A arbitragem do futebol brasileiro
enfrenta críticas intensas na temporada de 2024. Clubes, técnicos e
jogadores têm manifestado insatisfação com decisões tomadas tanto em
campo quanto pelo VAR. Sendo assim, a CBF avalia a substituição de
Wilson Luiz Seneme no comando da Comissão de Arbitragem.
De acordo com informações de
fontes dentro da CBF, Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, já
manteve conversas com possíveis substitutos, inclusive estrangeiros,
para o cargo.
Entre os candidatos considerados
estão Horacio Elizondo, da Argentina, Enrique Osses, do Chile, e
García Aranda, da Espanha, todos com vasta experiência internacional
no setor de arbitragem.
Ednaldo Rodrigues já havia
consultado ex-árbitros estrangeiros para assumir a arbitragem
brasileira. Isso ocorreu antes de contratar Seneme em 2022. Na
ocasião, o dirigente manteve contato com o português Vitor Reis e
Garcia Aranda, da Espanha. Ambos já prestaram assessoria a CNA no
passado.
Um dos interessados no cargo de
Seneme, o brasileiro Carlos Simon, com três Copa do Mundo no
currículo, já admitiu conversar caso seja convidado. Outro possível
substituto, Alicio Pena Junior, que já ocupou o cargo interinamente,
perdeu forças ao ser apontado recentemente por um outro candidato,
como possível vazador de informações sigilosas da comissão para a
imprensa.
Segundo fontes, outro que foi
oficialmente sondado foi o paulista Sálvio Spínola Fagundes Filho.
Esta não é a primeira vez que o ex-FIFA foi convidado, da vez
anterior, divergências no tempo de contrato e compromissos com a TV
impediram o acordo.
Reclamações
A pressão por mudanças aumentou
consideravelmente após episódios recentes no Campeonato Brasileiro.
Reclamações de técnicos e jogadores expuseram falhas no uso do VAR e
inconsistências nos critérios aplicados pelos árbitros.
As reclamações do técnico Filipe
Luís no duelo entre Flamengo e Fortaleza repercutiu muito no comando
da CBF. O treinador criticou Anderson Daronco, acusando-o de adotar
uma postura que atrasou o ritmo do jogo. Além disso, destacou a
revisão no VAR que anulou um pênalti a favor do Flamengo ainda no
primeiro tempo, classificando a arbitragem como ultrapassada e
incoerente.
“Ele fez uma arbitragem de
árbitro do Campeonato Brasileiro de 1990. Apitou perigo de falta,
não tem nada que me irrita mais do que juiz que apita perigo de
falta, que apita 40 faltas que não são e que trava o jogo, isso me
destrói” - criticou o treinador do Flamengo.
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"Ele (Daronco) fez uma
arbitragem de árbitro do Campeonato Brasileiro de 1990" -
Filipe Luís - Crédito: Thiago Ribeiro/AGIF |