Ex-aspirante FIFA troca arbitragem pela defesa dos árbitros nos tribunais

O Catarinense Giuliano Bozzano  largou o apito e assumiu a defesa dos árbitros no STJD

 
14/01/2010 - O catarinense Giuliano Bozzano não é mais árbitro de futebol. Aos 32 anos, o filho do ex-juiz Dalmo Bozzano trocou os gramados pelo escritório de advocacia, no Rio de Janeiro. Ele assumiu a defesa da Associação Nacional de Árbitros (ANAF) e se diz realizado com a nova profissão.

Bozzano era filiado à Federação do Distrito Federal e chegou a ser aspirante à FIFA. Apitou mais de 100 jogos na primeira divisão do Campeonato Brasileiro e, em 2009, sofreu uma contusão.

“No ano passado eu tive um pequeno problema de calcanhar. Acabei parando para corrigir esse problema. Corrigi. E durante a recuperação, me desloquei ao Rio de Janeiro – sou advogado, tenho escritório lá também. Naquele momento a associação de árbitros estava precisando de um

Giuliano Bozzano ex-árbitro agora advogado dos árbitros

advogado e fui contratado”, contou Giuliano Bozzano em entrevista à rádio Guarujá.

Na nova profissão, ele continua ligado ao esporte para defender os árbitros no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e garante 100% de sucesso em seus processos. “Fiz algumas defesas no STJD. Felizmente absolvi todos os árbitros. E isso me deixou muito feliz”.

Realização financeira

Na carreira jurídica, Bozzano afirma que a recompensa financeira e profissional está sendo melhor e não pretende voltar a ser árbitro. “É inegável que nesse processo de recuperação, minha vida ganhou mais qualidade, no aspecto financeiro também”.

Sobre a possibilidade de voltar aos gramados, o ex-árbitro diz: “Acho que seria 3% de possibilidade de retorno e 97% de possibilidade de eu me manter no Direito”.

Relacionamento com cartola

Bozzano garante que não guarda mágoas de ninguém da época que era árbitro e revela que os problemas que teve na Federação Catarinense de Futebol (FCF) o fizeram crescer na carreira. “Eu sou um ex-arbitro feliz. Eu fiz tudo que queria fazer. Só me faltou a FIFA. Mas cheguei a ser um aspirante à FIFA, com mais de 100 jogos na Série A do Campeonato Brasileiro”.

A respeito do seu relacionamento com o presidente da FCF, Delfim de Pádua Peixoto Filho, o ex-árbitro não levanta suspeitas do cartola, que teria brigado com o seu pai, Dalmo Bozzano, e prejudicado a sua continuidade no futebol catarinense.

“Eu não posso saber tudo que acontece nos bastidores. Eu não posso mensurar o quanto as pessoas me ajudam nem quanto as pessoas, possivelmente, me prejudicam. E aí eu não posso dizer se o presidente Delfim me prejudicou ou me ajudou. No início da minha carreira ele me ajudou. Graças ao aval do Delfim, eu apitei o Campeonato Catarinense com 18 anos e atuei na Série A com 19 anos. E eu não seria arbitro se o presidente Delfim não tivesse acreditado em mim desde o começo”.

Fonte: futebolsc.com.br

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