do vexame. Hoje a
matéria falara de um mito, a formação de árbitros no extremo sul do
país. Nem mesmo o celeiro de bons apitadores escapou imune aos
testes.
A escola gaúcha
que é tida como grande formadora de árbitros FIFA, muitos deles de
renome internacional como Carlos Simon (três Copa do Mundo),
Leonardo Gaciba (eleito quatro vezes melhor do Brasil) e Leandro
Pedro Vuaden teve um duro golpe nos testes físico e teórico
realizado recentemente pela CBF. Dos quatro assessores de arbitragem
do estado - Alexandre Barreto, Flavio Pinheiro de Abreu, José
Mocellin e Leonel Antonio Pandolfo – nenhum foi aprovado na prova teórica.
UMA VERGONHA!
Houve também
baixas expressivas entre os árbitros e a que mais chamou a atenção
foi o péssimo desempenho do árbitro FIFA eleito melhor do apito
Brasileiro no ano passado, Anderson Daronco, que tirou nota 4.5.
Em contato com o Apitonacional
Anderson Daronco não só confirmou a reprovação e a nota recebida
como assumiu toda a culpa pela baixa performance.
"Fui reprovado por não estar preparado adequadamente. Não vou
botar a culpa em ninguém, a culpa é minha porque teve gente que foi
aprovado, então se teve gente que foi aprovado eu deveria ter sido
aprovado também" - disse Daronco.
O FIFA não fugiu de suas responsabilidades em momento algum.
"É vergonhoso pela minha posição, foi a primeira vez que isso dai
aconteceu, mas paciência, agora estudar e retomar para que na
próxima possa apagar isso aí né!" - frisou Anderson Daronco.
Mas o Santa-Mariense não vê só pontos negativos na reprovação, para
ele pode até ajudar.
"É até bom que aconteça porque da um choque na gente e faz mudar
certos pontos de vista e se preparar melhor. Essa é a verdade, se
estivesse bem preparado não teria acontecido isso daí" -
encerrou Daronco.
Diferentemente do
que pensa Anderson Daronco, alguns árbitros e assessores ouvidos
pelo Apitonacional não assumem a
culpa e buscam justificativas esquecendo que outros foram aprovados.
Para eles a prova é cheia de "pegadinhas" que induzem ao erro e que o
tempo mínimo para as respostas seria insuficiente. Outros dizem que
didaticamente o erro não esta nos testados e sim na prova. Dizem
ainda que toda prova em que um percentual elevado assim não consegue
aprovação, tem que ser obrigatoriamente anulada e analisada.
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José Mocellin - reciclar é
preciso para acompanhar a evolução |
Procurada, a
Comissão de Arbitragem da CBF não quis falar sobre o assunto, mas em
off, um integrante da CA rebateu as criticas. Segundo ele o quadro
estava mal acostumado ao recorrer a *decoreba para responder as
questões sem a preocupação de aprender e entendê-las o que é ao
contrario do que quer a CBF.
Segundo ainda
este integrante da CA-CBF as
criticas para o tempo determinado para realizar as provas são
infundadas, pois é adequado a quantidade de perguntas e que nos
estados que realizam a prova de forma natural o êxito foi
satisfatório.
Ele ainda diz que
a intenção da comissão de arbitragem nacional
é aumentar o grau de
dificuldade dos testes para que o árbitro tenha o conhecimento das
regras do jogo em sua plenitude e não algo decorado que serve apenas
para ser aprovado nos testes.
Procurada, a Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (ENAF),
presidida pelo ex-árbitro FIFA Alicio Pena Junior, não retornou o
contato para falar sobre os resultados e as criticas dos árbitros e
assessores.
Também procurado, o ex-árbitro Aspirante FIFA e atual assessor de arbitragem
da CBF no Rio Grande do Sul, José Mocellin, não respondeu ao nosso
contato. Segundo um amigo próximo, Mocellin ficou muito abatido,
envergonhado e esta estudando dia e noite as questões para ser
aprovado no reteste para tentar apagar a péssima impressão que ficou
com sua reprovação.
Não obtivemos os contatos dos demais assessores citados na matéria.
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Apitonacional, compromisso só com a verdade! |