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A Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol, liderada pelo ex-assistente FIFA Ednilson Corona, escalou um árbitro reprovado em teste físico para apitar partida da Copa São Paulo de Juniores.

O fato ocorreu na terceira rodada da competição, na partida em que a Ponte Preta venceu o Ceilândia por 5 a 1, disputada no Estádio Municipal Evandro Brembatti Calvoso em Andradina, no interior paulista. O árbitro da partida, Paulo Estevan Daniel, foi reprovado no ultimo teste que realizou em 30 de junho de 2018.

Procurado, o presidente da CEAF Paulista, Adnilson Corona, lamentou o ocorrido, assumiu o erro, pois segundo ele teria que conferir, mas não tirou responsabilidades da pessoa responsável por fazer a escala, o membro da CEAF Luiz Vanderlei Martinucho.

A explicação é um pouco longa e complexa, mas segundo Corona, o erro foi durante o preenchimento do impresso onde é montada à caneta a escala que inicialmente trazia o árbitro Paulo Estevão Alves da Silva como o escolhido. Logo após, o rascunho foi enviada à secretaria executiva para serem digitado os nomes no sistema e nesse momento ocorreu o erro. Segundo o dirigente, ao digitar, o sistema vai dando opções e quando foi digitado Paulo, apareceram todas as opções deste nome e, inadvertidamente foi escolhido Paulo Estevan Daniel, no caso, o Paulo errado.

Segundo ainda Corona, após este processo, a escala segue para a comissão que faz uma checagem dos nomes, mas que neste dia não houve essa conferencia caracterizando uma falha sua.

O dirigente ainda culpa o sistema que segundo ele teria que acusar que o árbitro escalado estava retido por não estar habilitado no teste físico.

“O inicio da escala foi feito corretamente, a digitalização teve um equivoco, eu estava por ‘aqui’ (cheio de serviços ou com saco cheio) e passou! O sujeito que foi escalado realmente estava retido no teste físico, mas o sistema teria que acusar essa retenção, mas deixou entrar um sujeito que estava retido” – disse Corona.

Nota do Apitonacional

Todos nós erramos e estamos sujeito aos erros, mas nesse caso é inadmissível que uma comissão de arbitragem da maior federação do país, que é copiada e tida como exemplo pelas demais, que gasta cerca de 5 milhões anos com a arbitragem, cometa um erro infantil como esse.

Não é a primeira vez e certamente não será a ultima que erros ocorram neste departamento como os muitos aqui denunciados, mas com certeza o erro não foi do sistema como foi aventado, mas sim da pessoa que alimentou o sistema e de quem deveria conferir e não conferiu, mesmo se tratando da escala do principal campeonato do momento.

Gostaria de saber quais atividades tem a comissão que ocupe todo o tempo se não for exclusivamente a de fazer as escalas com cada um dando prioridade a suas funções.

Transferir as responsabilidades e incompetência é fácil. Difícil é assumir as responsabilidades e procurar fazer as funções sem erros de preferência.

Outro que também cometeu erro foi o árbitro que deveria avisar a comissão da sua restrição, mas em vez disso, pensando só nele, preferiu fazer o jogo ignorando as conseqüências. Basta lembrar o episodio onde o ex-árbitro Flávio Guerra foi escalado e atuou quando estava punido pelo STJD. Na ocasião, o erro ajudou na demissão do Cel. Marcos Cabral Marinho da presidência da comissão de arbitragem da FPF.