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 08/01/2017    23:31hs

Sempre culpados

Árbitros reclamam da forma como são tratados pela corregedoria de arbitragem   da FPF. Nova delegada corregedora piorou o que já era ruim

O Apitonacional vem recebendo reclamações e mais reclamações de árbitros pela forma como estão sendo tratados pela corregedoria de arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF). Eles dizem que o serviço que já era horrível sob o comando do falecido corregedor, piorou muito com a nomeação da nova corregedora, delegada Margarete Corrêa Barreto, a senhora com cara de poucos amigos da foto ao lado.

A corregedoria foi criada em 2005 pela Federação Paulista de Futebol com todos os poderes para investigar possíveis fraudes de árbitros. A decisão se deu após o escândalo que ficou conhecido como “Máfia do Apito” protagonizado pelos árbitros paulistas Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José

Danelon. O titular da pasta empossado a época, Bento da Cunha, era conselheiro vitalício do Corinthians além de ex-auditor do Tribunal de Justiça Desportiva da FPF e delegado titular aposentado da Delegacia de Crimes contra a Fé Pública.

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Desde a criação do departamento, todos os árbitros do quadro que apresentam alguma restrição de SPC/SERASA, Justiça Civil ou Criminal entre outros, são remetidos às investigações do órgão e ficam negativados para trabalharem na arbitragem enquanto não forem liberados pela corregedoria.

Com o falecimento de Bento da Cunha no dia quatro de dezembro passado, assumiu a função a Delegada Margarete, mas o que causa estranheza em todos da categoria é a quantidade de ex-árbitros que jubilaram recentemente e atuam nestas áreas, que são conhecedores tanto de legislação quanto do dia a dia da arbitragem e suas dificuldades, mas mesmo assim são preteridos por pessoas alheias a profissão que, supostamente segundo as informações, agem como se estivessem na policia tratando os árbitros como marginais á margem da lei.

Assim como o corregedor anterior, a FPF optou por trazer uma pessoa de fora, totalmente desconhecida da categoria e que desconhece o funcionamento da arbitragem além de, segundo informações, demonstrar total falta de empenho com suas funções. Vale ressaltar que no momento da arbitragem paulista, não existe nenhuma crise de ética por parte dos homens de preto que justifique o endurecimento nas tratativas com os árbitros.

Os árbitros reclamam ainda que a corregedoria supostamente passou a barrar muito deles de atuarem por menor que seja o motivo ignorando qualquer tipo de argumentos. Apesar de termos vários relatos, evitaremos publicar os problemas individuais para não expor os árbitros que seriam identificados facilmente o que certamente poderia trazer retaliações por parte da corregedoria aos mesmos. Porém, as informações que recebemos são as piores possíveis, vai de árbitros com restrições causadas por homônimos a não pagamento de pensão alimentícia por parte de solteiros e sem filhos.

Em uma maneira geral, os árbitros não são informados dos motivos pelos quais são encaminhados à corregedoria e têm encontrado dificuldades enormes em falar com a corregedora que dificilmente é encontrada na FPF por conta de seus afazeres na Policia Civil. Além das dificuldades de dialogo, a corregedora não estaria respondendo os e-mails além de demorar demasiadamente para dar andamentos nos processos que ficam parados em seu departamento. Enquanto isso, os árbitros ficam parados, sem poderem atuar esperando pela boa vontade da Delegada.

Muitos dos árbitro com problemas, tem que percorrer 300, 400, 500 ou mais quilômetros para conseguir saber o motivo de sua restrição. Depois é solicitado alguns documentos - detalhe: fim de ano com fórum em recesso, véspera de natal e últimos dias para estarem aptos para a Copa São Paulo e pré-temporada -, o árbitro volta para casa para providenciar os documentos solicitados e retorna novamente a FPF para entregar gerando uma alta despesa pagas pelo árbitro além do desgaste das longas viagens.

Vale ressaltar que a grande culpada por todo esse problema, que acontece todo ano, é a própria comissão de arbitragem, que faz o processo de inscrições tardiamente, muito próximo do recesso da própria FPF e dos órgãos jurídicos (fórum, cartórios, etc), prejudicando muito os árbitros em todo início de temporada, tanto na Copa São Paulo quanto nas pré-temporadas. Penalizam os árbitros de maneira equivocada, afrontando inclusive a legislação trabalhista vigente do nosso país.

Bento da cunha chefiou o departamento durante onze anos com mãos de ferro e não deixou saudades

Afinal, qual é a verdadeira função da corregedoria? Zelar pela boa fé dos árbitros ou discriminá-los, maltratá-los e cortá-los de suas funções sem a devida checagem, tratando todos como supostos bandidos.

Como problemas normais nas vidas dos árbitros há anos atrás, que sempre foi aceito pelo antigo corregedor, agora é ignorado e tratado como restrição, ficando inaptos e discriminados.

Conheça a corregedora

A nova corregedora de arbitragem da FPF contratada para substituir o antigo corregedor, é a delegada Margarete Francisca Correa Barreto, 49 anos (01/02/1968), divorciada, titular do Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), órgão subordinado ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) que combate o crimes de racismo, homofobia, preconceito e intolerância, sobretudo religiosa.

A delegada tem longo histórico no esporte. Em 2010 foi acionada na justiça pelo São Paulo Futebol Clube. O clube entrou com uma representação criminal contra a delegada alegando que ela invadiu o vestiário da equipe depois de um jogo contra o Palmeiras fazendo ameaças aos seguranças. Ela exigia a presença do jogador Renato Silva, que teria feito um gesto obsceno para a torcida adversária durante a comemoração de um gol.

À época, o promotor Paulo Castilho, que estava no estádio acompanhado a partida, também entrou com uma representação contra a delegada, que também, segundo o próprio promotor, o teria destratado.

atualmente a delegada é a responsável pelas investigações das suspeitas de ligação entre as torcidas organizadas de São Paulo e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) além de ser a responsável por apurar brigas de torcidas organizadas no Estado de São Paulo.

Em 2012, Margarete concorreu ao cargo de vereadora na cidade de São Paulo pela coligação PR/DEM/PSDB/PSD e obteve 4.512 votos não sendo eleita.

O Apitonacional não conseguiu contatar a delegada corregedora da FPF que tem o espaço aberto para, caso queira, se manifestar.

Apitonacional, compromisso só com a verdade!

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