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    São Paulo - 18/03/2024    06:11hs

Após agressões, associação de árbitros suspende campeonato uruguaio

O futebol uruguaio voltou a sofrer violência no duelo Racing x Peñarol depois do ocorrido há um mês no Defensor Sporting x Cerro

Ataque a Federico Piccardo no futebol uruguaio - Crédito: Divulgação
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O campeonato uruguaio de futebol está suspenso, desde o ultimo sábado (16), depois de um árbitro ter sido atingido por uma pedra (veja vídeo), vinda da arquibancada, durante partida entre o Racing e o Peñarol, pela quinta rodada do Torneio de Abertura.

A violência no Uruguai (e na América Latina) é algo que infelizmente está muito presente nos eventos esportivos e mais precisamente no futebol. Sem ir mais longe, no próprio futebol uruguaio, há menos de um mês, no Defesnsor Sporting x Cerro, tinha acontecido uma situação semelhante, mas com uma particularidade. Na ocasião, o presidente da AUDAF tinha declarado: “A única coisa que o dia de reflexão faz é que os violentos continuem a ser violentos e que as pessoas do futebol se privem de um espetáculo desportivo. Nesse dia em que não puderem jogar futebol, não vão refletir muito”, dando a entender que a data não foi interrompida, algo que agora aconteceu.

Após mais um ato de violência contra a arbitragem, em comunicado, a AUDAF - Associação Uruguaia de Árbitros de Futebol - informou a paralisação das atividades e lembra que os atos de violência contra os árbitros “têm-se agravado cada vez mais” e, por isso, “é impossível o desempenho normal das atividades”.

Agressão aconteceu durante a partida entre o Racing e Peñarol - Crédito: Divulgação/internet

A direção da associação “lamenta e repudia profundamente o ato de violência ocorrido no estádio Alfredo Victor Viera, no qual o companheiro Frederico Piccardo foi agredido de forma covarde por um torcedor que se encontrava na arquibancada do Racing” – diz o comunicado.

De acordo com o comunicado, o campeonato uruguaio foi suspenso quando tinham sido jogadas três das oito partidas da quinta rodada. No dia 25 de fevereiro, diz o comunicado, o jogo entre o Defensor Sporting e Cerro foi suspenso durante alguns minutos, depois de um árbitro assistente ter sido atingido por um objeto lançado por um torcedor.

No caso deste sábado, foi arremessada pedra da arquibancada, que acabou por atingir o árbitro assistente, isto imediatamente após o apito final do jogo, que o Racing venceu por 2 a 1. O assistente foi atingido no rosto, perto do olho.

Informações mais recentes apontam que o suspeito já foi identificado pelas autoridades que seria o secretário-geral da associação civil do Racing, Federico Seijas, que desmentiu publicamente seu envolvimento neste ato lamentável.

Veja abaixo a nota da Associação de árbitros.

Crédito: AUDAF/Twitter

A AUDAF - Associação Uruguaia de Árbitros de Futebol – fundada em 1951, filiada a Federação Uruguaia de Empregados do Comércio e da Indústria, é a associação que reúne os árbitros que atuam nas partidas de futebol e futsal da Associação Uruguaia de Futebol.

Sua reivindicação histórica tem sido a profissionalização dos associados que atuam no futebol como prestadores de serviços autônomos.

Seu atual presidente é o ex-árbitro Yimmi Alvarez que se aposentou dentro das quatro linhas na ultima temporada e passou atuar como VAR. A sede da entidade atualmente está sediado na Arquibancada Colombes do Estádio Centenário em Montevidéu, Uruguai.

A Associação Uruguaia de Futebol também se pronunciou sobre o episódio (veja abaixo).

Crédito: AUF

Opinião do Apitonacional

Que bom seria e como seria tudo diferente se nossos árbitros e a arbitragem brasileira em geral tivessem o mesmo espírito de união e coletividade dos irmãos uruguaios e o entendimento da força que teriam se unidos fossem. 

Que bom seria se as entidades representativas da categoria, seja ela estadual ou nacional fossem isentas e imunes a acordos espúrios e pressões políticas. Seja ela criadas por vontade dos árbitros ou até mesmo por interesses de dirigentes federativos que usam seu poder, mas sobre tudo e principalmente a subserviência desses árbitros para domestica-los e até mesmo, em muitas situações, guardadas as devidas proporções, escraviza-los, usando os conformes seus interesses, negando seus direitos e enriquecendo cada vez mais com suor dessa classe desunida.

Que bom seria se essas entidades sindicais tivessem realmente poder e força delegada pelos seus representados com participação ativa e maciça destes e que  fossem dirigidas por pessoas verdadeiramente voltadas aos interesses da categoria e não apenas para buscar proveitos próprios, qualquer tipo de ganho ou projeção esportiva ou política.

Utopia sonhar com isso? Sim e pelo cenário atual, continuara por muito tempo assim e por se submeterem a essas condições, nenhum deles, seja ele dirigente ou dirigido, pela subserviência ao poder, pode cobrar nada sob pena de ser açoitado em praça publica sem pena nem dó.

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