“O árbitro não precisa ler livro de regra, eles sabem todas, e a
maioria dos casos é interpretativa, cada um tem seu critério. E isso
vai continuar. O investimento deveria ser no árbitro de vídeo" -
declarou o dirigente alvinegro.
Já o dirigente santista, Modesto Roma, demonstrou total
desconhecimento do trabalho realizado pelos homens de preto. O
presidente do time praiano crê que o que falta é competência, o que
pode aumentar com os árbitros como profissionais.
"O problema não é profissionalização, é capacitação. O grande
problema é que são fracos, ruins, erram por falta de conhecimento e
foco. A profissionalização ajuda, sem dúvida, mas tem de capacitar
muito. Vi o STJD suspender árbitro por 30 dias. E o que ele vai
fazer nesse tempo? Vai estudar futebol, vai se aprimorar? Quando
perco a carta, tenho de fazer curso no Detran. Os árbitros não,
porque são todos corporativos, ficam todos passando a mão na cabeça"
- falou Modesto Roma.
Foto: Ale Vianna/Agência Eleven/Gazeta
Press |
|
Árbitro Elmo Resende (GO) aponta que corintiano Jô
marcou o gol contra o Vasco com toque de ombro |
"Na hora que
forem profissionais, não precisa ter 18 árbitros, mancebo atrás de
cada gol, assessor, delegado, 134 pessoas em campo com clube
pagando. Vamos gastar na modernização, com pessoas competentes em
vez das muito incompetentes" - prosseguiu o presidente do
Santos, com o acordo dos colegas de Palmeiras e São Paulo.
"Defendo sempre a tese da profissionalização. Quando buscamos
excelência, precisamos ter pessoas dedicadas. Para a pessoa estar
preparada, precisa se dedicar. Como exigir evolução na arbitragem se
não oferecemos a esses árbitros mais recursos, tempo de treinamento,
vídeo, palestra? Para isso, precisa ser profissional, ter tempo
dedicado a profissão. No dia antes do jogo, jogadores e técnicos se
dedicam, e árbitro faz sua função fora do futebol. Se essa função
vai bem ou mal, influencia no jogo do dia seguinte. Pode até ser um
profissional ruim, mas a profissionalização o faz se dedicar" -
falou Maurício Galiotte, do Palmeiras.
"Se os erros vão diminuir, não posso afirmar. Mas imagino que a
profissionalização seria um acerto à medida que daria à arbitragem
uma condição de total integração e de entrega à sua missão de
dirigir um espetáculo tão grandioso como o futebol. Eles erram
muito, muito, muito. É importante a profissionalização porque não
cabem no universo do futebol figuras fazendo bico apitando. Precisam
ser totalmente envolvidas com projeto de trabalho, e isso só tende a
melhorar" - opinou Carlos Augusto de Barros e Silva, do São
Paulo.