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Sandro Ricci,
Emerson Carvalho e Marcelo Van Gasse confirmados na
segunda Copa consecutiva |
A FIFA anunciou oficialmente na ultima quinta-feira (29/3), lista
dos árbitros e assistentes que atuarão na Copa do Mundo de 2018, na
Rússia, que começa no próximo dia 14 de junho. Ao todo, serão 36
árbitros e 63 árbitros assistentes designados pelo Comitê de
Arbitragem da entidade mundial para o torneio da Rússia,
representando um total de 46 países diferentes.
Antes da
competição, os 99 profissionais selecionados vão participar de um
seminário de duas semanas, na segunda quinzena de abril, em um
centro técnico da Federação Italiana de Futebol, em Coverciano.
Nesta cidade da Itália, estes nomes serão divididos em dois grupos,
nos quais estarão incluídos os candidatos a atuar como árbitros
assistentes de vídeo (VAR, na sigla em inglês) nos jogos da Copa.
Ao término deste
seminário, a FIFA confirmará os selecionados para trabalhar com o
VAR no Mundial, sendo que este seminário na Itália ainda não será a
etapa final de preparação dos árbitros para a competição. Eles ainda
realizarão um último curso em Moscou, dez dias antes do início da
Copa.
Na nota oficial
confirmando os árbitros que trabalharão na Rússia, a entidade
mundial também enfatizou que o processo de preparação dos juízes
começou já em setembro de 2014, inicialmente com um grupo de 53
trios selecionados ao redor do mundo, formando 159 nomes ao total.
E, para escolher os 99 selecionados para a Copa, a FIFA ressaltou
que levou em conta "as habilidades e personalidades de cada árbitro,
assim como o seu nível de entendimento do futebol e capacidade para
ler o jogo e as várias táticas empregadas pelas equipes".
Entre os 99 nomes
de 46 diferentes países há um trio liderado pelo brasileiro Sandro
Meira Ricci e os compatriotas Marcelo Van Gasse e Emerson Augusto de
Carvalho. Este mesmo trio já havia representado o Brasil no apito na
Copa de 2014. Os três brasileiros foram listados entre os 18
árbitros do quadro da Conmebol escalados para trabalhar em solo
russo. Os outros cinco trios sul-americanos do apito escolhidos para
a Copa são do Chile, do Paraguai, do Uruguai, da Argentina e da
Colômbia. A Uefa, conforme já era esperado, é a confederação
continental representada pelo maior número de árbitros, com 30 ao
total entre juízes e auxiliares.
Copa sem britânicos e...
Pela primeira vez em 80 anos, uma Copa do Mundo não terá a
participação de árbitros britânicos. A lista anunciada não consta
nomes ingleses, escoceses, galeses ou norte-irlandeses.
O único britânico
selecionado na relação preliminar da entidade, Mark Clattenburg, que
apitou a final da Liga dos Campeões de 2016, foi excluído da
listagem depois de deixar a liga inglesa para atuar na Arábia
Saudita, conforme destacou o jornal inglês "The Guardian". A
federação inglesa solicitou à FIFA que substituísse Clattenburg por
outro árbitro do país, mas a proposta foi rejeitada.
Ao longo da
história das Copa do Mundo, quatro árbitros britânicos apitaram
finais do torneio: George Reader (1950), William Ling (1954), Jack
Taylor (1974) e Webb (2010).
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Mark Clattenburg,
único britânico selecionado na lista preliminar da FIFA |
... sem portugueses
Mas os britânicos
não serão os únicos ausentes no mundial, a competição também não
contara com a presença de árbitros portugueses.
Depois de Pedro
Proença, que marcou presença no Mundial 2014, no Brasil, como nono
árbitro português, a arbitragem nacional volta a ficar de fora de um
Campeonato do Mundo, o que tinha acontecido pela última vez em 2006.
Em 2010, na África
do Sul, Olegário Benquerença esteve presente, no Japão/Coréia do
Sul, de 2002, e no França 1998 esteve Vítor Pereira e no Itália 1990
e México 1986 foi Carlos Valente o representante nacional.
Antes, António
Garrido esteve no Argentina 1978 e no Espanha 1982, com Saldanha
Ribeiro a representar a arbitragem portuguesa no México 1970.
Joaquim Campos
marcou presença no Inglaterra 1966 e no Suécia 1958, enquanto Vieira
da Costa foi o primeiro em Campeonatos do Mundo, no torneio
organizado na Suíça, em 1954.
Abaixo lista dos 36
árbitros principais nomeados:
UEFA: Felix
Brych (Alemanha), Cüneyt Çakir (Turquia), Sergey Karasev (Rússia),
Bjorn Kuipers (Holanda), Szymon Marciniak (Polônia), Mateu Lahoz
(Espanha), Milorad Mazic (Sérvia), Gianluca Rocchi (Itália), Damir
Skomina (Eslovênia) e Clement Turpin (França).
CONMEBOL:
Julio Bascuñan (Chile), Enrique Cáceres (Paraguai), Andrés Cunha
(Uruguai), Néstor Pitana (Argentina), Sandro Ricci (Brasil) e Wilmar
Roldán (Colômbia).
CONCACAF:
Joel Aguilar (El Salvador), Mark Geiger (Estados Unidos), Jair
Marrufo (Estados Unidos), Ricardo Montero (Costa Rica), John Pitti
(Panamá) e César Palazuelos (México).
CAF: Mehdi
Abid Charef (Argélia), Malang Diedhiou (Senegal), Bakary Gassama
(Gâmbia), Ghead Grisha (Egipto), Janny Sikazwe (Zâmbia) e Bamlak
Tessema Weyesa (Etiópia).
AFC: Fahad
Al Mirdasi (Arábia Saudita), Alireza Faghani (Irão), Ravshan Irmatov
(Uzbequistão), Mohammed Abdulla Mohamed (Emirados Árabes Unidos),
Ryuji Sato (Japão) e Nawaf Shukralla (Bahrein).
OFC: Matthew
Conger (Nova Zelândia) e Norbert Hauata (Taiti).