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Arthur Alves Junior - de pé - o pai
da nova arbitragem paraibana - Crédito: CBF |
A Comissão de Arbitragem da Federação
Paraibana de Futebol esta sendo acusada de escalar árbitros que não
pertence ao quadro estadual. Segundo a denuncia, a entidade estaria
transferindo as ligas regionais à função de escalar assistentes nas
competições do Sub-19. Segundo ainda a denuncia, a competição que da
vaga para a Copa São Paulo Junior, conta com mais de 20 equipes e é
disputada paralelamente a competição Sub-17, o que estaria
sobrecarregando as escalas.
O presidente do Sindicato dos Árbitros da Paraíba (Sinafep), Emanuel
Diniz de Araújo, encaminhou nota à presidente da FPF, Michele
Ramalho, questionando e chamando de ato imoral as escalas
supostamente irregulares por parte da CEAF/PB. Na nota, Diniz diz
estranhar que o fato tenha ocorrido, visto que a atual comissão de
arbitragem afirmou por diversas vezes que uma “Nova Arbitragem”
estaria sendo realizada no estado e que é preocupante a FPF colocar
a responsabilidade de uma partida nas “mãos” de pessoas que não têm
as qualificações exigidas pela própria comissão.
Segundo ainda o presidente do sindicato, a assistentes Jailma e o
assistente José Macedo do Nascimento, da Liga Municipal de Patos e o
assistente Jean Pierre, da Liga de Cajazeiras, não são do quadro da
federação e não tem as qualificações exigidas para a competição.
“Então um ato imoral por parte da
Comissão de Arbitragem, pois demonstra um total desrespeito com os
Árbitros pertencentes ao quadro da FPF” – disse Diniz.
“O fato importante é a postura
desrespeitosa da FPF, em utilizar árbitros que não pertencem a FPF”
- acrescentou o dirigente sindical em declaração à imprensa
local.
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Emanuel Diniz: "uma falta de
respeito e ato imoral da comissão e postura
desrespeitosa da FPF" - Crédito: TV Itararé |
O que eles disseram
O
Apitonacional contatou os envolvidos. Segundo Arthur
Alves Junior, Presidente da Comissão de Arbitragem da Federação
Paraibana de Futebol, o fato ocorrido foi isolado e de forma
emergencial por conta do quadro estadual estar com baixa numero de
árbitros devido as avaliações físicas e teóricas que vem sendo
realizado desde que assumiu. O dirigente disse ainda que os
assistentes foram escalados por ligas filiadas à federação e que os
árbitros possuem curso de formação pelas ligas chancelados pela FPF
que contou com Emmanuel Diniz como instrutor na formação.
Arthur ainda disse que só ficou
sabendo do assunto pela imprensa, que não chegou nenhum documento
oficial do sindicato à Federação e que as escalas agora só serão
feitas com árbitros pertencentes ao quadro estadual.
Assistente contesta
Um dos assistentes apontado pelo
presidente do sindicato, José Macedo do Nascimento, disse ao Esporte
do Vale, que é arbitro diplomado pertencente ao quadro da Federação
Paraibana de Futebol desde o ano de 2011.
“Estou muito decepcionado por ter
meu nome citado pelo presidente do Sindicato dos Árbitros da
Paraíba, senhor Emanuel Diniz, como se eu não fosse árbitro
profissional da Federação Paraibana de Futebol, não menosprezando
LPF, na qual eu devo muito a mesma, pois foi lá onde começou meu
sonho de ser árbitro de futebol profissional, e no dia 04 de junho
de 2011 passei a integrar o quadro da FPF, acho que o senhor Emanuel
não sabe realmente quem são todos os árbitros que compõem a FPF”
- disse José Macedo ao portal Esporte do Vale.
O
Apitonacional apurou nos bastidores a informação que o
sindicato dos árbitros da Paraíba inexiste e estaria funcionando
apenas de forma fictícia, pois o mesmo não teria CNPJ ativo, não
possui conta em banco e não teria sede física. Motivo pelo qual não
teria legitimidade para representar ou falar em nome dos árbitros.
Procurado para falar sobre a denuncia,
sobre a resposta do presidente da comissão e sobre o sindicato,
Emanuel Diniz não respondeu o contato.