Veja abaixo as denúncias.
Desvio de material CBF
Teria ocorrido por vários anos seguidos desvios de material vindos
da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) destinados aos árbitros
que compõem o quadro nacional do Estado. Segundo as denúncias,
Marcelo Filho supostamente pegava esse material e distribuía entre
os outros árbitros amadores e na realização de cursos nas cidades do
interior do Estado.
Devido denúncia feita na CBF sobe os desvios, em 2018 e 2019 não foi
disponibilizado material CBF para os árbitros.
Testes
pago
Segundo as denúncias, é cobrado um valor entre R$ 25 e R$ 35 reais
para a realização dos testes físicos local e da CBF. Os árbitros
correm na pista da Universidade Federal (UFMA), mas tem que pagar o
valor com a justificativa de comprar lona, rede e outros materiais
para a Universidade Federal do Maranhão.
Mesmo pagando para realizar os testes,
os árbitros têm a obrigação de levar água, fruta e tudo mais que for
do seu consumo necessário nos testes.
Taxas não pagas
Existem várias taxas de 2019 do Campeonato Maranhense que não foram
pagas aos árbitros e os mesmos não podem reivindicar o atrasado com
medo de represálias como serem tirados do quadro da CBF e da FMF/MA.
A denúncia diz ainda que as taxas não
são reajustadas à vários anos, onde o clássico do Estado, Sampaio
Corrêa x Moto Clube, a taxa de arbitragem é de R$ 1.500,00 (mil e
quinhentos reais) que é dividida entre 06 pessoas após serem
descontados INSS que, supostamente, estaria sendo recolhido dos
árbitros e não repassado ao erário público pela Federação.
Perseguição política
Segundo um dos árbitros que foram ouvidos, a perseguição política no
Estado é constante e as frases “quem não está do meu lado está
contra mim e eu tiro mesmo, e comigo não fica e não trabalha em
lugar nenhum” são usadas para amedrontar possíveis opositores.
Segundo ainda este árbitro, o chefe da
CEAF interfere em tudo no que diz respeito aos árbitros do Estado do
Maranhão e gerencia a arbitragem de Imperatriz com mão de ferro e
sempre com supostas ameaças.
O árbitro cita também Ivo Pereira
(Francisco de Assis Pereira da Silva), presidente da associação de
árbitros de Imperatriz (ARTAF), que segundo ele, pede para o chefe
dos árbitros (Marcelo) frear quem contesta algo na associação como
forma de não prestar contas da entidade aos associados.
Por fim, cita o caso do árbitro Carlos
André que teria sido ameaçado de ser retirado do quadro local e da
CBF por lançar chapa na eleição da associação fazendo com que o
mesmo pedisse desfiliação indo atuar em outra federação por não
compactuar com as atitudes de Ivo Pereira e de Marcelo Filho.
Assistente 171
Segundo a denúncia, um árbitro assistente que compõem atualmente o
quadro local e da CBF, foi denunciado por golpes de estelionato em
várias pessoas da capital do Estado. Segundo ainda a denúncia, foi
instaurado inquérito policial para verificar os golpes realizado
pelo assistente, mas o presidente da comissão de arbitragem teria
abafado o caso e arquivado a denúncia para que a mesma não chegasse
ao presidente da Federação. O motivo do arquivamento seria que o
assistente compõe o quadro especial de supostos protegidos pelo
dirigente.
O que eles disseram
Contatado, Marcelo Bispo, em papel timbrado da Federação, rebateu
todas as denuncias. Veja abaixo o que disse o dirigente.
Desvio de Material da CBF:
Primeiramente cabe fazer alguns esclarecimentos, todos os árbitros
(quadro da CBF) recebem seus uniformes e assinam a relação de
recebimento de item por item. Portanto, tais informações são
inverídicas, quanto aos cursos do interior, os materiais pertencem
as ligas das cidades.
Teste físico:
É de responsabilidade da Federação Maranhense de Futebol, bem como
ambulância com UTI, água, frutas etc. Nada é cobrado dos árbitros.
Esclareço que a Pista da UFMA é a única que preenche os requisitos
para o teste, não havendo qualquer cobrança acerca de valor. O
Sindicado dos Árbitros em parceria com a UFMA, faz a título de
doação voluntária, de rede de nylon, extensão telescópica para
piscina, cones etc.
No que tange ao Teste Físico na
pré-temporada realizada pela Federação os árbitros pagam 35,00 para
o Instrutor Físico e sua equipe para a realização dos testes.
Ressalto que a Federação Maranhense de Futebol, disponibiliza sem
qualquer custo a ambulância com UTI para acompanhamento no teste
físico.
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Marcelo Filho durante cursos na CBF -
Crédito: CBF |
Taxas atrasadas:
Informo que as súmulas foram enviadas para o TJD, que já julgou e
afastou as três equipes das competições até que seja feito o
pagamento das taxas de arbitragem.
Informo ainda que a Taxa de arbitragem
é definida em Congresso Técnico das Competições, entre Federação,
Clubes e Sindicato dos árbitros, onde não tenho competência para
definir sobre o assunto individualmente. Destaco, que a taxa
atualmente é paga na tesouraria do Sindicato dos árbitros ou na
tesouraria da Federação no prazo de 48 horas antes da realização da
partida. As equipes estão cumprindo rigorosamente o regulamento.
Quanto ao INSS esclareço mais uma inverdade, o INSS referente a
arbitragem é recolhido pelo Delegado do jogo e entregue na
tesouraria, junto com o borderô que é publicado no site da
Federação. Podendo ser observado por qualquer pessoa no próprio site
da Federação no borderô – Boletim financeiro.
Nota da redação: Publicar no site da federação não significa
e nem prova que os valores foram recolhidos aos cofres públicos.
Perseguição Política:
Não é verdade, a ARTAF é uma associação da cidade de Imperatriz
distante por mais de 500 km de São Luís, não tenho qualquer
interferência e poucas vezes vou nessa cidade.
Atualmente só existem dois árbitros
que solicitaram afastamento, um assistente que pertenceu ao quadro
da CBF, que não alcançou o índice de aprovação no teste escrito,
ficando inabilitado para exercer a função. O outro é uma árbitra que
também não alcançou o índice de aprovação nos testes físicos e
escritos nos últimos anos, também ficando inabilitada para exercer a
função de árbitro.
Ressalto que tais índices são impostos
pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sendo realizados
pelos instrutores da própria entidade. Não tendo qualquer
interferência deste presidente, pois também realizo o teste escrito
como Analista de Campo.
Assim, os árbitros que não alcançam à
aprovação nos testes físicos e escritos, tanto na CBF e na
Federação, que também realiza testes nos mesmos moldes, não são
escalados para os jogos pelas Comissões Nacional e Estadual, por
deficiência técnica e física, ou seja, esforço e comprometimento
individual de cada árbitro.
Por fim repudio as denúncias
infundadas descritas nesse documento, meu trabalho vem sendo
desenvolvido visando o crescimento da arbitragem maranhense. Estamos
cumprindo as metas emanadas pela Presidência da Federação na capital
e no interior do estado. Resgatamos a credibilidade dos árbitros
junto à opinião pública. É público os elogios que a Federação
Maranhense de Futebol e a Comissão Estadual de Arbitragem de
Futebol, recebem através dos meios de comunicações do Estado. É
público o apoio da Diretoria da Federação na Qualificação dos
Instrutores Físicos, Instrutores Técnicos, na Psicologia, bem como
na qualificação dos Árbitros e Assistentes, possibilitando a
participação nos Cursos Fornecidos pela Confederação Brasileira de
Futebol – CBF, melhorando os conhecimentos com objetivos de colocar
Árbitros e Assistentes no lugar de destaque na arbitragem
brasileira.
Obs. Marcelo Filho não comentou sobre
o suposto estelionato praticado por um dos assistentes do quadro
local e nacional.
Não conseguimos contatar Ivo Pereira, presidente da associação dos
árbitros de Imperatriz, para falar sobre as denuncias.