Segundo Amadeu, as outras duas indicações para a
Comissão de Arbitragem ainda estão sendo estudadas, mas o trabalho
na arbitragem, visando à próxima temporada, já começou sob a batuta
de José Renato.
Questionado
A informação que José Renato seria o novo chefe do apito paraibano
pegou boa parte da arbitragem daquele estado de surpresa. Segundo
uma de nossas fontes em João Pessoa, eles temem pelo futuro da
arbitragem, principalmente os árbitros do quadro da CBF.
José Renato faz parte de um grupo de árbitros da recente e triste
história do futebol paraibano onde existe há anos varias denuncias e
suspeitas de irregularidades, entre elas que alguns árbitros
estariam sem atuar por supostamente estarem com problemas de
documentação na corregedoria da CBF, lista que também estaria José Renato. Também há relatos de
suspeitas de vendas de resultados, vendas de
escalas e que os testes físicos seriam de fachada e sem
transparência.
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José Renato (quarto
esquerda para direita) antes de partida pelo campeonato
paraibano de 2014 |
Em uma das denuncias feita em 2008, o presidente do Sindicato dos
Árbitros da Paraíba (Sinafep), Genildo Januário, afirmou ter sido
ameaçado de morte. O motivo seria a denúncia que fez de árbitros que
ganhariam dinheiro nos bastidores para manipular os resultados das
partidas (Leia).
Tempo depois, em 2010, Aldeone Abrantes, presidente do Souza, fez
serias acusações em um programa ao vivo da TV Litoral (Litoral
Esportes), entre elas que árbitros ligavam para ele oferecendo
vantagens em partidas que seu clube disputaria e ameaçavam caso o
clube não aceitasse.
Veja o vídeo abaixo.
O que
disse José Renato:
O Apitonacional procurou o novo chefe do apito paraibano que
gentilmente respondeu nosso contato. Zé Renato, como também é
conhecido, não deixou nenhuma pergunta sem respostas, rebateu as
acusações e as criticas, mas evitou as polêmicas e sinalizou
possível entendimento com Miguel Felix, seu ex-chefe no apito.
Veja abaixo o que ele disse.
Apitonacional: O senhor foi empossado na comissão de arbitragem da
Paraíba recentemente. Como surgiu essa oportunidade?
José Renato: O convite foi feito pelo Presidente Amadeu
Rodrigues, que me chamou para fazer parte da sua equipe de
administração a frente a Federação Paraibana de Futebol e de pronto
aceitei esse novo desafio.
Apito: Segundo uma fonte, o senhor foi indicado por Rosilene Gomes
de quem seria amigo pessoal. Procede a informação e qual sua relação
com Rosilene?
JR: Se a Dra. Rosilene me indicou fico muito feliz! Conheço a Dra. Rosilene desde 1996 quando me formei árbitro de futebol.
Minha
relação com a mesma é de muito respeito e admiração.
Apito: O senhor faz parte de um grupo de árbitros que nos últimos
anos enfrenta a desconfiança e denuncias de órgãos de imprensa sobre
possíveis vendas de resultados, compra de escalas entre outras. O
que é verdade e o que é mito nisso tudo?
JR: Mito! Se você pegar as escalas dos últimos anos vai notar que
sempre estive apitando os principais jogos do meu Estado. Na Paraíba
nunca teve qualquer denuncia e nem comentários que envolva a conduta
da minha vida pessoal.
Apito: Segundo matéria do site voz do apito, o senhor teria
problemas com a corregedoria de arbitragem da CBF, motivo pelo qual
teria sido pouco aproveitado nos jogos da entidade nacional. Poderia
esclarecer essa informação?
JR: Nunca tive problema na corregedoria de arbitragem! Se você quiser
comprovo em anexo.
Nota da redação: Solicitamos que enviasse o
comprovante conforme prometido, mas até o fechamento da matéria o
anexo não foi enviado.
Apito: Pessoalmente já sofreu algum tipo de tentativa de
suborno?
JR: Não.
Apito: Como será sua relação daqui por diante com o SINAFEP
(sindicato dos árbitros da Paraíba)?
JR: Fui apenas um colaborador quando
atuava como árbitro e agora como gestor. Nessa ultima eleição
dei meu apoio a reeleição ao Presidente Genildo Januário que sempre
vai ter meu respeito e sempre estarei disponível para o bem da
entidade.
Apito: Segundo informações sua indicação não é bem vista por metade
do quadro de árbitros que temem represálias por conta de serem
aliados de Miguel Felix (foto ao lado). Procede e como será sua relação com eles?
JR: Desconheço essas informações! Pois vou da continuidade
ao trabalho
que Miguel Felix vinha desenvolvendo a frente da comissão de
arbitragem que era a renovação do quadro de árbitros da Paraíba.
Apito: Qual era e como será sua relação com o ex-presidente Miguel
Felix?
JR: Muito boa. Miguel sempre foi meu amigo independente de
arbitragem, tenho admiração, respeito e gratidão por ele ter
confiado no meu trabalho como árbitro e pude colaborar na sua gestão
a frente da comissão de arbitragem da Paraíba. Na qual ele pode ser
um dos meus membros na comissão para dar continuidade ao projeto. |
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Apito: Genildo Januário sempre teve participação ativa na comissão
de arbitragem nos tempos de Rosilene Gomes. Qual era e qual será sua
relação com ele e com o sindicato na sua gestão?
JR: Vai ser sempre cordial, pois a comissão sempre vai dar o apoio
para o bem da classe.
Apito: O quadro de árbitros da Paraíba esta velho, desacreditado e
não sendo utilizado a nível nacional. Como mudar esse cenário e qual
seus planos em cima disso?
JR: Não é isso que diz os dados da CBF! Hoje a Paraíba tem um dos
quadros de arbitragem mais novos do Brasil. Tenho um projeto montado
de busca de promissores para motivar os jovens árbitros do Estado.
Apito: Informações de bastidores dão conta que o senhor trabalhava na retifica que
hoje é de sua propriedade, que teria ajudado a quebrar
financeiramente o dono que era seu amigo e tomado pra si a
propriedade. Segundo essas mesmas informações seu ex-amigo hoje vive pedindo ajuda para
sobreviver. Sabemos que não é assunto de arbitragem, mas apenas como
esclarecimentos, o que tem de verdade nisso?
JR: A empresa que tenho hoje não é a mesma
que eu trabalhava antigamente, Trabalhei em outra empresa há mais de
25 anos e a mesma por problemas particulares estava em um momento
difícil como qualquer empresa passa ou já passou. Depois decidi
abrir meu próprio negocio, pois sempre acreditei nas realizações do
meu sonho e graças a Deus ele me abençoou com essa grande realização.
Hoje o meu ex-patrão continua sendo empresário e bem sucedido na
vida.
Apito: Quem será os demais membros na sua comissão?
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JR: Em breve você e todos saberão.
Nota da redação: o Apitonacional tem a
informação que Miguel Felix será mantido na comissão desempenhando
agora a função de membro técnico. Também tem a informação que
Severino Lemos (foto) também fará parte da comissão ocupando mesmo cargo
reservado a Miguel Felix.
Apito: Qual medidas já tomou e quais tomará em um
futuro próximo?
JR: Já comecei na valorização da classe com o aumento das taxas e
diárias para este campeonato paraibano de 2015. Depois vou implantar
a divisão do quadro por categoria A, B e C para motivar a todos e
saber da responsabilidade de representar cada categoria. |
Apito: Quais foram as recomendações que recebeu de Amadeu Rodrigues?
JR: A de trabalhar para o bem da arbitragem Paraibana com muita
responsabilidade e compromisso.
Conheça
José Renato.
José Renato Albuquerque Soares tem 45 anos (03/10/1969), nasceu em João Pessoa-PB.
Formou-se árbitro em 1996 e foi do quadro da CBF de 2009 a 2014.
Mesmo sendo considerado
tecnicamente como um dos melhores árbitros do estado, foi muito contestado pelos clubes.
É suspeito de algumas irregularidades que
teriam sido enviadas a corregedoria de arbitragem da
CBF que teria supostamente brecado sua escala a nível nacional. Ele
nega veemente a informação.
Nos últimos dois
anos atuou em apenas nove partidas pela CBF sendo que apenas uma
delas, Botafogo 0x0 Vitória – futebol feminino - atuou como árbitro
central. As demais atuou de adicional ou de quarto árbitro.
Na ficha da CBF sua profissão é informada como agente de proteção,
mas informações dão conta que é proprietário de uma retifica de
motores.
Apitonacional, compromisso só com a verdade!
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