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    São Paulo - 09/03/2023    15:19hs

CBF afasta árbitro que marcou pênalti inexistente para Tombense na Copa do Brasil

Paulo Roberto Alves Júnior assinalou penalidade depois que dois jogadores do próprio time trombaram entre si, o Retrô acabou eliminado e deixou de faturar R$ 2,1 milhões

Paulo Roberto Alves Júnior egocentrismo e ostracismo - Roberto Vinicius/AGAFOTO/Gazeta Press
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A Comissão de Arbitragem da CBF não esperou nem 12 horas para afastar o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior, da federação paranaense, que na noite de quarta-feira apitou o confronto entre Tombense e Retrô, pela segunda fase da Copa do Brasil. Na reta final da partida, Paulo Roberto assinalou um pênalti inexistente em favor da equipe mineira. Àquela altura, a partida estava empatada e a penalidade acabou resultando no gol que classificou o Tombense.

O lance aconteceu aos 35 minutos do segundo tempo. A bola sobrou no interior da área e três jogadores do Tombense tentam alcançá-la. Dois deles acabam se chocando e um vai ao chão. Nenhum jogador do Retrô acerta qualquer um dos adversários, mas ainda assim o juiz assinalou o pênalti. Como não há árbitro de vídeo nessa fase da Copa do Brasil, o lance não passou por qualquer revisão.

Com a marcação equivocada do pênalti, os jogadores da equipe pernambucana se revoltaram e reclamaram muito. Dois deles receberam cartão amarelo. O jogo ficou paralisado por mais de três minutos. Na cobrança do pênalti, Jean defendeu o chute de Alex Sandro, mas no rebote o próprio Alex Sandro marcou o gol que classificou o Tombense.

Além de ser eliminado da competição, o Retrô teve um prejuízo milionário com o erro do árbitro. Isso porque a classificação à próxima fase da competição renderia uma premiação de R$ 2,1 milhões, garantida pelo regulamento da Copa do Brasil.

No início da manhã desta quinta, a Comissão de Arbitragem da CBF emitiu nota informando que “o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior foi incluído no Programa de Assistência ao Desempenho da Arbitragem (Pada)”. O Pada é como é chamado atualmente as atividades de “reciclagem” dos árbitros. Durante esse período, Paulo Roberto não será escalado para jogos.

Arrogância e egocentrismo

O árbitro paranaense Paulo Roberto, que tem 41 anos de idade (07/03/1983), surgiu com grande potencial e foi ganhando espaço ao longo do tempo com atuações seguras. Chegou a atuar em grandes jogos da elite do futebol brasileiro durante boa parte da sua carreira e no auge chegou a ser cogitado para o quadro FIFA, mas a fama aflorou sua arrogância e seu egocentrismo ao ponto de reclamar, nas redes sociais, por ter sido preterido na escolha dos internacionais, o que certamente impediu a promoção. Atualmente vive no ostracismo longe do apito, o que realmente o árbitro gosta de fazer, atuando apenas como VAR.

Na temporada passada, após a punição na segunda partida pela CBF do ano, atuou mais em apenas 17 partidas sendo apenas cinco como árbitro, uma pela serie D, três pela C e uma pela B. As outras quatorze foram como AVAR2.

Em 2022, ainda gozando do prestigio, atuou em 27 partidas como árbitro, dessas, uma na serie C, quatorze na B e oito na serie A.

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