e doméstica, pois se
tornou recentemente pai de gêmeos e tem destinado parte do seu
precioso tempo para cuidar dos herdeiros.
O dirigente mudou de numero, não
avisou ninguém e não tem atendido ligações
Membros de sua diretoria e
dirigentes de sindicatos têm reclamado da forma distante, sem
transparência e centralizadora que vem sendo administrada a entidade
nesta gestão e alguns já cogitam pedir que renuncie ao cargo caso
não possa dar a atenção a todos que prometeu antes de ser eleito e a
prioridade que a entidade precisa.
Uma coisa é certa, como pessoa
física Salmo tem todo direito de sumir, mudar número de telefone e
atender quem ele quer e a hora que quiser, pois como diz o ditado
que ele tanto gosta, ‘O problema não é a falta de tempo, mas de
prioridade. Temos tempo para tudo que priorizamos” e pelo que
parece, arbitragem e dirigentes de arbitragem não são suas
prioridades para ele no momento.
Se como cidadão tem os direitos
citados acima, o mesmo não se pode dizer como dirigente, pois
responde pela entidade com a qual tem obrigações e, pelo que se
saiba, ninguém obrigou a aceitar o cargo e se não tem tempo para
administrar a entidade, que renuncie para que outro que tenha possa
assumir seu lugar.
Os dirigentes também reclamam que,
das quarenta promessas de campanha, nem dez foram colocadas em
prática e hoje a ANAF tem sido mais uma representante do futebol
nordestino, especialmente de Pernambuco, do que da arbitragem
nacional e suas falaciosas notas de repúdio não tem surtido nenhum
efeito dentro das quatro linhas para seus representados.
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Congresso da entidade realizado em
dezembro de 21, em Recife, usado para mudanças estatutárias,
foi única atividade aberta desta gestão - Crédito: Marçal |
Congresso da entidade realizado em
dezembro de 21, em Recife, usado para mudanças estatutárias, foi
única atividade aberta desta gestão.
Não causa nenhuma surpresa o fato
de, em um universo de possibilidades de quase mil, a entidade ter só
cerca de 100 associados em dia com suas obrigações sindicais,
trazendo a luz do dia a distância cada vez maior entre os árbitros e
sua entidade de classe.
O Blog não conseguiu contatar
Salmo Valentim para que se pronunciasse sobre as informações. O
espaço está aberto e caso isso aconteça, o post será atualizado.
As informações são do
Blog do Marçal