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 29/07/2019    05:21hs

Federação Paraibana é acusada de escalar árbitros que não pertencem ao quadro estadual

Árbitros das Ligas de Patos e Cajazeiras foram escalados de forma irregular; presidente da comissão contesta e diz que foram formados por Emanuel Diniz

Arthur Alves Junior - de pé - o pai da nova arbitragem paraibana - Crédito: CBF
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A Comissão de Arbitragem da Federação Paraibana de Futebol esta sendo acusada de escalar árbitros que não pertence ao quadro estadual. Segundo a denuncia, a entidade estaria transferindo as ligas regionais à função de escalar assistentes nas competições do Sub-19. Segundo ainda a denuncia, a competição que da vaga para a Copa São Paulo Junior, conta com mais de 20 equipes e é disputada paralelamente a competição Sub-17, o que estaria sobrecarregando as escalas.

O presidente do Sindicato dos Árbitros da Paraíba (Sinafep), Emanuel Diniz de Araújo, encaminhou nota à presidente da FPF, Michele Ramalho, questionando e chamando de ato imoral as escalas supostamente irregulares por parte da CEAF/PB. Na nota, Diniz diz estranhar que o fato tenha ocorrido, visto que a atual comissão de arbitragem afirmou por diversas vezes que uma “Nova Arbitragem” estaria sendo realizada no estado e que é preocupante a FPF colocar a responsabilidade de uma partida nas “mãos” de pessoas que não têm as qualificações exigidas pela própria comissão.

Segundo ainda o presidente do sindicato, a assistentes Jailma e o assistente José Macedo do Nascimento, da Liga Municipal de Patos e o assistente Jean Pierre, da Liga de Cajazeiras, não são do quadro da federação e não tem as qualificações exigidas para a competição.

“Então um ato imoral por parte da Comissão de Arbitragem, pois demonstra um total desrespeito com os Árbitros pertencentes ao quadro da FPF” – disse Diniz.

“O fato importante é a postura desrespeitosa da FPF, em utilizar árbitros que não pertencem a FPF” - acrescentou o dirigente sindical em declaração à imprensa local.

Emanuel Diniz: "uma falta de respeito e ato imoral da comissão e postura desrespeitosa da FPF" - Crédito: TV Itararé

O que eles disseram

O Apitonacional contatou os envolvidos. Segundo Arthur Alves Junior, Presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paraibana de Futebol, o fato ocorrido foi isolado e de forma emergencial por conta do quadro estadual estar com baixa numero de árbitros devido as avaliações físicas e teóricas que vem sendo realizado desde que assumiu. O dirigente disse ainda que os assistentes foram escalados por ligas filiadas à federação e que os árbitros possuem curso de formação pelas ligas chancelados pela FPF que contou com Emmanuel Diniz como instrutor na formação.

Arthur ainda disse que só ficou sabendo do assunto pela imprensa, que não chegou nenhum documento oficial do sindicato à Federação e que as escalas agora só serão feitas com árbitros pertencentes ao quadro estadual.

Assistente contesta

Um dos assistentes apontado pelo presidente do sindicato, José Macedo do Nascimento, disse ao Esporte do Vale, que é arbitro diplomado pertencente ao quadro da Federação Paraibana de Futebol desde o ano de 2011.

“Estou muito decepcionado por ter meu nome citado pelo presidente do Sindicato dos Árbitros da Paraíba, senhor Emanuel Diniz, como se eu não fosse árbitro profissional da Federação Paraibana de Futebol, não menosprezando LPF, na qual eu devo muito a mesma, pois foi lá onde começou meu sonho de ser árbitro de futebol profissional, e no dia 04 de junho de 2011 passei a integrar o quadro da FPF, acho que o senhor Emanuel não sabe realmente quem são todos os árbitros que compõem a FPF” - disse José Macedo ao portal Esporte do Vale.

O Apitonacional apurou nos bastidores a informação que o sindicato dos árbitros da Paraíba inexiste e estaria funcionando apenas de forma fictícia, pois o mesmo não teria CNPJ ativo, não possui conta em banco e não teria sede física. Motivo pelo qual não teria legitimidade para representar ou falar em nome dos árbitros.

Procurado para falar sobre a denuncia, sobre a resposta do presidente da comissão e sobre o sindicato, Emanuel Diniz não respondeu o contato.

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