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    São Paulo - 22/06/2022    07:11hs

Seguro de vida e taxa dos árbitros: sindicato questiona CBF no Ministério Pública do Trabalho

 
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Na última quarta-feira (15), por meio de videoconferência, ocorreu audiência na Procuradoria Regional do Ministério Público do Trabalho da 1a Região, com a CBF - Confederação Brasileira de Futebol - por conta da ação (IC005741.2020.01.000/9). A videoconferência foi presidida pela Procuradora do Trabalho, Danielle Cramer.

Além da Procuradora do Trabalho, participaram da audiência os advogados Giulliano Bozzano, na qualidade de representante da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), acompanhado pelos advogados Roberto Fiorêncio e Carlos Alberto Vasconcelos. Também participou da audiência o ex-árbitro Marçal Rodrigues Mendes, na qualidade de Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Colaboradores da Arbitragem Esportiva do Estado do Rio de Janeiro – SINTRACE-RJ, entidade autora da proposta de ação pública no MPT.

Tendo em vista a ausência da ANAF - Associação Nacional dos Árbitros de Futebol - será expedido ofício solicitando manifestação da mesma por escrita a respeito do assunto.

O inquérito civil trata-se da reivindicação do seguro de acidentes pessoais e de vida para os árbitros e seus auxiliares na forma do art 30. parágrafo único da Lei federal 10671.03. Na apólice de seguro estão citados como segurados apenas os árbitros, estando de fora da cobertura os demais integrantes da equipe de arbitragem, no caso em tela os seus auxiliares de arbitragem de futebol.

Trecho da ata da videoconferência

O Sintrace questiona o seguro de vida e acidentes pessoais dos árbitros. No entendimento do sindicato, a apólice vigente beneficia apenas o árbitro central da partida e não todos os profissionais de arbitragem que a ele auxiliam como determina o estatuto do torcedor.

A CBF, por sua vez, sustenta que todos os profissionais de arbitragem, independentemente da função exercida em determinada partida, são considerados árbitros e, portanto, igualmente beneficiários da apólice de seguro. Tendo em vista tal divergência interpretativa, o MP concedeu à CBF prazo de 15 dias para disponibilizar cópia integral da apólice de seguro vigente, com a necessária análise jurídica de seus termos.

O inquérito civil trata-se da reivindicação do seguro de acidentes pessoais e de vida para os árbitros e seus auxiliares na forma do art 30. parágrafo único da Lei federal 10671.03. Na apólice de seguro estão citados como segurados apenas os árbitros, estando de fora da cobertura os demais integrantes da equipe de arbitragem, no caso em tela os seus auxiliares de arbitragem de futebol.

Trechos da apolice de seguro de vida dos árbitros

O Apitonacional teve acesso a apólice que venceu em março de 2021, mas como o documento tem renovação automática, os termos, provavelmente, continuam os mesmos. Clique aqui e veja o documento na integra.

Pagamento das taxas de arbitragens

A condição de pagamento centralizado da categoria também é alvo do inquérito. Diferentemente do que determina o Estatuto do Torcedor, as taxas são pagas pelos clubes mandantes, tornando a prestação de informação junto à Receita Federal bem precarizada.

No IC, a ANAF foi citada para que esta possa realizar os pagamentos da classe como a única fonte pagadora. No caso a CBF repassaria os valores antecipados a entidade de classe que faria o pagamento, devidamente comprovados, aos árbitros escalados com no mínimo um dia de antecedência do jogo. Assim todos ficariam seguros da transação de pagamento.

Como a representante dos árbitros não participou da videoconferência, será intimada a prestar esclarecimentos sobre esta possibilidade tratada como avanço econômico da categoria jamais vista em todos os tempos, tornando nulo a possibilidade de calote, seja no pagamento da remuneração dos árbitros ou do reconhecimento dos impostos federais.

Após a data da videoconferência, a CBF dispõe de 15 dias para retificar a apólice ou justificar que os árbitros citados também são auxiliares dos árbitros.

Por sua vez, a Procuradora irá citar a seguradora para saber se os auxiliares de arbitragem estão contemplados no seguro.

Davi x Golias

Como já noticiado varias vezes aqui neste veiculo, o  Sintrace trava mais uma briga em busca de conquistas para os árbitros. Como Davi, um jovem franzino lutou com um gigante em defesa do seu povo, relatado pela Sagrada Escritura, sozinho, sem recursos e sequer reconhecimento da sua classe, o sindicato carioca luta com as pedras que tem contra o Golias, aqui representado pela CBF e seus renomados advogados. As pedras do sindicato pode não derrubar a poderosa entidade patronal, que zomba e tira proveito da falta de união dos árbitros, mas certamente esfolam os os dedos no sapato da CBF, que um dia certamente tombara como o gigante.

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