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A CBF realizou, na quarta-feira (24), o Conselho Técnico do Brasileirão 2021. A reunião contou com a condução do Presidente Rogério Caboclo, diretamente da sede da entidade, no Rio de Janeiro, e a participação dos 20 clubes da Série A, por videoconferência. Entre as novidades anunciadas, está a criação do Centro de Excelência da Arbitragem Brasileira (CEAB), com ambientes para desenvolvimento de novos projetos e treinamento e a sala do árbitro de vídeo (VAR) centralizado.

Durante a apresentação do projeto do CEAB, aprovado por unanimidade, assim como a continuidade do VAR no Brasileirão 2021, Caboclo já revelou detalhes da estrutura aos presidentes dos clubes. O Centro de Excelência da Arbitragem Brasileira será instalado em um prédio próximo à sede da CBF, também na Barra da Tijuca.

"A CBF está planejando uma central única do VAR, com alta tecnologia e tudo o que podemos contar de melhor em termos de estrutura. Nosso objetivo é centralizar as decisões da arbitragem com maior qualidade e menor chance de erro. É um escritório primoroso inspirado na central que existe hoje da NBA (Liga de Basquete dos Estados Unidos), nas questões técnicas da arbitragem" - destacou Rogério.

Mais respeito e tecnologia

Para o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, o CEAB será um marco na história do futebol brasileiro e ajudará os integrantes das equipes de arbitragem a alcançarem um maior controle do jogo dentro e fora de campo. No Brasileirão 2021, segundo ele, a rigidez com eventuais reclamações acintosas de jogadores, comissão técnica e dirigentes será ainda maior.

Comissão de arbitragem e as medidas seca gelo - Crédito:  Lucas Figueiredo/CBF

"A arbitragem na CBF deixou de ser custo. Virou investimento. Isso é respeito com todos os profissionais. Nós estamos realizando um sonho antigo da arbitragem brasileira. Teremos uma sede própria, um centro de desenvolvimento e excelência, com o VAR centralizado. Esse é um passo muito importante para o nível que buscamos, com um trabalho contínuo e investimento sério da CBF e dos clubes"  - concluiu Gaciba.

Nota do Apitonacional

Mais uma idéia salvadora para a arbitragem brasileira é anunciada por Leonardo Gaciba, mas sabemos que assim como o VAR, não resolvera os problemas e nem diminuirá os erros de arbitragem. A criação do CEAB é como se estivessem remendando um navio em alto mar com durepoxi, aquelas massas multiuso para tapar buracos com eficácia duvidosa e prazo de validade indefinido.

Isso não vai acabar e nem diminuir os erros de arbitragem, pois o sistema está saturado, corrompido e exige atitudes mais drásticas como resetar tudo e recomeçar do zero.

Como acreditar quando Gaciba diz que arbitragem para a CBF é investimento se as escalas são regionalizadas para diminuir custos, se os árbitros não tem sequer um seguro que cubra gastos com eventuais lesões, se muitas vezes viajam nas madrugadas para aproveitar as menores tarifas aéreas e não tem o direito sequer de remarcar vôos mais cômodos, mesmo arcando com eventuais diferenças.

Esses são apenas alguns dos muitos problemas da categoria e enquanto a CBF não tiver a coragem de enfrenta-los de verdade, todo gasto será como jogar dinheiro pelo ralo, pois só aumentara a estrutura e o cabide de emprego no setor que certamente continuará com os pífios resultados de sempre.

Falar que arbitragem é investimento não passa de falácias dos dirigentes. Mentem tanto que até eles mesmos acreditam nas mentiras deles!

Como disse certa vez Albert Einstein: ‘É insanidade continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes’.

Com informações: CBF