Falta de quorum anula assembleia   de árbitros no Rio de Janeiro

Intervenção da FERJ sepulta oposição e pedido de destituição da diretoria  da Cooperativa dos Árbitros do Rio de Janeiro pode cair no esquecimento

A fumaça foi grande, ânimos exacerbados, varias discussões acaloradas e muitas decisões tomadas como a eleição de um novo diretor financeiro (Péricles Bassols) e um novo conselho fiscal, mas a assembleia de prestação de contas da cooperativa de trabalho dos árbitros do Rio de Janeiro (Coopaferj) ocorrida no dia 31 de março, de nada valeu.

O motivo foi à falta de quorum. Segundo o inciso terceiro do parágrafo terceiro do art. 11 da lei 12.690 de 19 de julho de 2012 que dispõe sobre a organização e o funcionamento das Cooperativas de Trabalho, o quorum mínimo de instalação das Assembleias Gerais tem que ser de 50 (cinqüenta) cooperados ou, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total de cooperados prevalecendo o menor número. Como o edital de convocação aponta que a Coopaferj

tem quinhentos e sessenta e sete cooperados e como desses só quinze compareceram, o quorum mínimo conforme diz a lei não foi alcançado.

A lei ainda diz no parágrafo quinto do mesmo artigo que comprovada fraude ou vício nas decisões das assembleias, serão elas nulas de pleno direito, aplicando-se, conforme o caso, a legislação civil e penal (veja abaixo).

Após as duas partes interessadas consultarem a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), órgão que rege as cooperativas no Brasil, se concluiu que a assembleia não teve valor em parte e que uma próxima será convocada através de edital.

Paralelamente a tudo isso, outras informações dão conta que Rubens Lopes, Presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ), obrigou Rabello a escolher um dos três cargos que ocupa – além da Cooperativa, Rabello também é presidente do sindicato dos árbitros e da comissão de arbitragem carioca – e que o dirigente teria escolhido ficar só na COAF/FERJ.

Segundo ainda informações vindas da cidade maravilhosa, após a intervenção de Rubens Lopes, que assumiu através da FERJ o pagamento das dividas de mais de um milhão de reais da Coopaferj, os ânimos se acalmaram e a oposição foi praticamente dizimada ou relegada a gatos pingados com tudo ficando como estava. Ou seja, o ventríloquo Rabello manobrando tudo através de seu boneco Messias Pereira.

A intervenção de Rubens Lopes praticamente sepultou a oposição que tinha como cabeças o ex-árbitro Willian Nery e o único FIFA do estado Péricles Bassols. Nery que tem 'negócios', é fornecedor de produtos para a Federação e Bassols que tem uma carreira pela frente não tem forças para enfrentar a situação, o que leva crer que o pedido de destituição da diretoria  da Cooperativa não sairá do papel e a dupla Rabello/Messias continuara mandando e desmandando como sempre fizeram.

Após a rebelião ser controlada, a assembleia que fora prometida para o próximo dia 18 de maio ainda não foi marcada e segue sem data para que isso ocorra.

Pedido para retirada de assinatura

Segundo informações que circularam na imprensa e confirmadas em off por membros da arbitragem carioca, os árbitros do quadro da FERJ que foram eleitos membros do conselho fiscal na malfadada assembleia, foram chamados logo depois para uma reunião na Comissão de Arbitragem e teriam sido convencidos pessoalmente por Jorge Rabello a não fazerem parte do Conselho, pois segundo o dirigente, “isso não seria bom para a carreira deles”.

De cara, os novatos Daniel Oliveira, Thiago Farinha, Itande Carneiro e Daniel Alexandre assinaram cartas renunciando ao cargo. O Apitonacional entrou em contatos com alguns deles que confirmaram a reunião, mas não quiseram falar sobre o teor da mesma.

Tentamos contato com Sérgio Montovani para que esclarecesse sobre a data da próxima assembleia, mas não recebemos retorno.

O presidente Messias José Pereira e o Diretor Jorge Rabello não falam com o Apitonacional

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