Danelon. O titular
da pasta empossado a época, Bento da Cunha, era conselheiro
vitalício do Corinthians além de ex-auditor do Tribunal de Justiça
Desportiva da FPF e delegado titular aposentado da Delegacia de
Crimes contra a Fé Pública.
Desde a criação do
departamento, todos os árbitros do quadro que apresentam alguma
restrição de SPC/SERASA, Justiça Civil ou Criminal entre outros, são
remetidos às investigações do órgão e ficam negativados para
trabalharem na arbitragem enquanto não forem liberados pela
corregedoria.
Com o falecimento
de Bento da Cunha no dia quatro de dezembro passado, assumiu a
função a Delegada Margarete, mas o que causa estranheza em todos da
categoria é a quantidade de ex-árbitros que jubilaram recentemente e
atuam nestas áreas, que são conhecedores tanto de legislação quanto
do dia a dia da arbitragem e suas dificuldades, mas mesmo assim são
preteridos por pessoas alheias a profissão que, supostamente segundo
as informações, agem como se estivessem na policia tratando os
árbitros como marginais á margem da lei.
Assim como o
corregedor anterior, a FPF optou por trazer uma pessoa de fora,
totalmente desconhecida da categoria e que desconhece o
funcionamento da arbitragem além de, segundo informações, demonstrar
total falta de empenho com suas funções. Vale ressaltar que no
momento da arbitragem paulista, não existe nenhuma crise de ética
por parte dos homens de preto que justifique o endurecimento nas
tratativas com os árbitros.
Os árbitros
reclamam ainda que a corregedoria supostamente passou a barrar muito
deles de atuarem por menor que seja o motivo ignorando qualquer tipo
de argumentos. Apesar de termos vários relatos, evitaremos publicar
os problemas individuais para não expor os árbitros que seriam
identificados facilmente o que certamente poderia trazer retaliações
por parte da corregedoria aos mesmos. Porém, as informações que
recebemos são as piores possíveis, vai de árbitros com restrições
causadas por homônimos a não pagamento de pensão alimentícia por
parte de solteiros e sem filhos.
Em uma maneira
geral, os árbitros não são informados dos motivos pelos quais são
encaminhados à corregedoria e têm encontrado dificuldades enormes em
falar com a corregedora que dificilmente é encontrada na FPF por
conta de seus afazeres na Policia Civil. Além das dificuldades de
dialogo, a corregedora não estaria respondendo os e-mails além de
demorar demasiadamente para dar andamentos nos processos que ficam
parados em seu departamento. Enquanto isso, os árbitros ficam
parados, sem poderem atuar esperando pela boa vontade da Delegada.
Muitos dos árbitro
com problemas, tem que percorrer 300, 400, 500 ou mais quilômetros
para conseguir saber o motivo de sua restrição. Depois é solicitado
alguns documentos - detalhe: fim de ano com fórum em recesso,
véspera de natal e últimos dias para estarem aptos para a Copa São
Paulo e pré-temporada -, o árbitro volta para casa para providenciar
os documentos solicitados e retorna novamente a FPF para entregar
gerando uma alta despesa pagas pelo árbitro além do desgaste das
longas viagens.
Vale ressaltar que
a grande culpada por todo esse problema, que acontece todo ano, é a
própria comissão de arbitragem, que faz o processo de inscrições
tardiamente, muito próximo do recesso da própria FPF e dos órgãos
jurídicos (fórum, cartórios, etc), prejudicando muito os árbitros em
todo início de temporada, tanto na Copa São Paulo quanto nas
pré-temporadas. Penalizam os árbitros de maneira equivocada,
afrontando inclusive a legislação trabalhista vigente do nosso país.
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Bento da cunha chefiou o departamento
durante onze anos com mãos de ferro e não deixou
saudades |
Afinal, qual é a
verdadeira função da corregedoria? Zelar pela boa fé dos árbitros ou
discriminá-los, maltratá-los e cortá-los de suas funções sem a
devida checagem, tratando todos como supostos bandidos.
Como problemas
normais nas vidas dos árbitros há anos atrás, que sempre foi aceito
pelo antigo corregedor, agora é ignorado e tratado como restrição,
ficando inaptos e discriminados.
Conheça a
corregedora
A nova corregedora
de arbitragem da FPF contratada para substituir o antigo corregedor,
é a delegada Margarete Francisca Correa Barreto, 49 anos
(01/02/1968), divorciada, titular do Decradi (Delegacia de Crimes
Raciais e Delitos de Intolerância), órgão subordinado ao DHPP
(Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) que combate o
crimes de racismo, homofobia, preconceito e intolerância, sobretudo
religiosa.
A delegada tem
longo histórico no esporte. Em 2010 foi acionada na justiça pelo São
Paulo Futebol Clube. O clube entrou com uma representação criminal
contra a delegada alegando que ela invadiu o vestiário da equipe
depois de um jogo contra o Palmeiras fazendo ameaças aos seguranças.
Ela exigia a presença do jogador Renato Silva, que teria feito um
gesto obsceno para a torcida adversária durante a comemoração de um
gol.
À época, o promotor
Paulo Castilho, que estava no estádio acompanhado a partida, também
entrou com uma representação contra a delegada, que também, segundo
o próprio promotor, o teria destratado.
atualmente a
delegada é a responsável pelas investigações das suspeitas de
ligação entre as torcidas organizadas de São Paulo e a facção
criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) além de ser a
responsável por apurar brigas de torcidas organizadas no Estado de
São Paulo.
Em 2012, Margarete concorreu
ao cargo de vereadora na cidade de São Paulo pela coligação
PR/DEM/PSDB/PSD e obteve 4.512 votos não sendo eleita.
O Apitonacional não conseguiu
contatar a delegada corregedora da FPF que tem o espaço aberto para,
caso queira, se manifestar.