Curso de arbitragem
exclusivo para indígenas forma 16 novos árbitros
O curso
foi realizado pelo Museu das Culturas Indígenas com
formação da AAPR – Associação de Árbitros de Piracicaba
e Região
Aula pratica dos alunos indígenas no
CT da Portuguesa - Crédito: Marçal
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No último final de semana, dias
23, 24 e 25, foi realizado o primeiro curso gratuito e exclusivo
para formação de árbitros indígenas para partidas de futebol não
profissional. O evento, que contou com 16 alunos, foi iniciativa do
Museu das Culturas Indígenas (MCI), instituição da Secretaria de
Cultura, Economia e Industria Criativas do Governo do Estado de São Paulo,
gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu
Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho
Indígena Aty Mirim.
A parte teórica do curso foi
realizado na sala Jibóia do MCI, localizado no Conjunto Desportivo
Baby Barione, na zona oeste da capital paulista, onde os alunos
ficaram hospedados e receberam alimentação custeada pela organização
do evento. A parte pratica ocorreu no CT da Portuguesa de Desportes,
na rodovia Ayrton Sena, na zona leste da capital paulista.
Realizado em conjunto com a
Associação de Árbitros de Piracicaba e Região (AAPR, por meio da
Escola de Árbitros João Paulo Araújo, e em parceria com a Secretaria
de Cultura, Economia e Industria Criativas do Governo de São Paulo, a coordenação do curso e
formação dos alunos ficou por conta do instrutor Douglas Roberto Maffei de D’Andrea.
“A ideia dessa formação nasceu
em uma conversa informal nas dependências do Museu. A essência era
criar oportunidades no mercado de trabalho, daí o curso de
arbitragem nos jogos” - conta Douglas Roberto Maffei,
coordenador da formação.
Douglas D'Andrea (Instrutor), Davi
(Gerente do MCI) e Jandira Mayara Martim (Povo Guarani Mbya)
- Crédito: Marçal
Maffei explicou ainda que com o
certificado de árbitro, o participante poderá atuar em qualquer
partida de futebol não profissional, como os jogos escolares,
regionais, abertos e da juventude, organizados pelo governo
estadual. Campeonatos e festivais realizados por clubes,
prefeituras, empresas e ligas esportivas também entram nessa lista.
“O curso não é credenciado ao
futebol profissional, pois neste modelo a carga horária é definida
pelas Federações ligadas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF)”
- detalhou o coordenador.
Conteúdo
Ministrado pelo instrutor de
arbitragem em parceria com a Escola de Árbitros João Paulo Araújo, a
programação abordou a origem do futebol, administração do desporto,
função do International Football Association Board (IFAB), noções do
Código Brasileiro de Justiça Desportiva (artigos relacionados à
arbitragem), ética, princípios da Lei do Jogo, regras do jogo,
preenchimento de súmulas e relatórios.
Formandos após a diplomação no MCI -
Créditos: Marçal
Os participantes também tiveram
aula prática para a melhoria das técnicas de integração
árbitro/assistentes, além de aprender sobre sinalizações, uso do
apito, postura e comunicação corporal. Uma vista ao museu do Sport
Club Corinthians Paulista fez parte da programação do curso como
inclusão social e integração dos alunos indígenas com o mundo do
futebol.
Veja abaixo mais imagens do curso
- Crédito: Marçal.