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 10/06/2019    08:03hs     -     atualizado 10/06/2019    13:45hs

Árbitra catarinense mira apitar uma Copa do Mundo

Reportagem do portal ND ilustra a representação feminina na arbitragem; Charly Wendy, de Joinville, sonha alto em um cenário onde já galgou posições

Charly Wendy, árbitra de futebol – Arquivo pessoal
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“Tinha que estar em casa lavando louças”.

Essa é só uma das frases mentalmente contabilizadas pela profissional de educação física Charly Wendy Straub Deretti, 32 anos, natural de Joinville e que há sete anos arbitra futebol.

Atualmente no quadro de arbitragem da CBF pela FCF (Federação Catarinense de Futebol), Charly é um dos símbolos em nome da inclusão e da igualdade no futebol, onde ela faz uma revelação auto-implicativa: “não fui eu que escolhi a arbitragem, foi ela que me escolheu”.

O futebol é um ambiente intolerante. Moldado na paixão, está suscetível a atitudes passionais e nos apresenta nos quatro cantos do planeta exemplos diários de “pessoas” que não merecem essa que é uma das maiores invenções do ser humano.

A parte de toda essa complexidade está a maior autoridade de um jogo: o árbitro. Alheio as cores envolvidas, é um alvo vulnerável a tudo e todos que cercam o jogo. Soma-se a toda essa atmosfera bélica a presença de uma mulher como a figura mais poderosa em um embate entre homens.

Charly Wendy, que é residente em Jaraguá do Sul, representa uma das profissionais que têm ganhado força em todo o País.

Recentemente Edina Alves Batista (FIFA/SP) apitou o duelo entre CSA x Goiás, vitória do time de Alagoas por 1 a 0, válido pela Série A 2019. Edina rompeu um tabu de 15 anos desde a última vez que uma mulher comandou um jogo da elite do futebol nacional.

Charly revelou que tem como o grande objetivo na arbitragem ostentar o escudo da entidade máxima e, se possível, atuar em uma Copa do Mundo. Ela lembra, no entanto, que trata-se de um processo evolutivo no qual está galgando seus passos.

“Meu próximo degrau é apitar uma Série B para, logo depois, chegar a uma Série A. Eu posso sonhar. Coloco nos meus objetivos e minha meta é receber um escudo FIFA para poder representar o Brasil”, contou Charly que divide sua rotina em uma academia de musculação como educadora física.

Dentro desse quadro evolutivo, Charly vem se consolidando. No campeonato Catarinense, em 2018, ela apitou um jogo. Neste ano foram quatro partidas. Em âmbito nacional, Charly está apta a comandar jogos nas séries C e D.

No último sábado apitou a vitória do Coruripe-AL por 1 a 0 sobre o Sergipe, em Aracaju (SE), no estádio Batistão. O duelo valeu pela 6ª rodada do Grupo A08 da série D do campeonato brasileiro e marcou a despedida de ambas as equipes da competição, que não conseguiram a classificação à segunda fase.

Charly, em gentil contato com a reportagem após o jogo, relatou alguns contratempos com aeroporto fechado devido ao mau tempo que acometeu na região nos últimos dias, mas nada que pudesse interferir no desempenho da equipe catarinense de arbitragem que fez a melhor das apresentações possíveis dentro desse segmento: passou sem ser vista.

Apito de Charly; com Eli Alves Sviderski e Gianlucca Perrone de Vascocellos nas bandeiras.

“Estar ali dentro, ouvindo o hino nacional. Nosso trabalho passou despercebido e isso para a arbitragem significa êxito, sairmos sem sermos o centro das atenções”, admitiu.

A joinvilense não esqueceu de agradecer e deixar uma mensagem. “Quando se tem paciência, persistência e perseverança, não existe tempo ruim que faça desistir dos sonhos”.

As informações são do ndmais.com.br

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