Segundo disse Carlos
Augusto Nogueira Junior, Diretor da Escola, "as escalas dos alunos é
com as melhores das intenções e lamenta se alguns distorceram o
texto".
Nogueira ainda disse, via e-mail, que estaria analisando a situação
pra chegar no melhor para o aluno, que na visão da escola, é o mais
importante.
O diretor da escola ainda disse que esta previsto ajuda de R$ 30,00
(pequenas despesas) para cada aluno, mas deixou livre para aqueles
que não quiserem participar (veja abaixo).
Como podemos
perceber na argumentação do dirigente, a direção da EAFI justifica o
pedido sob o aspecto de melhor poder observar a evolução técnico dos
alunos e também a metodologia do curso da entidade. Tudo isso seria
válido se no Edital do Aluno (leia)
houvesse uma cláusula informando da necessidade de estagio gratuito,
porém, trabalhar gratuitamente e ainda pagar as despesas para
executar suas funções, é um absurdo, ou seja, serviço escravo como
já deixou claro o Ministério Publico durante audiência de instrução
do processo da arbitragem contra a CBF por conta dos patrocínios dos
árbitros.
Existe mais um
agravante no e-mail enviado aos alunos, onde se insinua aos
árbitros do interior que caso desejem atuar neste campeonato seria
apenas uma vez e poderia ser "negociado" uma escala em outra
categoria da entidade, a fim de minimizar as despesas de pernoite.
O e-mail ainda
trabalhou neste aspecto o fator psicológico, pois informa que devido
às escalas de outras categorias serem regionalizadas, dificilmente
os árbitros do interior atuariam na capital.
O que podemos notar com essa ‘boa intenção’ da Escola é que a
arbitragem mais uma vez estará bancando a parte mais cara de um
evento oficial da FPF. O detalhe é que o aluno paga 10.8 mil para
realizar o curso e quando chega a hora de trabalhar, recebe a
proposta para trabalhar de graça.
Em tempo: O referido projeto de
desenvolvimento da arbitragem feminina, que tem como principal
objetivo a realização da 21º Edição do Campeonato Paulista de
Futebol Feminino, cujo proponente é a FPF, prevê repasses públicos
através da lei paulista de incentivo ao esporte, algo em torno de
1.5 milhões de reais, dos quais, 308 mil só apara a arbitragem e a
Federação Paulista de Futebol quer que o arbitro trabalhe de graça.
Veja abaixo detalhes e link do projeto.
Veja o projeto na
integra.
Clique aqui
Obs. O projeto
acima é para o futebol adulto e, para receber a verba, a FPF terá uma
contra partida com valor no mínimo de 20% do valor total do projeto
(300 mil) conforme Lei Federal-Marco regulatório. O feminino da base
é uma contrapartida social e obrigatória em virtude do convênio
incentivado.
Não recebemos mais
nenhum comunicado da EAFI, mas após nosso questionamento, os alunos
foram informados que receberão taxa, porém sem nenhuma ajuda de
custos para transportes ou de pernoite.
Abaixo e-mail
enviado aos alunos.