O diretor de desenvolvimento da
FIFA, Arsene Wenger, disse na semana passada, dia 12, que os
impedimentos podem ser marcados automaticamente já na próxima Copa
do Mundo.
O dirigente francês falou com a
imprensa em Paris, mas segundo a AFP, ele disse que não poderia dar
detalhes de como funcionaria a ferramenta.
“Há uma forte possibilidade de que os impedimentos sejam
automáticos em 2022” - afirmou Wenger e acrescentou:
“Devo manter sigilo, mas esse será o próximo grande avanço na
arbitragem”.
A FIFA já vem trabalhando em novas tecnologias para auxiliar a
arbitragem na marcação de impedimento.
|
Atualmente no desenvolvimento da FIFA,
Wenger dirigiu o Arsenal da Inglaterra de 1996 a 2018 |
Ainda de acordo com a AFP, Wenger
indicou que esse processo pode ser acelerado pensando na próxima
Copa, marcada para começar em novembro de 2022.
Opinião do
Apitonacional
Na verdade o fim da função de
árbitro assistente já ocorreu e hoje, com todo respeito aos
profissionais que exercem esta atividade, não passam de peso morto
ou meros espectadores privilegiados da partida.
A função ganhou importância com a
evolução da regra e aos poucos foi ganhando poder de decisão durante
uma partida. A regra 6 do futebol diz que o árbitro assistente,
sempre submetido à decisão do árbitro, tem o dever de indicar, entre
outras, quando ocorrer uma infração ou um incidente fora do campo
visual do árbitro e quando forem cometidas infrações em que estejam
mais perto da ação que o árbitro (isso inclui em certas
circunstâncias, infrações cometidas dentro da área penal).
Publicidade
|
Mas na pratica não é o que ocorre
atualmente. Aos poucos, os assistentes perderam completamente a
função e hoje não passam de 'carimbadores', ou seja, só levantam
seus instrumentos de trabalho em uma infração após a marcação pelo
árbitro e com a chegada do VAR (arbitro de vídeo), a função perdeu
completamente a importância e hoje, o assistente sequer levantam a
bandeira nos impedimentos. Mesmo que as determinações e protocolos
do VAR oriente para não interromper um lance ajustado ou em caso de
duvidas, os assistentes deixam o jogo prosseguir mesmo em lances
claros de impedimentos transferindo suas responsabilidades para a
tecnologia.
|
Árbitro assistente: função corre serio
riscos de extinção - Foto: Maria Eliza Barbosa - Crédito
divulgação |
Mesmo com a regra 6 do futebol
dando poder de intervir, a falta de personalidade destes
profissionais, em sua esmagadora maioria, é tanta que, sequer
arremesso lateral em sua diagonal ou área de atuação tem coragem de
definir lado transferindo esta função ao árbitro.
Publicidade
|
Por estes e outros motivos, a
noticia do provável fim da função não é novidade e só confirma o que
já era esperado, o fim da função, assim como ocorreu com o AAA
(árbitro assistente adicional), por absoluta inoperância.