27/09/2016    15:13hs

Sérgio Corrêa não é mais chefe do apito brasileiro; Em seu lugar assume Paulista Cel. Marinho

Novo chefe do apito brasileiro foi demitido em São Paulo no inicio deste ano após errar na escala de árbitro para jogo da Copa São Paulo de JRs

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou no inicio da tarde desta terça-feira (27) que Sérgio Corrêa da Silva (foto) não é mais o presidente da Comissão de Arbitragem Nacional (CA-CBF). Em seu lugar assume Marcos Cabral Marinho, ex chefe do apito paulista durante 11 anos. Marinho é o mesmo que sucateou a arbitragem paulista e teria encobertado possíveis assédios sexual e moral em São Paulo.

Triste dia para a arbitragem brasileira!

 
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Procurado, Sérgio Corrêa não retornou o contato.

O ex-FIFA Alício Pena Júnior foi deslocado do comando da Escola Nacional (ENAF) para a vice-presidência. Também farão parte da Comissão os ex-árbitros Cláudio Vinicius Cerdeira e Ana Paula Oliveira.

Sérgio Corrêa não deixa a CBF, ele assume a coordenação do Projeto de Desenvolvimento e Implementação do Árbitro de Vídeo.

Já a Escola Nacional de Árbitros de Futebol (ENAF) passará a ser dirigida por Manoel Serapião Filho e o secretário será Nilson de Souza Monção.

Coronel Marinho chefiou a arbitragem da Federação Paulista de Futebol por 11 anos, até inicio de 2016. A saída dele se deu após erro na escala de árbitros para jogos da Copa São Paulo de Futebol Junior.

Informações de bastidores dão conta que o mandato do paulista seria tampão, pois são forte as possibilidades de, a partir de 2017, Vitor Pereira, que estaria vindo fixar residência com a família no Brasil, assumir a Comissão Nacional.

O agora ex-presidente Sérgio Corrêa, foi alvo constante de reclamação dos clubes por causa dos erros de arbitragem nas competições nacionais. Presidentes de Santos, muito ligado a Marinho, Fluminense e Atlético-MG, por exemplo, já tinham pedido a saída dele do comando do apito.

O dirigente estava na segunda passagem pelo órgão, de onde foi demitido em 2012 pelo então presidente José Maria Marin, e retornou em maio de 2014.

 
Cel. Marinho e seu padrinho Arthur Alves Junior, acusado de suposto assédio sexual

A troca oficializada nesta terça concretizou a quarta mudança na Comissão de Arbitragem em quatro anos. A primeira troca foi a própria saída de Corrêa para a vinda de Aristeu Leonardo Tavares, que ficou menos de um ano na função. O substituto foi demitido depois de conceder entrevista polêmica em que revelou denúncias de manipulação de resultados.

Depois de Tavares, Antônio Pereira da Silva assumiu a presidência, cargo em que permaneceu por pouco mais de um ano, até a volta de Corrêa.

 

Corrêa tem uma passagem anterior como chefe da comissão, tendo sido tirado do cargo em 2012 por José Maria Marín, depois que o assistente Emerson Augusto de Carvalho deixou de marcar três impedimentos em um gol do Santos sobre o Corinthians. Mas ele voltou ao posto máximo do apito no lugar de Antonio Pereira da Silva, em maio de 2014.

Já Coronel Marinho foi retirado da Federação Paulista após errar na publicação de uma escala de arbitragem na Copa São Paulo, colocando para atuar um árbitro suspenso pelo STJD. Detalhe: O árbitro escalado na ocasião, Flávio Rodrigues Guerra,  é seu apadrinhado de casamento.

Antes, teria sido investigado pela Corregedoria de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF) por supostamente encobertar possível assédio sexual e moral cometido por um membro de sua comissão de arbitragem e padrinho do seu segundo casamento.

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