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Traci tem esperança em conquistar
escudo FIFA atuando por uma federação forte |
O árbitro Rafael Traci vai apitar no
futebol catarinense. O paranaense de 37 anos (02/09/1981), acertou a
transferência para a terra dos barrigas verdes na ultima semana e já
esta apto a ser escalado a partir desta semana na rodada que encerra
o primeiro turno do campeonato catarinense.
Traci, que fora da arbitragem é
corretor de seguros, foi eleito no final do ano passado o melhor
árbitro do Brasileirão no prêmio Bola de Prata dos canais ESPN. O
bola de prata do apito comandou 18 partidas no ultimo Brasileirão e
não economizou cartões. Foram 94 amarelos e três vermelhos (um deles
por duplo cartão amarelo).
Apesar de estar sob nova direção que
vem dando todo apoio para a comissão de arbitragem na busca de
revelar árbitros, qualificar e dar melhores condições de trabalho ao
quadro local, a Federação Catarinense de Futebol mantém a tradição
de importar árbitros de outros estados. Traci não é o primeiro e
certamente não será o ultimo nesta arbitragem sem fronteiras e cada
vez mais globalizada.
Foi assim num passado não tão distante
com o mineiro Márcio Rezende Freitas, com o carioca Wagner Tardelli
Azevedo e mais recentemente Sandro Ricci e Heber Lopes que permanece
até os dias de hoje entre outros não tão famosos que atuaram como
forasteiros em solo catarinense.
O
Apitonacional entrou em contato com Rafael Traci para
saber os motivos da mudança de federação. Segundo respondeu, dois
são os motivos: O primeiro é a transferência de trabalho de sua
esposa de Curitiba para Joinville onde o casal vai morar, ela
trabalha como negociadora global, e o segundo é a insatisfação com a
comissão de arbitragem paranaense que não da o apoio necessário na
busca pelo escudo FIFA.
“Vou atrás de uma seqüência maior
para evoluir na carreira e buscar o escudo no fim do ano (FIFA).
Infelizmente no Paraná a atual gestão não da seqüência para os
árbitros” – disse Traci.
O
Apitonacional foi atrás de maiores informações e detalhes
da transferência. Segundo uma pessoa próxima ao árbitro, pelo bom
desempenho nas duas ultimas temporadas, ele tinha grandes chances e
esperava ser indicado ao quadro FIFA no final do ano passado, mas
isso não ocorreu e a má vontade da comissão de arbitragem paranaense
comandada por Afonso Vitor foi determinante para essa decisão.
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Mineiro Márcio Rezende Freitas
atuou em Santa Catarina |
Apuramos que no Paraná, os árbitros
CBF trabalham no máximo em cinco partidas no estadual. Traci atuou
em cinco partidas no ano passado.
Tentamos contato com Afonso Vitor,
presidente da CEAF paranaense e Marco Martins, chefe do apito
catarinense para que falassem sobre a transferência do árbitro, mas
ambos não foram encontrados.
Obs.
Em outras oportunidades, sobre as reclamações dos árbitros CBF,
Afonso Vitor já tinha dito que eles (os árbitros CBF) são bastante
escalados nas competições nacionais e que ele precisa revelar novos
valores e o estadual é usado justamente para dar oportunidades aos
jovens árbitros.
Podemos concordar ou não com o
dirigente, mas temos que respeitar o critério que ele vem usando a
anos.