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 12/03/2018    16:03hs

Armado e Perigoso!

Dirigente acusa árbitro de ameaçar sua vida com arma de fogo

Renan Roberto (C) é acusado de ameaçar vida de presidente de clube - Crédito: TVTorcedor
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Na ultima quarta-feira (7), após o empate por 1 a 1 entre Auto Esporte e Cajazeiras, partida válida pelo quadrangular da morte do paraibano 2018, um fato que gerou grave acusação ocorreu quando dirigentes do auto esporte foram questionar o árbitro Renan Roberto de Sousa que, na opinião do comandante do Macaco Autino, teria prejudicado a agremiação. Em resposta, segundo nota oficial do clube, Renan teria apontado uma arma para o Presidente do Clube e assessor de Gabinete do Governo do Estado da Paraíba, Dr. Watteau Ferreira Rodrigues, ameaçando sua vida.

- Eu me dirigi a ele e disse: "Rapaz, como é que pode? Três vezes você prejudicou a gente na sua arbitragem". Ele simplesmente olhou para mim e disse: "Saia da minha frente". Eu disse: "Não. Não vou sair". Ele colocou a mão na cintura, ele estava de short, retirou uma pistola e apontou para mim. Ele foi contido até pelos auxiliares dele e pelo nosso pessoal da diretoria - explicou o presidente do Auto.

Segundo ainda a nota, o episódio foi presenciado por diretores e jogadores do clube deixando todos perplexos pela atitude irresponsável e criminosa de um policial militar, cuja missão consiste em dar segurança pública e que naquele momento estava na condição de arbitro de uma partida já encerrada.

O clube entende que tal atitude deve ser apurada, nas esferas Cível, Administrativa, Penal e Desportiva e que o fato de um policial militar portar uma arma fora da atividade profissional representa um risco para a sociedade e para todos que estiveram naquele recinto que poderiam ser vitimados pela conduta do servidor.

Por fim, a nota pede apuração do episodio pelos órgãos competentes e que a CBF seja notificado acerca dos fatos narrados pedindo o afastamento do árbitro, nas esferas Nacional e Estadual.

Leia a nota abaixo

"NOTA OFICIAL
O Auto Esporte Clube, vem publicamente externar a sua indignação com o comportamento miliciano, do Sr. Renan Roberto, árbitro principal da partida realizada entre Auto Esporte Clube 1x1 Atlético de Cajazeiras, no dia 07 de Março do corrente ano, quando, indagado sobre as três vezes em que teria prejudicado o clube, o Sr. Renan Roberto, sacou de uma arma de fogo, pistola, e apontou para o Presidente do Auto Esporte Clube e assessor de Gabinete do Governo do Estado da Paraíba, Dr. Watteau Ferreira Rodrigues, ameaçando a sua integridade física e a sua vida. Tal episódio foi presenciado pelo presidente do Conselho Deliberativo do Clube, José Benedito Gomes, demais diretores do Auto Esporte Clube, jogadores e servidores do Estádio José Américo Filho " Almeidão " deixando todos perplexos pela atitude irresponsável e criminosa, de um policial militar, portanto servidor público, cuja missão consiste de dar segurança pública e que naquele momento estava na condição de arbitro de uma partida já encerrada. Entendemos que tal atitude criminosa deve ser apurada, nas esferas Cível, Administrativa, Penal e Desportiva. O fato de um policial militar portar uma arma, seja legal ou ilegal, fora da atividade profissional, e exercendo a função de árbitro de futebol, representa um risco para a sociedade e para todos que estiveram naquele recinto e que poderiam ser vitimados pela conduta criminosa daquele servidor. Solicitamos do Comandante Geral da Policia Militar, Cel. Euler Chaves, a instauração e apuração do referido episódio e a conseqüente punição do servidor. Solicitamos ao Ministério Público do Estado da Paraíba, a investigação acerca do porte de arma, fora do trabalho, a origem da arma sacada pelo servidor e do recebimento dos soldos e proventos do Servidor Público Militar, apurando como se processam estes pagamentos, já que o mesmo, encontra-se apitando partidas de futebol no país inteiro e não se encontra na sua repartição publica, prestando segurança pública, ao contrário dos demais policiais que dão segurança pública ao conjunto da população, recebendo seus proventos para tal função. Que seja instaurado, pelo Dr. Marinaldo, Procurador da Justiça Desportiva do TJD do Futebol, Ação Disciplinar em desfavor do Sr. Renan Roberto, árbitro de futebol, por ter sacado uma arma de fogo, ainda dentro de um estádio de futebol, apos a realização de uma partida. Que seja notificado a Confederação Brasileira de Futebol - CBF, acerca dos fatos aqui narrados, pelo Presidente da Federação Paraibana de Futebol - FPF, Amadeu Rodrigues da Silva Júnior, procedendo o afastamento do árbitro, nas esferas Nacional e Estadual. Solicita ainda, a convocação do Coletivo de presidentes de clubes, em assembléia, para se posicionar sobre o caso. João Pessoa, 08 de Março de 2018. Auto Esporte Clube."

Árbitro nega que estivesse armado

Renan Roberto negou que tenha apontado uma arma para o dirigente. Segundo Renan, ele nem estava portando arma no estádio.

- As pessoas que me conhecem sabem quem eu sou. Jamais teria feito algo assim. E ele emite essa nota completamente equivocada. Vou entrar com representação contra ele. Ele vai ter que provar. Sou policial, tenho porte de armas, mas no momento eu não estava armado porque eu ia fazer uma outra função, que era de árbitro de futebol. E não preciso estar armado - explicou Renan.

Pelo ocorrido, Renan Roberto lavrou boletim de ocorrência N° 01358.01.2018.1.00.402, no âmbito de Polícia Civil, na Central de Flagrantes de João Pessoa, rogando  as providências que o caso requer na seara criminal, sem prejuízo de demandar judicialmente a devida ação cível com caráter indenizatório e a cabível apuração processual em sede de TJD, com base na exposição narrativa descrita na súmula da referida partida.

Currículo de Renan Roberto

O árbitro paraibano Renan Roberto tem 31 anos, formou-se arbitro em 2007 e desde 2011 faz parte do quadro de árbitros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Principal árbitro da Paraíba, Renan normalmente é escalado pela CBF para partidas de competições nacionais, como Copa do Nordeste, Copa do Brasil e séries B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Nota do Apitonacional

Se confirmado, o fato é gravíssimo, mas não uma surpresa. Renan coleciona polêmicas dentro e fora do campo de jogo, além de, segundo informações, cultivar amizades pra lá de estranhas com dirigentes tanto a nível estadual como nacional.

O Apitonacional tem a informação que Renan Roberto já esteve afastado de jogos da CBF supostamente por denuncias à corregedoria da entidade nacional. Por conta dessas denuncias, não viam sendo escalado na gestão Sérgio Corrêa, mas inexplicavelmente voltou forte com a atual comissão com quem goza de prestigio, especialmente com Alício Pena Junior que faz as escalas e Edson Rezende que investiga a conduta dos árbitros.

Em uma das denuncias recebidas, o Apitonacional enviou matéria com provas, não publicadas, diretamente à corregedoria da CBF, que o árbitro em questão teria atuado em jogos da entidade mesmo estando de atestado médico e afastado PM (leia a matéria).

Árbitro atuou em jogos da CBF mesmo estando de atestado como publicado na matéria como mostra documento acima

Caso Londrina

Em outra denuncia que tomamos conhecimento, também enviada à corregedoria, em 2016, Renan, escalado para a partida entre Londrina e Paysandu, segundo informações comprovadas pela CBF, teria se encontrado com Hélio Camargo, vice-presidente da federação paranaense de futebol e do Londrina, onde teria recebido duas camisas do time paranaense em um almoço no dia da partida.

Por esta denuncia, extra oficialmente, Renan também ficou afastado e só retornou depois de mexer os seus “pauzinhos”. Entretanto, temos o conhecimento que o assistente que trabalhou na mesma partida e teria denunciado o almoço com os presentes, esta suspenso pela corregedoria.

Pode isso Arnaldo?

Apitonacional, compromisso só com a verdade!

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