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 24/08/2017    11:04hs

Federação Paulista troca chefe do apito

Vice José Henrique substitui Corona licenciado até fevereiro de 2018

Sai Corona entra José Henrique de Carvalho que fica no comando até pelo menos fevereiro de 2018
   
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A Federação Paulista de Futebol trocou a chefia da sua comissão de arbitragem, o ex-presidente Ednilson Corona, agora licenciado, foi substituído pelo seu vice José Henrique de Carvalho. Segundo apurado, a troca deve durar até, pelo menos, fevereiro de 2018, quando Corona deve reassumir seu posto na FPF.

Quando aceitou o convite para chefiar o apito paulista no inicio do ano passado, o ex-assistente FIFA pediu licença de 18 meses na prefeitura de Ilha Comprida onde é concursado há 18 anos como educador físico para assumir de forma exclusiva a presidência da comissão de arbitragem. Findada a licença, teve que optar por retornar a antiga função tendo em vista que, apesar da pouca idade, aproxima a data da sua aposentadoria na vida publica.

Inicialmente o dirigente pediu o desligamento de sua função, mas foi demovido da idéia pela presidência da FPF que sugeriu uma licença sem remuneração. Desta forma, ele poderá conciliar o tempo que ainda tem para cumprir como agente publico e as funções na arbitragem paulista. Corona dará aula em três dias da semana e nos outros dois atuara em um novo projeto na FPF onde se dedicara diretamente na lapidação de novos talentos do apito já visando às competições do próximo ano entre elas a Copa São Paulo de Juniores.

Logo que foi anunciado a troca no comando, surgiram boatos nos bastidores dos possíveis motivos e não foram poucos, entre eles divergências com o diretor do departamento de arbitragem da FPF (Dionísio Domingos) e o baixo salário que seria pago pela entidade levando se em consideração a responsabilidade do cargo.

Em conversa com o Apitonacional, Corona, de forma cortês e educadamente como sempre, desmentiu todas as versões de bastidores sobre sua saída, explicou detalhadamente os motivos e deixou entre linhas seu possível retorno no próximo ano, mas que isso dependerá da situação do momento.

 

Em relação ao difícil convívio com Dionísio, Corona disse que o diretor tem sua forma de trabalhar e que ele sempre respeitou sem nenhum problema.

“O Dionísio todo mundo conhece, sabe da forma que ele é, um cara bastante rígido, bastante rigoroso. Eu acho que o perfil do gestor tem que ser dessa forma mesmo” – Disse corona que acrescentou:

“Eu não tenho nenhum problema ou conflito com ele. Posso dizer que já aturei técnicos de futebol bem mais chato que ele (rssss)” – frisou o ex-assistente FIFA.

Preservar a arbitragem acima de qualquer divergência diretiva é o lema defendido pelo mundialista.

Dionísio Roberto Domingos - Foto: Noticia na Mira

“Se um dia tiver algum conflito entre a gente (Corona e Dionísio) eu vou fazer de tudo para que isso não respingue no árbitro de futebol, porque já é difícil pra caramba apitar jogos, se os dirigentes não se entenderem ai que vai ficar pior ainda” – enfatizou Corona.

Nota da redação 1: O diretor de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, Dionísio Roberto Domingos, vem aumentando dia após dia sua fama de homem mau do futebol brasileiro. Foi assim quando atuava como instrutor físico da CBF, aumentou quando comandou o futebol catarinense e explodiu quando, junto com Aristeu Tavares, mandava e desmandava na comissão de arbitragem da CBF.

Após um breve período sabático, assumiu a arbitragem paulista em janeiro de 2016 e seus métodos rígidos de atuar adquirido ao longo dos anos vividos no militarismo, fez explodir de vez sua fama também na terra da garoa ao ponto de ganhar o singelo apelido de "Diohitler".

Corona também falou sobre o suposto descontentamento na parte financeira, que seria baixo pela responsabilidade do cargo. Ele fez questão de não só desmentir os boatos como elogiar a FPF.

“Não tenho do que reclamar do valor pelo qual que fui contratado pela FPF que além de ser muito bom, a entidade ainda oferece vários benefícios além da liberdade e total apoio para trabalhar. Posso dizer que estou abrindo mão de um bom salário para ir dar aula no município por três mil reais” – informou o dirigente.

Nota da redação 2: Corona não revelou quanto ganhava na FPF, mas fontes dentro da entidade informou que o dirigente recebia cerca de 10 mil reais mês, o que vem a ser a metade do que recebe merecidamente o diretor de arbitragem Dionísio Roberto Domingos.

O Apitonacional também falou com José Henrique de Carvalho, agora novo chefe do apito paulista, que enalteceu as qualidades do seu antecessor e informou que dará continuidade ao projeto que eles iniciaram no ano passado e aguardara o retorno de Corona de forma natural a sua função assim que ele resolver a situação na vida publica.

Corona tem 52 anos (04/02/1965), é formado em educação física e virou árbitro em 1986. Entrou para o quadro da FIFA em 1997 e participou de três jogos na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha (Itália 2 x 0 Gana, Espanha 3 x 1 Tunísia e Alemanha 2 x 0 Suécia).

Assumiu a presidência da comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol no final de janeiro de 2016 substituindo Cel. Marinho, demitido após escalar o árbitro - e seu compadre - Flávio Rodrigues Guerra, na Copa São Paulo de futebol Júnior, na partida entre Figueirense e São Paulo, mesmo este estando suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

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