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O ex-árbitro assistente da federação gaúcha de futebol, João Lúcio de Souza Júnior, de 45 anos, foi morto com uma facada no coração na madrugada de sábado para domingo (3) no apartamento da sua namorada, no bairro Monte Belo, em Gravataí. Segundo informações vindas do sul do país, V. M. M., 40 anos, teria atingido Souza Júnior, que é assistente social da Prefeitura de Gravataí, com uma facada no coração.

Segundo ainda as informações, o casal tinha um relacionamento de quatro anos, chegou a morar junto por alguns meses e as discussões entre eles aconteciam com certa freqüência. No ano passado, João teria registrado uma ocorrência por lesão corporal contra a namorada. Ela teria sido agredida e na tentativa de se defender acabou acertando uma facada de raspão no pescoço do ex-assistente.

Informações preliminares dão conta que por volta das 2 horas do domingo, a mulher, que é enfermeira e servidora da Prefeitura de Porto Alegre na função de técnica em enfermagem, depois de mais uma briga, foi deitar. Logo depois ela acordou com agressões físicas. João estava sobre ela, que conseguiu pegar uma faca e acertar o coração do namorado com um único golpe. Ele levantou da cama e acabou caindo no corredor do apartamento, onde morreu.

Segundo o advogado da enfermeira, Adriano Luz, não está claro de onde surgiu a faca.

“Ela ainda está muito abalada e não se recorda de alguns detalhes. Eles tinham um relacionamento conturbado e ela já tinha sido vítima de agressões” - conta o advogado.

O motivo da briga não ficou claro ainda. Depois da morte, a enfermeira ficou no apartamento até às 11 horas de domingo sem saber o que fazer. Nenhum familiar tinha sido avisado até ela procurar o advogado para contar o que havia acontecido.

“Ela está em choque e conseguimos descobrir apenas que ele era muito possessivo e ciumento.”

O advogado relatou que foi muito difícil fazer o comunicado do crime e a perícia chegou ao local somente na madrugada desta segunda-feira (4). O corpo ficou no apartamento mais de 24 horas. Uma garrafa de vinho quase vazia indicava que João poderia ter bebido na noite do crime.

A acusada não foi presa e só devera ser apresentada na próxima quarta-feira para as autoridades policiais de Gravataí.

João, que é muito conhecido no mundo do futebol por ser filho do também ex-árbitro João Lúcio de Souza e por ter, assim como o pai, integrado o quadro de árbitros da Federação Gaúcha de Futebol, não bebia bebidas alcoólicas e também não era possessivo e ciumento.

Conforme relato dos familiares a imprensa local, a enfermeira tinha problemas de saúde e chegou a ficar internada por 60 dias no ano passado em Porto Alegre fazendo um tratamento contra a bipolaridade. Não está descartado que ela tenha tido um surto e acabou matando João.

“A possessiva e ciumenta era a namorada. Ela controlava tudo e sempre criava problemas por causa das amigas do João. A gente falou várias vezes para ele largar ela de mão, mas ele resolveu insistir” - ressalta um parente.

Este mesmo parente acrescenta que João era um atleta e que jamais consumiu bebidas alcoólicas. Os familiares estão aguardando o laudo da perícia para saberem qual foi exatamente a causa da morte e quantas facadas ele recebeu.

O corpo de João ainda está no Departamento Médico Legal. Familiares estão providenciando a documentação necessária para a retirada do corpo e realização da cerimônia de despedida.

O Apitonacional lamenta profundamente esta tragédia, se solidariza com os familiares a quem presta os pêsames rogando a Deus pai todo poderoso que em sua imensa misericórdia receba nosso amigo João de braços abertos no reino do céu assim como conforte e ampare familiares e amigos.

Atualizado: Velório ocorre a partir das 6hs da terça (5) na sala 5 do Cemitério João XXIII, na zona leste de Porto Alegre (perto do antigo estádio do Grêmio), onde será realizado o enterro as 15hs.