Que a arbitragem mineira não vive
um bom momento isto é fato, para comprovar basta dar um google para
instantaneamente encher a tela do seu smartfone ou do seu not com
notícias apontando erros de arbitragens, reclamações contra membros
da comissão de arbitragem, importação de profissionais do apito de
outros estados e até mesmo rusgas de árbitro contra árbitro
comprovam a insatisfação geral com o atual quadro.
Mas nesse cenário caótico, nem tudo é terra tombada e uma boa
noticia, que o Apitonacional
compartilha abaixo, é o surgimento de novos árbitros que renova a
esperança de dias melhores no apito mineiro. Uma dessas boas
noticias é a renovação que como a velha máxima da roça, caia chuva
ou faça sol, quem quer colher, tem que plantar.
Nesta sexta-feira (14), o Portal
Diariodoaço, trás a história da
jovem árbitra Flávia Sobrinho Nascimento, de Ipatinga, que se formou
árbitra em 2021, foi aprovada nos testes físico estando apta a ser
escalada nos jogos da Terceira Divisão de profissionais, campeonatos
de base (Sub-15, Sub-17, Sub-20) e até mesmo Módulo B desta
temporada.
Conheça a história e a trajetória
de Flávia Sobrinho na matéria completa abaixo.
Depois de Janete Mara Arcanjo, que
trabalhou por duas décadas na Federação Mineira de Futebol (FMF),
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e chegou ao quadro da Fifa
(atuou em uma Copa do Mundo feminina, no Canadá), a arbitragem
ipatinguense está revelando outra profissional com perspectiva de
carreira igualmente de sucesso. Trata-se de Flávia Sobrinho
Nascimento, 25 anos, que se destacou nos quadros da Liga de
Desportos de Ipatinga (LDI) entre 2019 e 2021, quando decidiu que
sua vocação era mesmo seguir uma carreira profissional na função,
mudando-se para Belo Horizonte, “com a cara e a coragem”.
Flávia Sobrinho é filha de Pedro
Cardoso Nascimento e Marlúcia Pereira Sobrinho Nascimento e irmã de
Débora e Aline; é a caçula da família. Nasceu em Governador
Valadares, porém, foi criada no distrito de Serraria, em Periquito,
mudando-se para Ipatinga aos 14 anos para estudar. Depois de
completar o ensino médio, cursou Educação Física no Unileste, que
serviu de base para lecionar como professora da área, em Belo
Horizonte, para dar suporte às suas atuais despesas.
Primeira experiência
Flávia Sobrinho sempre gostou, acompanhou e jogou futebol. A chance
de se tornar árbitra surgiu quase que por acaso. Em seu estágio
curricular na Usipa, foi convidada pelo professor Dalton Pinheiro
para apitar um jogo-treino, gostou, recebeu elogios de Dalton e foi
aconselhada a fazer um curso de arbitragem na LDI. Seguiu o conselho
e logo em seguida já estava nas escalas, como assistente e árbitra
central em jogos das categorias de base e, em seguida, do amador,
sempre com destaque e elogios.
Carreira na FMF
Em 2021, fez o curso de arbitragem na FMF, retornou a Ipatinga,
seguiu atuando, até decidir, no segundo semestre do ano passado,
mudar-se para Belo Horizonte e entrar definitivamente nos quadros da
entidade. Desde então, já trabalhou nos jogos dos fortes campeonatos
de base da FMF, bem como no Campeonato Mineiro Amador e atuou na
final da Taça das Favelas de BH.
Recentemente, foi aprovada no
teste físico da FMF e está apta a ser escalada nos jogos da Terceira
Divisão de profissionais, campeonatos de base (Sub-15, Sub-17, Sub-20)
e até mesmo Módulo B desta temporada. Segue se preparando, se
atualizando e pronta para receber as escalas.
Crédito: www.diariodoaco.com.br |
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Já com o escudo da FMF, Flávia Sobrinho
atua com desenvoltura e elogios, numa carreira que pode
chegar brevemente à CBF |
Para ela, serão mais alguns
degraus numa carreira que ela espera desembocar nos quadros da CBF,
conforme atesta o diretor de árbitros da LDI e grande incentivador,
Deivson Mendel, árbitro de destaque há mais de duas décadas no
futebol regional.
“Cada conquista está sendo
única e especial, nunca imaginei que seguiria essa carreira, mas a
vida me surpreendeu e me apaixonei pela área. Por isso, quando se
tem amor e dedicação, a expectativa é alcançar muitos objetivos e,
principalmente, o quadro CBF. E aí vamos sonhando com algo maior,
como o escudo Fifa” - afirma ao Diário do Aço a esperançosa e
dedicada Flávia Sobrinho.
Referências
Edna Batista, Neuza Back, Andreza Siqueira, Janete Arcanjo e Raphael
Claus são algumas das referências em sua carreira.
“Já tive contato no curso com
muitos árbitros e ex-árbitros de renome que foram meus professores,
como Janete Arcanjo, Igor Júnior Benevenuto, Ricardo Marques
Ribeiro, Márcio Resende Freitas, Renato Cardoso Conceição, Joel
Tolentino e Márcio Eustáquio Santiago. E tive a oportunidade de
trabalhar com o Wanderson Alves (CBF) e Andreza Siqueira (FIFA)”
- afirma já com certo orgulho a ex-integrante do quadro da LDI.
Sobre o comportamento na
arbitragem, a pressão durante os jogos e antes mesmo deles, Flávia
afirma que está se preparando para cada situação no dia a dia.
“Acredito que sou calma e isso
é importante para lidar nos momentos de pressão dos jogos. Mas
também sei me posicionar mais duramente quando necessário. Também
sou muito persistente e responsável com o meu trabalho, afinal, se
existe algo para ser feito precisa ser bem feito” - pontua.
Agradecimentos
Flávia Sobrinho nunca esquece as origens e o caminho percorrido até
aqui. Agradece e reconhece o apoio da família, de amigos, da
namorada Isabela e também de onde tudo começou no apito.
“A LDI me abriu as portas,
começando pelo curso da arbitragem. E depois, com toda atenção e
oportunidades que me foram dadas assim que formei. Só tenho a
agradecer pessoas como Ronaldo Careca, Marcial Alves, presidente
Silvestre Antônio Ferreira. E, principalmente, meu diretor e amigo
Deivson Mendel, que hoje está na LDI e me deu muitas oportunidades,
além de ensinamentos ao longo dos anos no Vale do Aço. Ele tem feito
a diferença na arbitragem da região e espero que encontre muitas
novas promessas na arbitragem” - concluiu Flávia Sobrinho.
As informações são do
Diariodoaço.com.br