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Paulo
Ricardo Conceição baixa a bandeira pela ultima vez e se aposenta |
Por força da
idade, um dos mais competentes árbitros assistentes do futebol
brasileiro abandona os gramados. |
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10/12/2010 - Além de Carlos Simon, outro
profissional que abandona a arbitragem em 2010 será o árbitro
assistente Paulo Ricardo Conceição (foto), integrante do quadro da
CBF. No próximo dia 29 ele completa 45 anos de idade e, por imposição
das regras que regem o exercício do ofício, não mais poderá atuar nas
laterais do gramado. Conceição começou a carreira apitando jogos de
voleibol, depois passou para o futebol e salão e futebol de campo,
isto ainda na escola de Educação Física do IPA.
Como árbitro vinculado à Federação
Gaúcha de Futebol, trabalhou, como juiz principal, em jogos das
categorias de base e do futebol amador. Foi a convite do lendário José
Luiz Barreto, então diretor de árbitros Federação, que passou a
bandeirar. Esta decisão se mostrou acertada, pois foi correndo em uma
das laterais do campo que Paulo Ricardo Conceição se firmou como
profissional e, em 1994, passou a fazer parte da elite da arbitragem
nacional alinhando-se ao quadro da CBF.
Durante a carreira, só na Série A do
Campeonato Brasileiro trabalhou em mais de 180
jogos, sendo o mais importante a final de 2004 entre Santos e Vasco,
onde o Peixe sagrou-se campeão. No âmbito regional Conceição se
orgulha de ter participado de nove Gre-Nais e também das finais do
Gauchão de 2002, 2007, 2008, 2009 e 2010.
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Além do jogo final do Brasileirão de 2004,
Conceição guarda na memória com carinho especial o seu primeiro
Gre-Nal, em 1997, onde atuou sob o comando de Simon no apito e com a
companhia de Flávio Teixeira na bandeira. Outra partida que também tem
um lugar cativo no seu universo emocional é o confronto entre Coritiba
e Fluminense, em 2009, que resultou na queda do Coxa.
Conceição rejeita o termo aposentadoria quando se refere ao seu
afastamento da arbitragem. Corretamente, observa que aposentadoria
pressupõe que depois de encerrar a atividade (no caso, baixar a
bandeira) o sujeito vá receber um salário total e parcial por toda a
vida. Este não é o caso de árbitros e árbitros assistentes, que ainda
não contam com os benefícios decorrentes da profissionalização tão
necessária e sempre adiada.
Em relação ao futuro, Conceição tem planos de continuar contribuindo
para o fortalecimento da arbitragem trabalhando na Federação Gaúcha de
Futebol. No momento da despedida, a diretoria do SAFERGS, em nome dos
associados, rende homenagem a este companheiro que foi grande não
apenas de bandeira na mão, mas também nas atividades sindicais, como
atesta o seu desempenho como tesoureiro da nossa entidade em passado
recente.
Valeu, Conceição. Boa sorte na vida.
Fonte:
www.safergs.com.br
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