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VAR anula gol do Chelsea contra o Manchester United —
Foto: Hannah McKay/Reuters |
A Premier League começou nesta temporada a utilizar o
árbitro de vídeo. Começou bem, criando regras para reduzir a perda
de tempo com VAR, respeitando bastante as decisões do árbitro no
campo e evitando mandá-lo ao monitor. Mas, depois de 26 rodadas, os
ingleses passaram do ponto.
Em 255 jogos, houve apenas 79 mudanças de decisão
pelo VAR, bem menos do que no Brasileirão do ano passado (124
mudanças com mesmo número de jogos).
O desempenho do VAR no Campeonato Inglês parece ser
bem melhor do que no Brasileiro. Só parece, mas não é! A quantidade
de erros e polêmicas que acontecem na terra da rainha é muito maior
do que o número de intervenções do VAR. Praticamente ninguém está
satisfeito com o VAR inglês.
Neste fim de semana, tivemos uma entrada criminosa de
Lo Celso, do Tottenham, em Azpilicueta, do Chelsea, que não foi
punida com cartão vermelho pelo árbitro nem pelo VAR. Um absurdo!
Semana passada, novamente o Chelsea foi prejudicado ao ter um gol
anulado contra o Manchester United por um suposto empurrão de
Azpilicueta na hora do gol. Detalhe: Azpilicueta tinha sido
empurrado antes por um adversário e acabou se chocando com outro à
sua frente. Toda rodada tem polêmica com VAR, seja por não ter
chamado o árbitro quando devia, seja por ter chamado quando não
devia.
A arbitragem inglesa aprontou na Champions League
também. Os árbitros, tanto de campo quanto de vídeo, não trocaram o
chip e atuaram como são orientados na Premier League. Resultado:
omitiram-se de marcar um impedimento e validaram um gol irregular da
Atalanta contra o Valencia.
Se o VAR veio para trazer justiça, pode-se dizer que
a justiça brasileira é tão falha quanto à inglesa, pelo menos no
futebol.