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 21/02/2020    11:47hs

Brasileirão Feminino: Árbitros ganham um terço do valor de um jogo da Copa do Brasil

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A escala para apitar um jogo do futebol feminino tem uma enorme diferença no bolso do árbitro que está acostumado a atuar em partidas masculinas de torneios de elite. O Blog do Allan Simon teve acesso a um ofício assinado pelo presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, e enviado aos clubes participantes do Brasileirão Feminino Série A1 no começo de fevereiro.

Vale lembrar que árbitros de futebol não são profissionais, ou seja, não possuem contrato de trabalho com as entidades que organizam as competições. Ganham apenas taxas pelos jogos que apitam. E, no caso do Brasileirão Feminino, esse valor fica em um terço, em média, do que recebem os árbitros nas primeiras fases da Copa do Brasil.

A diferença para o masculino certamente é muito maior, mas a CBF ainda não definiu os valores das taxas para 2020.

Enquanto um árbitro FIFA ou Máster da CBF ganha R$ 2,6 mil para apitar um duelo da primeira fase da Copa do Brasil, essa mesma pessoa recebe R$ 820 para comandar uma partida do Brasileirão Feminino. Se for do quadro básico o valor de um jogo na competição nacional masculina é de R$ 2,2 mil, caindo para R$ 760 no torneio mais importante do calendário da CBF para as mulheres (veja abaixo).

Para quem atua como assistente, os populares “bandeirinhas”, também existe queda semelhante. Quem é dos quadros FIFA e Máster recebe R$ 1.560 em um jogo da Copa do Brasil, enquanto a taxa no Brasileirão Feminino é de R$ 490. Árbitros do quadro básico recebem R$ 1.320 e R$ 450, respectivamente.

No caso de quem faz o papel de quarto árbitro os valores são bem mais baixos mantendo a diferença proporcional.

Quem é do quadro básico, recebe R$ 550 para ser reserva na Copa do Brasil e R$ 190 no Brasileirão Feminino. Se for FIFA ou Máster, ganha R$ 650 (R$ 100 a mais) na competição masculina, mas nenhum centavo a mais no campeonato feminino, levando os mesmos R$ 190.

O valor que a equipe de arbitragem recebe como diárias para hospedagem e deslocamentos, no entanto, é igual no caso de transportes terrestres dentro do próprio estado. Não há modalidade aérea no Brasileirão Feminino. Para transportes terrestres entre estados diferentes, só há valores maiores na Copa do Brasil para distâncias acima dos 600 km entre o local de residência do árbitro e o da realização do jogo.

A forte equipe de arbitragem catarinense em ação no brasileiro feminino de 2019

Importante também recordar que os valores na Copa do Brasil aumentam a partir das oitavas de final, recebendo nova valorização na semifinal e outra na grande decisão.

Embora não seja ainda possível estabelecer uma comparação com o Campeonato Brasileiro masculino em 2020, já que a CBF precisa definir os valores das taxas, é fato que o Brasileirão Feminino paga muito menos que a Série D, a quarta divisão nacional dos homens. Mas só para quem é do quadro da FIFA ou Máster.

O Blog do Allan Simon também teve acesso ao ofício de 2018, na gestão do Coronel Marcos Marinho à frente da Comissão de Arbitragem. Um árbitro das categorias de elite recebia R$ 2.020 por um jogo na primeira fase da Série D. Imaginando que esse valor possa ter sido reajustado nestes dois anos, a taxa ficará próxima ao que é pago na Copa do Brasil.

Mas quem é do quadro de arbitragem comum recebia R$ 780 pelos jogos da primeira fase da quarta divisão nacional masculina há duas temporadas. Ou seja, um valor mais parecido (mas ainda mais alto) que o recebido por eles atualmente no Brasileirão Feminino.

Na Série A, um árbitro Fifa já tirava mais de R$ 4 mil por jogo em 2018. Quem apitar a final da Copa do Brasil de 2020 vai levar R$ 10 mil se for dos quadros mais altos na hierarquia da CBF.

Futebol feminino considerado amador no país - Crédito: Rubens Chiri/São Paulo FC

Quem paga a taxa de arbitragem

Os clubes mandantes. O ofício é enviado aos times que participam do campeonato justamente para que eles tenham tabelado os valores que deverão pagar aos times de arbitragem ao longo da competição.

Caso um time deixe de pagar a taxa, o árbitro deverá colocar no relatório oficial do jogo essa informação. Também é necessário que conste em súmula caso a equipe mandante pague em cheque.

A CBF considera como responsabilidade dos árbitros a contagem e conferência de cédulas de dinheiro recebidas como pagamento das taxas.

Os clubes arcam com todo o valor das taxas de arbitragem

A CBF dá uma ajuda de custo no caso do Brasileirão Feminino de até R$ 10 mil para cobrir despesas de arbitragens, gandulas e ambulâncias, tudo no mesmo pacote.

A entidade reembolsa os valores gastos com árbitros no Brasileirão masculino nas séries C e D. No caso da Série B, o reembolso também existe, mas fica condicionado à assinatura do contrato coletivo de direitos de transmissão.

As informações são do Blog do Allan Simon

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