Audiência pública aponta necessidade de profissionalização da
arbitragem
Árbitros de futebol pedem urgência para a regulamentação da profissão
27/10/2011 - A Comissão de Turismo e Desporto
(CTD) promoveu, na terça-feira, 25, audiência pública para tratar do
Sistema de Arbitragem no Futebol Brasileiro. O encontro foi proposto
pelos deputados federais André Figueiredo (PDT-CE) e Afonso Hamm (PP-RS).
A necessidade da profissionalização dos árbitros foi a principal
preocupação apresentada pelos representantes do setor.
A explanação sobre arbitragem ficou a
cargo do presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação
Brasileira de Futebol (Conaf), Sérgio Corrêa da Silva, jornalista
Carlos Eugênio Simon (ex-árbitro da FIFA); do presidente da Associação
Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf), Marco Antonio Martins e do
árbitro da Federação
Internacional de Futebol (FIFA), Sandro Meira Ricci.
Regulamentação
O presidente da Conaf
salientou sobre a necessidade da profissionalização dos árbitros
acontecer, e para isso é necessário acelerar a tramitação dos projetos
na Câmara dos Deputados. O presidente da Anaf lamentou que apenas os
jogadores e técnicos de futebol têm regulamentação da profissão e os
árbitros ainda não.
O deputado Afonso Hamm
ressalta a importância desse debate e o anseio da categoria no que se
refere à profissionalização da arbitragem sendo essencial já que
muitos árbitros dependem de outras atividades para busca de melhores
rendimentos. “A profissionalização irá contribuir nos melhores
salários e também na melhor condição técnica para que os árbitros
tenham melhor desempenho”, observa o parlamentar ao enfatizar
sobre a necessidade de ter um sistema de arbitragem eficiente, tendo
em vista que o Brasil em 2014 será cenário da Copa do Mundo de
Futebol.
Quando foi aprovado o
requerimento para realização da audiência, Hamm pediu a inclusão nas
palestras do gaúcho e ex-árbitro Carlos Eugênio Simon, por se tratar
de um juiz que liderou diversas competições internacionais da FIFA e
por ter extenso conhecimento na área, com o propósito de expor suas
experiências.
Na oportunidade, Simon
fez forte crítica ao sorteio de árbitros para as partidas. Ele apontou
a necessidade de acabar com a questão dos sorteios para arbitragem.
“O sorteio premia o aleatório. Não poderemos colocar num
clássico um estreante, como o sorteio pode determinar”,
concluiu.
Um ato simbólico marcou a
audiência, árbitro paulista Sálvio Spínnola Fagundes Filho
entregou ao presidente da CTD, deputado Jonas Donizette (PSB-SP) e aos
demais membros do colegiado presentes à audiência uma camisa de
árbitro para que ele literalmente “vista a camisa” da categoria. A
reivindicação unânime dos árbitros de futebol é a aprovação da
regulamentação da profissão, prevista em projeto de lei que tramita no
Congresso desde 1979.
Além da regulamentação da profissão, o presidente da Associação
Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF), Marco Antonio Martins,
destacou que é preciso melhorar as condições de trabalho com a
"equivalência de direitos entre árbitros e atletas". O fim do
sorteio para escolha de árbitros e a destinação de um percentual da
renda do jogo para investimentos em arbitragem foram outras
reinvindicações apresentadas durante a audiência pública. "Noventa
por cento dos árbitros são contra o sorteio", endossou o ex-árbitro
da Fifa Carlos Eugênio Simon, mostrando um cartão vermelho para o
sorteio.
Simon também criticou artigo do Estatuto que permite ao
torcedor processar o árbitro, em qualquer unidade da Federação, caso
se sinta lesado pela atuação do árbitro. "É preciso revogar esse
artigo, que só causa transtornos e despesas com as quais os árbitros
não podem arcar", reclamou Sandro Meira Ricci, um dos dez árbitros
brasileiros da Fifa. Para Simon, nas condições de trabalho atuais,
com estresse, desgaste físico e salário baixo, ninguém mais vai
querer ser árbitro no Brasil.
Como em todas as solenidade, esta
também não deixou de contar com os papagaios de pirata*, um deles, o
ex-dirigente da Anaf , Jorge Paulo de Oliveira Gomes, como a
audiência era publica e não precisava de convite, deu o ar da graça.
Sumido do meio desde que entregou a presidência da Anaf, reapareceu
neste evento importante, com muita mídia e holofotes. Não se
contentando quando apareceu uma oportunidade, discursou por mais dez
minutos sem que apresentasse alguma proposta concreta sendo
ignorados pelos demais debatedores, pois durante o tempo que
comandou a entidade (2007/2010) da arbitragem, não implantou nenhuma
medida para melhorar a classe e por inabilidade política, colecionou
inimizades que acarretaram no sucateamento da entidade. Tem pessoas
que nem o tempo é capaz de mudá-las e naquela cerimônia o
ex-presidente era como um patinho fora da lagoa, mesmo assim, foi
tratado dignamente por pura educação dos ali presente, não
esquecendo que segundo foi discutido na ultima reunião da Anaf em
São Paulo, até aquela data, documentos importantes da entidade que
ainda não foram entregues, estariam em posse do mesmo que relutava
em entregar para aqueles de direito. Quem sabe, ele aproveitou a
estadia dos membros da arbitragem em sua terra natal para ter um
gesto de hombridade e devolvido os documentos.
Segundo o apitonacional apurou, a
Câmara dos Deputados ira formar uma Comissão de Deputados para
estarem presente no Congresso da Anaf no próximo mês em
Florianópolis para ouvir e debater os assuntos abordados e os
pendendentes com os árbitros.
* Papagaio de pirata é um termo usado
na televisão brasileira para designar cidadãos que procuram ficar
localizados atrás de jornalistas, quando os mesmos estão fazendo uma
matéria, com o objetivo de aparecer para as câmeras. Estas pessoas
nada recebem por sua participação, fazendo isso como um hobby e com
o objetivo de ganhar alguma fama. O termo surgiu por suas cabeças
ficarem na altura do ombro das personagens ativas das entrevistas,
assim como ficam os papagaios junto de piratas de acordo com os
contos.
Veja abaixo 16 vídeos, os principais da audiência
publica realizada no dia 25 de Outubro pela A Comissão de Turismo e Desporto que
debateu a arbitragem Brasileira. Obvio que por não acrescentar nada
para a arbitragem, não daremos holofote no caso acima mencionado.