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 10/04/2018    13:16hs

Mascote da arbitragem é destaque na final do pernambucano

Clovis Amaral, Diego Anderlini, Nielson Nogueira Dias, Cleberson Nascimento e Tiago Nascimento - Foto: Marçal
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O Náutico bateu o Central de Caruaru por 2 a 1 no ultimo domingo (8) na Arena Pernambuco e se sangrou campeão pernambucano depois de 14 anos na fila.

Como não poderia ser diferente, o título do Pernambucano 2018 veio em um jogo com polêmicas de arbitragem e tensão até o último segundo. Empurrado por cerca de 40 mil alvirrubros, os mandantes tomaram um susto aos 27’ quando Gildo infiltrou entre os zagueiros e balançou as redes para o Central, mas para o alívio do Timbu, o assistente Cleberson Nascimento assinalou impedimento em lance polêmico, que para nós foi legal, pois o jogador estava na mesma linha, mas não criticamos a decisão do assistente por se tratar de um lance muito ajustado e qualquer decisão, fosse, como foi, seria compreensível.

Antes do intervalo, aos 43 minutos, o Náutico fez 1 a 0 com Ortigoza. Aos oito do segundo, Ortigoza balançou as redes novamente após dividir com França, mas a arbitragem corretamente marcou toque de mão do paraguaio e o advertiu com amarelo. Logo depois, aos 13, o Timbu ampliou com Jobson e botou as mãos na taça, mas levou um duro golpe na confiança com o pênalti cometido por Kevyn. No lance, o ótimo assistente Clovis Amaral, que fez sua sexta decisão, assinalou com convicção a penalidade claríssima feita com o braço pelo jogador do Náutico que foi advertido com cartão amarelo. Aos 26, Leandro Costa cobrou e fez 2x1.

Intervenção precisa e necessária da arbitragem evitou conflito logo no inicio da partida

O Central encurralou o Náutico atrás do empate e quase igualou o marcador em uma oportunidade inacreditável. Júnior Lemos chutou colocado, a bola bate na trave, percorreu a linha e foi para fora. Desespero dos alvinegros, alívio para os alvirrubros.

Os cinco minutos de acréscimo levaram a tensão até o limite e muitos torcedores e dirigentes quiseram esganar Nielson. Mas aos 50, quando ele apontou para o centro do gramado, o sofrimento virou felicidade.

O árbitro

Apesar de estar apitando a primeira final já no apagar das luzes da sua carreia no apito, Nielson Nogueira Dias não demonstrou qualquer emoção ou agradecimentos por ter tido a oportunidade de colocar definitivamente seu nome na historia da arbitragem pernambucana, pois como bem disse um dirigente após a partida, o árbitro pode apitar cem clássicos, mas ele só coloca seu nome na historia quando apita uma final.

Pelo histórico na carreira e pelo desempenho apresentado na partida, apesar de não ter interferido no resultado, Nielson não era o mais qualificado para a final, mas a FPF, numa atitude elogiável, aproveitou o bom desempenho que apresentou durante o campeonato, correu os riscos, e o presenteou com a final. Mas pelo pouco caso e nenhuma importância dada a escala, que beirou a prepotência, o fato provavelmente é irrelevante para o sisudo árbitro.

Devido ao seu deplorável estado físico, andou em campo a maioria dos 90 minutos da partida, Nielson deveria aproveitar a homenagem feita pela Federação Pernambucana que o premiou com a final, e encerrar a carreira no auge e de forma digna. A continuar, será mais um ex-árbitro em atividade.

 

Mascote

O fato positivo foi à maravilhosa idéia da FPF em colocar um mascote da arbitragem na final, assim como a equipe do Náutico com seus mascotinhos. Mas não foi um simples mascote e sim um árbitro do futuro. O escolhido, Diego Anderlini, 10 anos, é um apaixonado pela arbitragem e apita partidas em campo soçaite desde os 7 anos de idade. Enquanto os outros garotos jogam com a bola ele leva a sério sua diversão com o apito na boca.

Ao entrar em campo e fazer parte do cerimonial, podia se notar a felicidade e os olhos marejados de um menino que certamente um dia voltara a este palco nas mesmas condições, mas desta vez como arbitro central. Esse é o desejo e será a torcida do Apitonacional.

A Federação Pernambucana de Futebol, que já conta com

mais de sessenta inscritos para o próximo curso de arbitragem, não só apóia ações como essa para incentivar a arbitragem, como busca jovens árbitros para substituir os atuais no futuro. Uma bela iniciativa que merece nossos parabéns!

Ficha técnica:

Náutico 2x1 Central

Local: Arena de Pernambuco (São Lourenço da Mata/PE)

Árbitro: Nielson Nogueira Dias.
Assistentes: Clóvis Amaral da Silva e Cleberson Nascimento Leite
4º Árbitro: Tiago Nascimento dos Santos
Mascote: Diego Anderlini Sobral

Gols: Ortigoza (aos 43 do 1ºT), Jobson (aos 12 do 2ºT) e Leandro Costa (aos 26 do 2ºT)
Cartões amarelos: Gago, Eduardo Erê(C); Camacho, Jobson, Ortigoza, Kevyn (N)
Publico: 42.350 pagantes
Renda: R$ 956.695,00

Náutico
Bruno; Thiago Ennes, Camacho, Camutanga e Kevyn; Negretti, Wallace Pernambucano (Jobson) e Júnior Timbó (Clebinho); Rafael
Assis (Wendel), Robinho e Ortigoza.
Técnico: Roberto Fernandes

Central
França; Gago, Danilo Quipapá, Vitão e Charles; Douglas Carioca (Itacaré), Eduardo Erê, Fernando Pires e Júnior Lemos (Issa); Leandro Costa e Gildo (Lucas Silva).
Técnico: Mauro Fernandes

Apitonacional, compromisso só com a verdade!

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