A Federação
Paulista de Futebol trocou a chefia da sua comissão de arbitragem, o
ex-presidente Ednilson Corona, agora licenciado, foi substituído
pelo seu vice José Henrique de Carvalho. Segundo apurado, a troca
deve durar até, pelo menos, fevereiro de 2018, quando Corona deve
reassumir seu posto na FPF.
Quando aceitou o
convite para chefiar o apito paulista no inicio do ano passado, o
ex-assistente FIFA pediu licença de 18 meses na prefeitura de Ilha
Comprida onde é concursado há 18 anos como educador físico para
assumir de forma exclusiva a presidência da comissão de arbitragem. Findada a
licença, teve que optar por retornar a antiga função tendo em vista
que, apesar da pouca idade, aproxima a data da sua aposentadoria na
vida publica.
Inicialmente o
dirigente pediu o desligamento de sua função, mas foi demovido da
idéia pela presidência da FPF que sugeriu uma licença sem
remuneração. Desta forma, ele poderá conciliar o tempo que ainda tem
para cumprir como agente publico e as funções na arbitragem
paulista. Corona dará aula em três dias da semana e nos outros dois
atuara em um novo projeto na FPF onde se dedicara diretamente na
lapidação de novos talentos do apito já visando às competições do
próximo ano entre elas a Copa São Paulo de Juniores.
Logo que foi
anunciado a troca no comando, surgiram boatos nos bastidores dos
possíveis motivos e não foram poucos, entre eles divergências com o
diretor do departamento de arbitragem da FPF (Dionísio Domingos) e o
baixo salário que seria pago pela entidade levando se em
consideração a responsabilidade do cargo.
Em conversa com o
Apitonacional, Corona, de forma
cortês e educadamente como sempre, desmentiu todas as versões de
bastidores sobre sua saída, explicou detalhadamente os motivos e deixou
entre linhas seu possível retorno no próximo ano, mas que isso
dependerá da situação do momento.
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Em relação ao
difícil convívio com Dionísio, Corona disse que o diretor tem sua
forma de trabalhar e que ele sempre respeitou sem nenhum problema.
“O Dionísio todo
mundo conhece, sabe da forma que ele é, um cara bastante rígido,
bastante rigoroso. Eu acho que o perfil do gestor tem que ser dessa
forma mesmo” – Disse corona que acrescentou:
“Eu não tenho
nenhum problema ou conflito com ele. Posso dizer que já aturei
técnicos de futebol bem mais chato que ele (rssss)” – frisou o
ex-assistente FIFA.
Preservar a
arbitragem acima de qualquer divergência diretiva é o lema defendido
pelo mundialista.
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Dionísio Roberto Domingos - Foto:
Noticia na Mira |
“Se um dia tiver
algum conflito entre a gente (Corona e Dionísio) eu vou fazer de
tudo para que isso não respingue no árbitro de futebol, porque já é
difícil pra caramba apitar jogos, se os dirigentes não se entenderem
ai que vai ficar pior ainda” – enfatizou Corona.
Nota da redação
1: O diretor de arbitragem da Federação Paulista de Futebol,
Dionísio Roberto Domingos, vem aumentando dia após dia sua fama de
homem mau do futebol brasileiro. Foi assim quando atuava como
instrutor físico da CBF, aumentou quando comandou o futebol
catarinense e explodiu quando, junto com Aristeu Tavares, mandava e
desmandava na comissão de arbitragem da CBF.
Após um breve
período sabático, assumiu a arbitragem paulista em janeiro de 2016 e
seus métodos rígidos de atuar adquirido ao longo dos anos vividos no
militarismo, fez explodir de vez sua fama também na terra da garoa
ao ponto de ganhar o singelo apelido de "Diohitler".
Corona também falou
sobre o
suposto descontentamento na parte financeira, que seria baixo pela
responsabilidade do cargo. Ele fez questão de não só
desmentir os boatos como elogiar a FPF.
“Não tenho do
que reclamar do valor pelo qual que fui contratado pela FPF que além
de ser muito bom, a entidade ainda oferece vários benefícios além da
liberdade e total apoio para trabalhar. Posso dizer que estou abrindo mão de um bom salário para ir dar aula
no município por três mil reais” – informou o dirigente.
Nota da redação
2:
Corona não revelou quanto ganhava na FPF, mas fontes dentro da
entidade informou que o dirigente recebia cerca de 10 mil reais mês,
o que vem a ser a metade do que recebe merecidamente o diretor de arbitragem
Dionísio Roberto Domingos.
O
Apitonacional também falou com
José Henrique de Carvalho, agora novo chefe do apito paulista, que
enalteceu as qualidades do seu antecessor e informou que dará
continuidade ao projeto que eles iniciaram no ano passado e
aguardara o retorno de Corona de forma natural a sua função assim
que ele resolver a situação na vida publica.
Corona tem 52 anos
(04/02/1965), é formado em educação física e virou árbitro em
1986. Entrou para o quadro da FIFA em 1997 e participou de três
jogos na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha (Itália 2 x 0 Gana,
Espanha 3 x 1 Tunísia e Alemanha 2 x 0 Suécia).
Assumiu a
presidência da comissão de arbitragem da Federação Paulista de
Futebol no final de janeiro de 2016 substituindo Cel. Marinho,
demitido após escalar o árbitro - e seu compadre - Flávio Rodrigues
Guerra, na Copa São Paulo de futebol Júnior, na partida entre
Figueirense e São Paulo, mesmo este estando suspenso pelo Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).