A falta de organização no futebol do Distrito Federal não é novidade
para ninguém e o fato se repete anos após anos. Na tarde da ultima
quinta-feira (6), dois jogos estavam programados para acontecerem
pelo fechamento da terceira rodada da Segunda Divisão. Um deles foi
disputado, mas a outra partida (Ceilandense x CFZ Brasília) não
aconteceu.
Em Ceilandia, as duas equipes em campo, arbitragem e policiamento a
postos, mas a ambulância e equipe médica não foram enviadas ao
local. A presença de um médico é obrigatória pela legislação
do futebol e a responsabilidade pela equipe médica é do time
mandante, exceto conste algo sobre no regulamento da competição.
Sem alternativas e após aguardar o tempo regulamentar determinado, o
árbitro Adriano Luiz informou aos capitães que a partida estava
cancelada.
Os dirigentes das duas equipes se defenderam culpando a FFDF pelo
ocorrido. Segundo Lafaiete Neri, do CFZ e Manoel Santos do
Ceilandense, houve uma mudança da data, porem as equipes só foram
avisadas no final da tarde da terça-feira que a partida tinha sido
transferida para a quinta.
“Estávamos com toda a estrutura para disputar este jogo na
quarta-feira. Recebemos um telefonema do diretor da Federação,
Neimar Frota, dizendo que o jogo estava transferido para
quinta-feira. Então, a ambulância acabou não vindo ao Abadião” -
disse o presidente do Ceilandense, equipe mandante da partida.
Debito
Mas não é só entre os clubes que a Federação de Futebol do Distrito
Federal marca com sua desorganização, ela atinge também a
arbitragem, pois ainda não quitou taxas do Candangão 2017 e a
quantia não é pouca, ela passa de 105 mil reais.
Procuramos Raimundo Lopo, presidente do Sindicato dos árbitros do
Distrito Federal (SAF-DF), segundo o dirigente a divida chega a 105
mil reais.
“Tive uma reunião com o presidente da Federação na terça-feira
passada para tratar a respeito do assunto, eles estão vendendo um
imóvel para pagar a arbitragem, mas se não pagarem até o final de
Julho o sindicato acionará a justiça” – disse Lopo.
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"Se não
pagarem até o final de Julho o sindicato acionará a
justiça"
- Raimundo Lopo |
O Apitonacional apurou que
somente as três primeiras rodadas das dezessetes do certame foram
pagas. Cada árbitro teria que receber valor médio de 700 reais por
partida.
Apuramos também que a venda da sala por parte da Federação
Brasiliense de Futebol para pagar os árbitros, como informou Lopo,
foi bloqueada através de liminar concedida pela justiça à três
clubes amadores.
Tentamos, mas não conseguimos contatar a Federação de Futebol do
Distrito Federal (FFDF). O espaço esta aberto para caso algum
representante da mesma queira se pronunciar.