27/10/2016    16:05hs

 Diretor da ANAF diz que arbitragem vive 'um    dos momentos mais turbulentos da sua historia'

Salmo Valentim assina nota oficial onde cita descontentamento da categoria, critica falta de transparência nas escalas e cobra providencias da CBF

A ANAF (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol), através de seu Diretor Financeiro, Salmo Valentim da Silva (foto), emitiu nota oficial na ultima quarta-feira (26) onde entre outros assuntos aborda a atual situação da arbitragem brasileira, que classifica como “um dos momentos mais turbulentos da sua historia”.

“É necessário unir esforços para que medidas eficazes sejam tomadas em conjunto, objetivando melhorar o atual cenário” – diz a nota.

A nota também diz que um árbitro não pode viver da arbitragem no país do futebol, pois embora sejam cobrados como profissionais, precisam obrigatoriamente ter uma profissão, para honrar as contas no fim no mês.

O documento também ataca a falta de vontade política da CBF para acabar com o sorteio passando a adotar audiência publica já sancionada pela lei e da falta de transparência nos critérios das escalas.

 
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“Infelizmente todo esforço do árbitro de futebol hoje no Brasil é jogado dentro de um 'globo'. Enquanto houver sorteio ou bingo, como queiram chamá-lo, a arbitragem continuará sendo vidraça e renegada a própria sorte” – relata do documento que acrescenta:

“Falta no Brasil transparência nos critérios de escalas e vontade política para que a audiência pública, sancionada na Lei que regula a atividade de árbitro de futebol no Brasil, possa ser cumprida”.

Por fim, a nota destaca o descontentamento da categoria de norte a sul do país com a situação e cobra da CBF os valores arrecadados com patrocínios das marcas estampadas nas camisas dos árbitros

"De norte a sul do Brasil o descontentamento é grande com o que se tem visto dentro de campo, mas tudo isso pode ser resolvido com investimentos maciços na qualificação e aperfeiçoamento da categoria. Para isso, basta a CBF destinar os valores que recebe dos patrocínios estampados no uniforme dos árbitros, para que resultados positivos possam aparecer" - finaliza a nota.

Nota da redação: Só da empresa Semp Toshiba Amazonas S.A. (ST), a CBF vai receber até o final do próximo ano a quantia de 5 milhões de reais corrigidos pelo IGPM-FGV pela exibição da marca nas camisas dos árbitros nos anos de 2015 a 2017.

 
Trechos do contrato firmado em 2 de março de 2015 entre a CBF e a Semp Toshiba  obtido com exclusividade pelo Apitonacional

Leia abaixo a nota na integra.

 

 

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