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 08/09/2017    12:28hs

Federação do Rio de Janeiro não paga árbitros

Taxas das series B1, B2 e Série C estão atrasadas a mais de mês; Possível atraso de parcela de patrocínio da Globo seria motivo

 

Árbitros do quadro da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) estão sem receber as taxas de arbitragens a mais de mês. Segundo apurado, a FERJ não teria recebido uma das parcelas da parceria com a Rede Globo de Televisão e esta com os cofres vazios para honrar os compromissos, entre eles com a arbitragem.

A Federação Carioca repassa os valores das taxas de todos os jogos de profissionais para a cooperativa dos árbitros de futebol do estado do Rio de Janeiro (COOPAFERJ) que faz a transferência para os profissionais do apito. As taxas não pagas são referentes às competições das séries B1, B2 e C. O ultimo pagamento foi

Thiago Ferreira - Foto: Úrsula Nery/Agencia FERJ

referente à rodada disputada nos dias 5 e 6 de agosto.

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A Coopaferj foi alvo no ano passado de uma execução de aproximadamente R$ 350 mil por conta de não recolhimento do INSS dos árbitros. Jorge Rabello e o contador responsável pelo caso na Coopaferj, Sérgio Mantovani, alegaram a época que a entidade "não reteve e não recolheu o INSS", o que significa que não reteve o dinheiro ao pagar os árbitros e, dessa forma, não repassou o imposto.

Os borderôs dos jogos nos anos em que se encontraram irregularidades apontaram descontos de taxas para a cooperativa. A Coopaferj, que é registrada em Saquarema, mas atende na mesma sede do sindicato em Vila Isabel, foi acusada de não recolher encargos. A entidade é presidida por Messias Pereira, que é membro da Coaf-RJ, presidida por Rabello, que também comanda o Sindicato dos Árbitros Profissionais do Rio de Janeiro (Saperj), e é diretor da Coopaferj.

A cooperativa existe, segundo Rabello, para evitar o vínculo empregatício dos árbitros com a Ferj. Uma mera repassadora de recursos, ele justifica. Na época, houve uma áspera discussão entre Rabello e o presidente da Ferj, Rubens Lopes, por conta do caso.

Segundo Rabello, a cooperativa é uma entidade que presta serviços para a Ferj. Foi criada para evitar vínculo empregatício. Existe um contrato entre a Ferj e a Coopaferj. Ou seja, um árbitro só é escalado pela comissão de arbitragem se for cooperado. O vínculo dele não é com a Ferj, é com a cooperativa.

Rabello: "Árbitro só é escalado pela comissão de arbitragem se for cooperado" - Foto: Úrsula Nery/Agência FERJ

Rabello detalhou o acordo entre a Ferj e a Coopaferj:

“A Ferj repassa dinheiro para a cooperativa, e a cooperativa sempre na sexta-feira antes dos jogos de finais de semana e nas segundas-feiras nos jogos de meio de semana faz o crédito na conta dos árbitros. Existe uma taxa administrativa que é cobrada pela cooperativa que é de 10% pela prestação do serviço dos cooperados”.

Um ano após as denuncias sem que nenhuma providencia tenha sido tomada, os  árbitros continuam sem representatividade e a quem recorrer em situações como essa, pois o presidente da sua entidade de classe é o mesmo que faz as escalas no empregador.

Consultado, Jorge Fernando Rabello, presidente da comissão de arbitragem e do sindicato dos árbitros do Rio de Janeiro não respondeu ao nosso contato.

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