da atividade, ou por
uma condição que se aproxime disso, a Anaf (Associação Nacional dos
Árbitros de Futebol) reconhece a carência de auxílio psicológico na
preparação de árbitros de futebol.
POLÊMICAS DE ARBITRAGEM NO UOL ESPORTE
Caso de 2006:
Luxemburgo é condenado a pagar R$ 50 mil por insinuar que árbitro é
gay
Caso de 2010:
Torcedor do Cruzeiro processa Sandro Meira Ricci por "danos morais"
Paulista 2011:
Palmeiras se revolta com escolha de P. César e sugere troca de árbitro
da semi
"A nossa função sofre mais pressões que
um ser humano normal. Se um ser humano normal já precisa de um
psicólogo, imagina o arbitro”, Marco Antonio Martins, presidente da
entidade. “Existe essa necessidade, a gente cobra da CBF, mas já
acontece de alguma forma, ela tem uma psicóloga que dá atendimento aos
árbitros. O problema é que estamos em um país continental com uma
psicóloga só. Tem que ser por e-mail, por Skype. O ideal seria "tête-à-tête",
mas já é um avanço", emenda.
São Paulo também conta com um
profissional que trabalha durante o ano todo para acompanhar os
árbitros do Estado. "São Paulo dá todo esse suporte. Esse profissional
acompanha os treinamentos físicos, técnicos, está no campo de jogo.
Por isso que temos gente apitando finais regionais em todo o Brasil,
como o Sálvio (Spinola), o (Cleber) Abade, o PC (de Oliveira) e o
(Wilson) Seneme", diz Arthur Alves Junior, presidente da Safesp,
Sindicado dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo.
PSICÓLOGA DA CBF
ATENDE ATRAVÉS DO SKYPE
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Desde 2007 a CBF conta com
os serviços da psicóloga Marta Magalhães Sousa no suporte
emocional da arbitragem do país.
A profissional costuma
acompanhar os testes físicos dos juízes e está a postos para
resolver outras demandas assim que elas surgirem.
Os acompanhamentos são
feitos in loco, por telefone e até por Skype, software que permite
comunicação pela internet através de conexões de vídeo e voz.
Em pauta temas como
pressão por resultados e stress pela necessidade de manter outro
tipo de trabalho para o sustento familiar. |
PSICÓLOGO DA FPF:
STRESS DO NÍVEL DE UM ALTO EXECUTIVO
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A Federação Paulista
também conta com um profissional que serve os árbitros do Estado
com auxílio psicológico.
É Gustavo Korte, que
descarta o consultório e prefere o trabalho dentro de campo.
"Trabalhamos onde as emoções estão, dentro de campo, nos jogos.
Trabalhamos concentração,
comunicação verbal, não verbal, foco, visão periférica, em pratica
orientada em equipe", diz.
O psicólogo compara o
nível de stress dos juízes de futebol com homens de negócio de
sucesso. "A pressão é muito grande.
O alto executivo tem de
lidar com pressão de administrar tempo, da mesma forma atletas de
alto rendimento e árbitros neste nível. Lembra a pressão de
liderança do mundo corporativo", diz. |
GACIBA TEM BLOQUEIO
EMOCIONAL E DEIXA O APITO
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Eleito quatro vezes o
melhor do Brasileirão, Leonardo Gaciba abandonou o apito em 2010
antes da idade limite para a aposentadoria, aos 39 anos.
O árbitro gaúcho falhou em
testes físicos para se manter no quadro da Fifa e posteriormente
não conseguiu passar em exames semelhantes da CBF, tudo graças a
um bloqueio emocional publicamente assumido. "Participei desse
processo junto com a Dra. Marta (CBF), ele tinha um bloqueio, não
conseguia executar os testes", disse Marco Antonio Martins, da
Anaf.
Na época, Gaciba falhou em
uma bateria de 20 km, em quatro etapas, e disse: "Está difícil
vencer esse bloqueio psicológico". |
MULHERES PASSAM POR
PRESSÃO ADICIONAL?
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A presença recente de
mulheres em trios de arbitragens suscitou uma série de críticas,
como a do ex-corintiano Carlos Tevez e a do ex-dirigente do
Botafogo Carlos Augusto Montenegro.
Outras cornetadas
resvalaram no preconceito. Mas segundo a mais célebre
representante feminina da arbitragem nacional, a assistente Ana
Paula de Oliveira, esse não é o maior problema. "A própria família
pressiona muito.
A sobrinha quer saber o
motivo de você estar ausente da escala, o irmão questiona as
críticas do comentarista, 'por que ele disse isso?', etc", diz.
Outra pressão adicional
sobre as mulheres é a obrigatoriedade de elas passarem por padrões
de testes físicos com as mesmas exigências para os homens, em
decisão que vigora desde 2007. |
Fonte:
Bruno
Freitas
- UOL
Em São
Paulo