O Náutico bateu o Central de Caruaru por 2 a 1 no ultimo domingo (8)
na Arena Pernambuco e se sangrou campeão pernambucano depois de 14
anos na fila.
Como não poderia ser diferente, o título do Pernambucano 2018 veio
em um jogo com polêmicas de arbitragem e tensão até o último
segundo. Empurrado por cerca de 40 mil alvirrubros, os mandantes
tomaram um susto aos 27’ quando Gildo infiltrou entre os zagueiros e
balançou as redes para o Central, mas para o alívio do Timbu, o
assistente Cleberson Nascimento assinalou impedimento em lance
polêmico, que para nós foi legal, pois o jogador estava na mesma
linha, mas não criticamos a decisão do assistente por se tratar de
um lance muito ajustado e qualquer decisão, fosse, como foi, seria
compreensível.
Antes do intervalo, aos 43 minutos, o Náutico fez 1 a 0 com
Ortigoza. Aos oito do segundo, Ortigoza balançou as redes novamente
após dividir com França, mas a arbitragem corretamente marcou toque
de mão do paraguaio e o advertiu com amarelo. Logo depois, aos 13, o
Timbu ampliou com Jobson e botou as mãos na taça, mas levou um duro
golpe na confiança com o pênalti cometido por Kevyn. No lance, o
ótimo assistente Clovis Amaral, que fez sua sexta decisão, assinalou
com convicção a penalidade claríssima feita com o braço pelo jogador
do Náutico que foi advertido com cartão amarelo. Aos 26, Leandro
Costa cobrou e fez 2x1.
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Intervenção precisa e necessária
da arbitragem evitou conflito logo no inicio da partida |
O Central encurralou o Náutico atrás do empate e quase igualou o
marcador em uma oportunidade inacreditável. Júnior Lemos chutou
colocado, a bola bate na trave, percorreu a linha e foi para fora.
Desespero dos alvinegros, alívio para os alvirrubros.
Os cinco minutos de acréscimo levaram a tensão até o limite e muitos
torcedores e dirigentes quiseram esganar Nielson. Mas aos 50, quando
ele apontou para o centro do gramado, o sofrimento virou felicidade.
O árbitro
Apesar de estar apitando a primeira final já no apagar das luzes da
sua carreia no apito, Nielson Nogueira Dias não demonstrou qualquer
emoção ou agradecimentos por ter tido a oportunidade de colocar
definitivamente seu nome na historia da arbitragem pernambucana,
pois como bem disse um dirigente após a partida, o árbitro pode
apitar cem clássicos, mas ele só coloca seu nome na historia quando
apita uma final.
Pelo histórico na
carreira e pelo desempenho apresentado na partida, apesar de não ter
interferido no resultado, Nielson não era o mais qualificado para a
final, mas a FPF, numa atitude elogiável, aproveitou o bom
desempenho que apresentou durante o campeonato, correu os riscos, e
o presenteou com a final. Mas pelo pouco caso e nenhuma importância
dada a escala, que beirou a prepotência, o fato provavelmente é
irrelevante para o sisudo árbitro.
Devido ao seu deplorável estado físico, andou em campo a maioria dos
90 minutos da partida, Nielson deveria aproveitar a homenagem feita
pela Federação Pernambucana que o premiou com a final, e encerrar a
carreira no auge e de forma digna. A continuar, será mais um
ex-árbitro em atividade.
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Mascote
O fato positivo foi à maravilhosa idéia da FPF em
colocar um mascote da arbitragem na final, assim como a
equipe do Náutico com seus mascotinhos. Mas não foi um
simples mascote e sim um árbitro do futuro. O escolhido,
Diego Anderlini, 10 anos, é um apaixonado pela
arbitragem e apita partidas em campo soçaite desde os 7
anos de idade. Enquanto os outros garotos jogam com a
bola ele leva a sério sua diversão com o apito na boca.
Ao entrar em campo e fazer parte do cerimonial, podia se
notar a felicidade e os olhos marejados de um menino que
certamente um dia voltara a este palco nas mesmas
condições, mas desta vez como arbitro central. Esse é o
desejo e será a torcida do
Apitonacional.
A
Federação Pernambucana de Futebol, que já conta com
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mais de
sessenta inscritos para o próximo curso de arbitragem,
não só apóia ações como essa para incentivar a
arbitragem, como busca jovens árbitros para substituir
os atuais no futuro. Uma bela iniciativa que merece
nossos parabéns! |
Ficha técnica:
Náutico 2x1 Central
Local: Arena de Pernambuco (São Lourenço da Mata/PE)
Árbitro: Nielson Nogueira Dias.
Assistentes: Clóvis Amaral da Silva e Cleberson Nascimento
Leite
4º Árbitro: Tiago Nascimento dos Santos
Mascote: Diego Anderlini Sobral
Gols: Ortigoza (aos 43 do 1ºT), Jobson (aos 12 do 2ºT) e
Leandro Costa (aos 26 do 2ºT)
Cartões amarelos: Gago, Eduardo Erê(C); Camacho, Jobson,
Ortigoza, Kevyn (N)
Publico: 42.350 pagantes
Renda: R$ 956.695,00
Náutico
Bruno; Thiago Ennes, Camacho, Camutanga e Kevyn; Negretti, Wallace
Pernambucano (Jobson) e Júnior Timbó (Clebinho); Rafael
Assis (Wendel), Robinho e Ortigoza.
Técnico: Roberto Fernandes
Central
França; Gago, Danilo Quipapá, Vitão e Charles; Douglas Carioca
(Itacaré), Eduardo Erê, Fernando Pires e Júnior Lemos (Issa);
Leandro Costa e Gildo (Lucas Silva).
Técnico: Mauro Fernandes