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José Clizaldo e Arthur Alves
Junior na sede da FPF - Credito FPF |
Em maio deste ano, após o escândalo ‘Operação Cartola’ a CBF
(Confederação Brasileira de Futebol), através de uma decisão do
conselho de ética, interveio na Federação Paraibana de Futebol (FPF)
afastando o presidente Amadeus Rodrigues e os membros da então
comissão de arbitragem. Flávio Boson Gambogi, do Superior Tribunal
de Justiça Desportiva (STJD), foi nomeado interventor. Já na
arbitragem foram nomeados Ricardo Maurício, membro da comissão
nacional de arbitragem e Arthur Alves Junior, presidente do
Sindicato dos Árbitros de São Paulo e Secretario eleito da futura
administração da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF).
Arthur foi braço direito e principal articulador de Cel. Marinho,
presidente da CONAF, quando este comandou a arbitragem paulista
entre 2005 e 2015.
Cel Ricardo, como é conhecido no meio da arbitragem, nem está mais
na Paraíba onde permaneceu por 45 dias retornando ao Rio de Janeiro
deixando a missão a cargo de Arthur Alves Junior, coordenador da
equipe de intervenção da Federação Paraibana de Futebol, que tem ido
com freqüência a capital paraibana para reorganizar a arbitragem
daquele estado.
Mas a tarefa de reorganização não tem sido fácil para o paulista,
pois no ultimo final de semana, a semifinal da categoria Sub-19
entre Nacional de Patos e CSP da capital, disputada no Estádio José
Cavalcanti, no Sertão do estado, terminou em grande confusão.
Segundo informações de uma fonte que estava no estádio, o árbitro
Tiago Ramos acresceu oito minutos na segunda etapa e acabou a
partido logo após o gol de empate do time da capital levando a
decisão da vaga para a final através da disputa de pênaltis. Nas
penalidades, o CSP venceu por 5 a 4 que foi seguido de grande
tumulto instalado por jogadores, dirigentes e torcedores do Nacional
contra a arbitragem chegando ao ponto do carro que servia Arthur
Alves Junior ter sido alvejado por um paralelepípedo arremessado por
torcedores. Nem a ação policial conseguiu conter os ânimos e a coisa
só não desembocou para algo ainda mais grave por pouco.
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Cel. Ricardo, ultimo da esquerda
para a direita - Crédito Orlando Lacanna / JP |
Nepotismo
Na ultima segunda feira (19) foi realizada a escala para as finais
entre Queimadense e CSP pelo coordenador de arbitragem, José
Clizaldo da Silva França, juntamente com Arthur Alves Júnior. Na
oportunidade, José Clizaldo tranqüilizou os representantes do Centro
Sportivo Paraibano e Sociedade Esportiva Queimadense sobre a
arbitragem informando que a escolha foi ‘altamente criteriosa’ e os
indicados são os melhores para a decisão. Quando a escala foi
divulgada, pode se entender que o critério utilizado foi o familiar
tendo em vista que o escolhido para a primeira partida, Clizaldo
Luís, é filho do coordenador. Já a segunda partida será arbitrada
por Emanuel Diniz, árbitro CBF e presidente do sindicato dos
árbitros daquele estado, o que configura uma escolha politica.
Em tempos.
Na tarde da quarta-feira (15), em partida realizada no Estádio
Britão, na cidade de Boqueirão, a equipe do CSP goleou por 4 a 1 a
Queimadense e saiu na frente na busca pelo titulo.
Pelo visto esta sendo perda de tempo a ida de Arthur Alves Junior à
Paraíba, para isso abandonando o sindicato paulista como pode ser
comprovado na agenda do presidente, tendo em vista que faz parte de
uma comissão que faz escalas familiar e política.
Segundo informações, a CBF, teria feito convite a Arthur Alves
Junior para que este assumisse definitivamente a comissão de
arbitragem da Paraíba.
Procurado, Arthur não confirmou a informação e disse que caso fosse
não poderia aceitar por compromissos pessoais em São Paulo onde
cuida dos pais já idosos, da esposa com problemas de saúde e das
filhas em idade escolar.
Quem é
o outro Cel. da
CA-CBF
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Ricardo
Maurício Ferreira de Almeida foi assistente sem
expressão do quadro carioca e da CBF na década de 2.000.
Filho
do Coronel José Antônio de Almeida, falecido em 2013,
que foi segurança de Ricardo Teixeira e administrador
por muitos anos do Centro de Treinamento da Granja
Comary. O pai influente abriu as portas na arbitragem e
na CBF onde mesmo sem currículo chegou à comissão de
arbitragem e inspetor de árbitros. |
Fora da
arbitragem é Coronel reformado da infantaria do Exército
Brasileiro. É querido no meio, mas tido como sisudo e
rígido demais devido as regras e disciplina militar.
Procurado, Cel, Ricardo não respondeu o contato. |