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    São Paulo - 19/11/2020    09:01hs

Apito inimigo

Mesmo com a tecnologia do VAR, profissionais do apito tem um desempenho muito abaixo e isso é responsabilidade da CBF

Leonardo Gaciba - Crédito: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
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Leonardo Gaciba está em situação desconfortável no comando da arbitragem brasileira. O gaúcho cometeu um erro primário ao receber dirigentes do São Paulo e aceitar mudar uma escala de arbitragem a pedido dos cartolas tricolores.

Com a porteira aberta, é natural que outros times também se sintam no direito de exigir modificações de árbitros. O Flamengo está na dele ao solicitar que Wilton Pereira Sampaio não apite o jogo da volta da Copa do Brasil contra o São Paulo. Tentou, mas não conseguiu. Outros times deverão usar a mesma estratégia e se o São Paulo obteve êxito, por que os demais também não podem ter os pedidos atendidos?

O fato é que a arbitragem brasileira continua ruim. Mesmo coma chegada da tecnologia e a implantação do VAR, os profissionais do apito tem um desempenho muito abaixo do esperado e isso é responsabilidade da CBF e do comando da arbitragem.

Por mais que se tente uma renovação no quadro nacional, o material humano deixa a desejar. E é aí que deveria entrar em ação um plano para qualificar e treinar melhor os homens do apito.

A arbitragem nacional sofre o mesmo problema que o futebol. Assim como não surgem mais craques aos montes por aqui, o apito também vem deixando de revelar bons nomes. Gente como Armando Marques, Dulcídio Wanderley Boschilia, Arnaldo Cesar Coelho, Romualdo Arppi Filho já não surgem mais. Aliás, depois de Arnaldo (1982) e Romualdo (1986), nenhum outro brasileiro teve a honra de apitar uma final de Copa do Mundo, o que ajuda a reforçar a tese de que estamos ladeira abaixo quando o assunto é árbitro de futebol.

Assim, o que era para ser um benefício se tornou mais um problema. Por falta de capacidade técnica, nossos apitadores conseguem se atrapalhar com o VAR, com a tecnologia. A ferramenta seria um desafogo na pressão exercida sobre o trio em campo, mas no Brasil apenas reforçou o quão ruim é essa categoria.

Com tanta gente incapacitada para levar um jogo de futebol adiante sem polêmicas, vai sobrar para o chefe deles ter que fazer sala para dirigente indignado e inconformado. Eles que se virem.

Por Ricardo Capriotti - Terceirotempo.com.br

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