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 15/08/2018    07:17hs

Presidente do sindicato paulista comanda arbitragem paraibana

Arthur Alves Junior e Cel. Ricardo nomeados interventores da arbitragem da Paraíba; CBF estuda efetivar paulista para renovar quadro local

José Clizaldo e Arthur Alves Junior na sede da FPF - Credito FPF
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Em maio deste ano, após o escândalo ‘Operação Cartola’ a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), através de uma decisão do conselho de ética, interveio na Federação Paraibana de Futebol (FPF) afastando o presidente Amadeus Rodrigues e os membros da então comissão de arbitragem. Flávio Boson Gambogi, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi nomeado interventor. Já na arbitragem foram nomeados Ricardo Maurício, membro da comissão nacional de arbitragem e Arthur Alves Junior, presidente do Sindicato dos Árbitros de São Paulo e Secretario eleito da futura administração da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF). Arthur foi braço direito e principal articulador de Cel. Marinho, presidente da CONAF, quando este comandou a arbitragem paulista entre 2005 e 2015.

Cel Ricardo, como é conhecido no meio da arbitragem, nem está mais na Paraíba onde permaneceu por 45 dias retornando ao Rio de Janeiro deixando a missão a cargo de Arthur Alves Junior, coordenador da equipe de intervenção da Federação Paraibana de Futebol, que tem ido com freqüência a capital paraibana para reorganizar a arbitragem daquele estado.

Mas a tarefa de reorganização não tem sido fácil para o paulista, pois no ultimo final de semana, a semifinal da categoria Sub-19 entre Nacional de Patos e CSP da capital, disputada no Estádio José Cavalcanti, no Sertão do estado, terminou em grande confusão. Segundo informações de uma fonte que estava no estádio, o árbitro Tiago Ramos acresceu oito minutos na segunda etapa e acabou a partido logo após o gol de empate do time da capital levando a decisão da vaga para a final através da disputa de pênaltis. Nas penalidades, o CSP venceu por 5 a 4 que foi seguido de grande tumulto instalado por jogadores, dirigentes e torcedores do Nacional contra a arbitragem chegando ao ponto do carro que servia Arthur Alves Junior ter sido alvejado por um paralelepípedo arremessado por torcedores. Nem a ação policial conseguiu conter os ânimos e a coisa só não desembocou para algo ainda mais grave por pouco.

Cel. Ricardo, ultimo da esquerda para a direita - Crédito Orlando Lacanna / JP

Nepotismo

Na ultima segunda feira (19) foi realizada a escala para as finais entre Queimadense e CSP pelo coordenador de arbitragem, José Clizaldo da Silva França, juntamente com Arthur Alves Júnior. Na oportunidade, José Clizaldo tranqüilizou os representantes do Centro Sportivo Paraibano e Sociedade Esportiva Queimadense sobre a arbitragem informando que a escolha foi ‘altamente criteriosa’ e os indicados são os melhores para a decisão. Quando a escala foi divulgada, pode se entender que o critério utilizado foi o familiar tendo em vista que o escolhido para a primeira partida, Clizaldo Luís, é filho do coordenador. Já a segunda partida será arbitrada por Emanuel Diniz, árbitro CBF e presidente do sindicato dos árbitros daquele estado, o que configura uma escolha politica.

Em tempos. Na tarde da quarta-feira (15), em partida realizada no Estádio Britão, na cidade de Boqueirão, a equipe do CSP goleou por 4 a 1 a Queimadense e saiu na frente na busca pelo titulo.

Pelo visto esta sendo perda de tempo a ida de Arthur Alves Junior à Paraíba, para isso abandonando o sindicato paulista como pode ser comprovado na agenda do presidente, tendo em vista que faz parte de uma comissão que faz escalas familiar e política.

Segundo informações, a CBF, teria feito convite a Arthur Alves Junior para que este assumisse definitivamente a comissão de arbitragem da Paraíba.

Procurado, Arthur não confirmou a informação e disse que caso fosse não poderia aceitar por compromissos pessoais em São Paulo onde cuida dos pais já idosos, da esposa com problemas de saúde e das filhas em idade escolar.

Quem é o outro Cel. da CA-CBF

 

Ricardo Maurício Ferreira de Almeida foi assistente sem expressão do quadro carioca e da CBF na década de 2.000.

Filho do Coronel José Antônio de Almeida, falecido em 2013, que foi segurança de Ricardo Teixeira e administrador por muitos anos do Centro de Treinamento da Granja Comary. O pai influente abriu as portas na arbitragem e na CBF onde mesmo sem currículo chegou à comissão de arbitragem e inspetor de árbitros.

Fora da arbitragem é Coronel reformado da infantaria do Exército Brasileiro. É querido no meio, mas tido como sisudo e rígido demais devido as regras e disciplina militar.

Procurado, Cel, Ricardo não respondeu o contato.

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