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 11/08/2018    15:24hs

Paraense atinge marca centenária no Brasileirão

O paraense Deivison que ficou nacionalmente conhecido como Dewson Freitas atinge a marca histórica de 100 jogos pela Série A do campeonato brasileiro

Crédito: Mauro Horita/AE

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Quando pisar no gramado do estádio Mário Filho, o Maracanã, neste domingo, dia de 12 agosto, dias dos pais, para dar inicio a partida entre Flamengo e Cruzeiro pela 18ª rodada, o árbitro paraense Dewson Fernando Freitas da Silva estará completando sua centésima segunda partida na Série A do Campeonato Brasileiro. Uma marca expressiva, que poucos tiveram o privilégio de alcançar e que certamente será acrescida até o fim da sua vitoriosa carreira.

Dewson estreou na primeira divisão nacional há exatos sete anos atrás na partida entre os atléticos, o de Goiás e o do Paraná com vitória dos visitantes por 3 a 0 dentro do estádio Serra Dourada. O confronto foi disputado mais precisamente no dia 04 de agosto de 2011, onde aplicou seus dois primeiros cartões amarelos na competição.

O paraense de gestos simples, fala mansa, educado e cortes, tem 37 anos (27/02/1981) e é considerado um dos maiores árbitros do Brasil. Vive um bom momento na carreira e os números são altamente favoráveis no seu terceiro ano no quadro internacional sendo o primeiro árbitro do Pará no quadro da FIFA desde 1950. Antes dele, apenas Gilberto de Almeida Rego, na Copa do Mundo de 1930, e Alberto da Gama Malcher, que apitou a Copa de 1950, representaram o Estado na arbitragem internacional. A dupla, no entanto, atuava por outras federações. Dewson confessa que já recebeu convites, mas conta que traçou um objetivo: atuar em um Mundial como representante da Federação Paraense.

Dewson durante sua partida centenária - Crédito: Globoesporte.com

Pesquisa
Depois da marca centenária conquistada no clássico paulista entre Santos e Palmeiras pela 13ª rodada, Dewson atuou em mais uma partida, a derrota do Vasco por 4 a 1 frente ao Corinthians em São Januário, no Rio de Janeiro, onde aplicou quatro cartões amarelos e sinalizou duas penalidades.

Segundo pesquisa realizada em nosso banco de dados, nas 101 partidas realizadas até aqui, incluindo o clássico paulista e a ultima atuação no confronto Vasco x Santos, Dewson advertiu os jogadores com 533 cartões amarelos, expulsou sete com cartão vermelho direto, quinze com o segundo cartão amarelo seguido do vermelho e marcou vinte e oito penalidades.

Ao site da CBF o árbitro paraense reiterou a honra de completar cem jogos no Campeonato Brasileiro e agradeceu pessoas importantes em sua trajetória.

"Me sinto muito honrado por atingir essa marca, não é qualquer marca, entendeu? Cem é cem, cem não é um. Ao mesmo tempo sou muito grato pela confiança que meus superiores sempre tiveram com a minha pessoa e como profissional também. Isso é muito importante, estou muito feliz, passando por um momento excepcional da carreira, mais maduro, com pé no chão e estou muito feliz mesmo. Toda essa felicidade eu compartilho com meus superiores, porque eles são os responsáveis também. Tenho mérito em questão de dedicação técnica, física, mas sem a comissão em si, todo o trabalho, passando pela psicóloga, Dr. Marta Magalhães, passando pelo físico, com o Paulo Camelo, Comissão de Arbitragem, ENAF... Todos têm seu ponto nessa conquista. A gente só chega na excelência com ajustes, a cada dia que vem passando eles são responsáveis por fazer esses ajustes, então estou muito feliz e emocionado por esse momento tão especial" - disse ele que antes de concluir não esqueceu de agradecer a quem apostou em sua carreira.

“Sou muito grato ao Sérgio Corrêa que acreditou em mim durante a sua gestão e apostou em me colocar no quadro internacional” – concluiu Dewson. 

Dewson ou Deivison?
Uma reportagem que foi ao ar no programa a ‘Regra é Clara’ comandada por Arnaldo Cezar Coelho revelou detalhes antes só conhecido por familiares e pessoas do seu convívio. A revelação foi feita pela sua mãe, Maria do Socorro Freitas da Silva de 54 anos. Ela revelou como o filho é conhecido desde seu nascimento.

“Para mim é o Deivison e não Dewson. Todos nós da família chamamos Deivison e só depois que entrou na arbitragem que veio o Dewson” – disse dona Maria do Socorro.  

Dewson com a mãe (Arquivo Pessoal)

Assim, o destino quis que o menino da rua sem asfalto e cheia de buracos na periferia da grande Belém voasse para o mundo como expressou a sua mãe Socorro Freitas.

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