Na ultima quarta-feira (7), após o empate por 1 a 1 entre Auto
Esporte e Cajazeiras, partida válida pelo quadrangular da morte do
paraibano 2018, um fato que gerou grave acusação ocorreu quando
dirigentes do auto esporte foram questionar o árbitro Renan Roberto
de Sousa que, na opinião do comandante do Macaco Autino, teria
prejudicado a agremiação. Em resposta, segundo nota oficial do
clube, Renan teria apontado uma arma para o Presidente do Clube e
assessor de Gabinete do Governo do Estado da Paraíba, Dr. Watteau
Ferreira Rodrigues, ameaçando sua vida.
- Eu me dirigi a
ele e disse: "Rapaz, como é que pode? Três vezes você prejudicou a
gente na sua arbitragem". Ele simplesmente olhou para mim e disse:
"Saia da minha frente". Eu disse: "Não. Não vou sair". Ele colocou a
mão na cintura, ele estava de short, retirou uma pistola e apontou
para mim. Ele foi contido até pelos auxiliares dele e pelo nosso
pessoal da diretoria - explicou o presidente do Auto.
Segundo ainda a
nota, o episódio foi presenciado por diretores e jogadores do clube
deixando todos perplexos pela atitude irresponsável e criminosa de
um policial militar, cuja missão consiste em dar segurança pública e
que naquele momento estava na condição de arbitro de uma partida já
encerrada.
O clube entende que
tal atitude deve ser apurada, nas esferas Cível, Administrativa,
Penal e Desportiva e que o fato de um policial militar portar uma
arma fora da atividade profissional representa um risco para a
sociedade e para todos que estiveram naquele recinto que poderiam
ser vitimados pela conduta do servidor.
Por fim, a nota
pede apuração do episodio pelos órgãos competentes e que a CBF seja
notificado acerca dos fatos narrados pedindo o afastamento do
árbitro, nas esferas Nacional e Estadual.
Leia a nota abaixo
"NOTA OFICIAL
O Auto Esporte Clube, vem publicamente externar a sua indignação
com o comportamento miliciano, do Sr. Renan Roberto, árbitro
principal da partida realizada entre Auto Esporte Clube 1x1 Atlético
de Cajazeiras, no dia 07 de Março do corrente ano, quando, indagado
sobre as três vezes em que teria prejudicado o clube, o Sr. Renan
Roberto, sacou de uma arma de fogo, pistola, e apontou para o
Presidente do Auto Esporte Clube e assessor de Gabinete do Governo
do Estado da Paraíba, Dr. Watteau Ferreira Rodrigues, ameaçando a
sua integridade física e a sua vida. Tal episódio foi presenciado
pelo presidente do Conselho Deliberativo do Clube, José Benedito
Gomes, demais diretores do Auto Esporte Clube, jogadores e
servidores do Estádio José Américo Filho " Almeidão " deixando todos
perplexos pela atitude irresponsável e criminosa, de um policial
militar, portanto servidor público, cuja missão consiste de dar
segurança pública e que naquele momento estava na condição de
arbitro de uma partida já encerrada. Entendemos que tal atitude
criminosa deve ser apurada, nas esferas Cível, Administrativa, Penal
e Desportiva. O fato de um policial militar portar uma arma, seja
legal ou ilegal, fora da atividade profissional, e exercendo a
função de árbitro de futebol, representa um risco para a sociedade e
para todos que estiveram naquele recinto e que poderiam ser
vitimados pela conduta criminosa daquele servidor. Solicitamos do
Comandante Geral da Policia Militar, Cel. Euler Chaves, a
instauração e apuração do referido episódio e a conseqüente punição
do servidor. Solicitamos ao Ministério Público do Estado da Paraíba,
a investigação acerca do porte de arma, fora do trabalho, a origem
da arma sacada pelo servidor e do recebimento dos soldos e proventos
do Servidor Público Militar, apurando como se processam estes
pagamentos, já que o mesmo, encontra-se apitando partidas de futebol
no país inteiro e não se encontra na sua repartição publica,
prestando segurança pública, ao contrário dos demais policiais que
dão segurança pública ao conjunto da população, recebendo seus
proventos para tal função. Que seja instaurado, pelo Dr. Marinaldo,
Procurador da Justiça Desportiva do TJD do Futebol, Ação Disciplinar
em desfavor do Sr. Renan Roberto, árbitro de futebol, por ter sacado
uma arma de fogo, ainda dentro de um estádio de futebol, apos a
realização de uma partida. Que seja notificado a Confederação
Brasileira de Futebol - CBF, acerca dos fatos aqui narrados, pelo
Presidente da Federação Paraibana de Futebol - FPF, Amadeu Rodrigues
da Silva Júnior, procedendo o afastamento do árbitro, nas esferas
Nacional e Estadual. Solicita ainda, a convocação do Coletivo de
presidentes de clubes, em assembléia, para se posicionar sobre o
caso. João Pessoa, 08 de Março de 2018. Auto Esporte Clube."
Árbitro nega que estivesse armado
Renan Roberto negou
que tenha apontado uma arma para o dirigente. Segundo Renan, ele nem
estava portando arma no estádio.
- As pessoas que
me conhecem sabem quem eu sou. Jamais teria feito algo assim. E ele
emite essa nota completamente equivocada. Vou entrar com
representação contra ele. Ele vai ter que provar. Sou policial,
tenho porte de armas, mas no momento eu não estava armado porque eu
ia fazer uma outra função, que era de árbitro de futebol. E não
preciso estar armado - explicou Renan.
Pelo ocorrido,
Renan Roberto lavrou boletim de ocorrência N°
01358.01.2018.1.00.402, no âmbito de Polícia Civil, na Central de
Flagrantes de João Pessoa, rogando as providências que o caso
requer na seara criminal, sem prejuízo de demandar judicialmente a
devida ação cível com caráter indenizatório e a cabível apuração
processual em sede de TJD, com base na exposição narrativa descrita
na súmula da referida partida.
Currículo de Renan Roberto
O árbitro paraibano
Renan Roberto tem 31 anos, formou-se arbitro em 2007 e desde 2011
faz parte do quadro de árbitros da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF). Principal árbitro da Paraíba, Renan normalmente é
escalado pela CBF para partidas de competições nacionais, como Copa
do Nordeste, Copa do Brasil e séries B, C e D do Campeonato
Brasileiro.
Nota do Apitonacional
Se confirmado, o
fato é gravíssimo, mas não uma surpresa. Renan coleciona polêmicas
dentro e fora do campo de jogo, além de, segundo informações,
cultivar amizades pra lá de estranhas com dirigentes tanto a nível
estadual como nacional.
O
Apitonacional tem a informação
que Renan Roberto já esteve afastado de jogos da CBF supostamente
por denuncias à corregedoria da entidade nacional. Por conta dessas
denuncias, não viam sendo escalado na gestão Sérgio Corrêa, mas
inexplicavelmente voltou forte com a atual comissão com quem goza de
prestigio, especialmente com Alício Pena Junior que faz as escalas e
Edson Rezende que investiga a conduta dos árbitros.
Em uma das
denuncias recebidas, o Apitonacional
enviou matéria com provas, não publicadas, diretamente à
corregedoria da CBF, que o árbitro em questão teria atuado em jogos
da entidade mesmo estando de atestado médico e afastado PM (leia
a matéria).
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Árbitro
atuou em jogos da CBF mesmo estando de atestado como
publicado na matéria como mostra documento acima |
Caso Londrina
Em outra denuncia
que tomamos conhecimento, também enviada à corregedoria, em 2016,
Renan, escalado para a partida entre Londrina e Paysandu, segundo
informações comprovadas pela CBF, teria se encontrado com Hélio
Camargo, vice-presidente da federação paranaense de futebol e do
Londrina, onde teria recebido duas camisas do time paranaense em um
almoço no dia da partida.
Por esta denuncia,
extra oficialmente, Renan também ficou afastado e só retornou depois
de mexer os seus “pauzinhos”. Entretanto, temos o conhecimento que o
assistente que trabalhou na mesma partida e teria denunciado o
almoço com os presentes, esta suspenso pela corregedoria.
Pode isso Arnaldo?