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Árbitro da
batalha dos aflitos é preso sob acusação de envolvimento com o tráfico
de drogas |
Djalma José Beltrami
Teixeira, ex-árbitro Fifa, Comandante do 7º
BPM, foi preso sob acusação de envolvimento com o tráfico de
drogas |
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19/12/2011 - O ex-árbitro Fifa e atual
comandante do 7º BPM (São Gonçalo), tenente-coronel Djalma Beltrami
(foto), foi preso nesta segunda-feira durante uma operação da Polícia
Civil, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A operação
cumpre 13 mandados de prisão contra policiais militares acusados de
receberem propina de traficantes para não reprimir a venda de drogas
na região. As informações são da assessoria da Polícia Civil.
O tenente-coronel Djalma Beltrami é um dos
alvos da Operação Dezembro Negro, deflagrada nesta madrugada pela
Delegacia de Homicídios de Niterói, com o apoio de outras unidades
especializadas e da Corregedoria Geral Unificada (CGU). Segundo o
delegado Alan Luxardo, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói,
são 11 mandados de prisão contra traficantes e 13 contra policiais
militares.
Os PMs são acusados de cobrar propinas
semanais de bandidos do Morro da Coruja, em Neves, desde que Beltrami
assumiu o comando do batalhão de São Gonçalo. Os valores seriam entre
R$ 5 a R$ 10 mil. As investigações sobre o grupo começaram há sete
meses, a partir de homicídios praticados por traficantes daquela
comunidade, e contam com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.
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O
tenente-coronel Djalma Beltrami assumiu o batalhão há três
meses, depois das denúncias da participação do então comandante
do 7º BPM (São Gonçalo), o tenente-coronel Cláudio Luiz de
Oliveira na morte da juíza Patrícia Acioli, executada com 21
tiros, próximo à sua residência, em Piratininga, na Região
Oceânica de Niterói.
Outros sete policiais militares
lotados no batalhão já foram presos na Operação Dezembro Negro.
Beltrami foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios de
Niterói (Região Metropolitana) com a acusação de envolvimento
com o tráfico de drogas.
O
árbitro |
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Djalma José Beltrami, nascido em 1966 na cidade de São
João do Meriti-RJ, foi árbitro do quadro da Ferj de 1989 a
2011, sendo árbitro Fifa de 2006 a 2008. Após ser retirado
do quadro da Fifa no final de 2008, passou a fazer parte
do quadro de árbitros especiais da CBF até meados de 2011
quando deixou a arbitragem.
No dia 01/05/2011, apitou Madureira e Boavista pela
decisão da Taça Carlos Alberto Torres, sua última partida
como árbitro de futebol. O árbitro-policial encerrou sua
carreira na arbitragem e foi homenageado pela Federação de
Futebol do Estado do Rio de Janeiro imediatamente após o
término da partida.
Polemicas no apito
Djalma Beltrami foi o árbitro da famosa partida entre
Náutico e Grêmio disputada em novembro de 2005 que ficou
conhecida |
Djalma Beltrami durante uma das confusões da famosa
partida "Batalha dos Aflitos" disputada em 2005 |
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como "Batalha dos Aflitos" pela
Série B de 2005. Ele expulsou quatro jogadores do time gaúcho e
marcou dois pênaltis a favor da equipe pernambucana. O placar
foi de 1 a 0 para os gaúchos que jogavam pelo empate.
Em 2009, deu quatro minutos de
acréscimos no segundo tempo da partida entre Santos e
Atlético-MG, porém, encerrou antes do tempo determinado. Ao
perceber o erro, recomeçou o jogo. Aos 50, anulou um gol
legítimo do Santos, que perdeu por 3 a 2.
No Rio de Janeiro, a última vez
em que apitou uma final de campeonato estadual foi em 2007,
quando o Flamengo foi campeão (em disputa por pênaltis) em cima
do Botafogo. No fim da partida, que terminou 2 a 2, Dodô foi
lançado em condição legal, mas o assistente anotou impedimento.
O atacante alvinegro concluiu para o gol e recebeu de Djalma
Beltrami o segundo cartão amarelo, sendo expulso de campo.
Operação Dezembro Negro
Mais de 100 policiais civis
realizam uma grande operação no Morro da Coruja, em São Gonçalo,
região Metropolitana do Rio, com base em uma investigação para
apurar mortes ligadas ao tráfico e o envolvimento de policiais
militares com traficantes. Houve tiroteio na chegada dos
agentes, uma pessoa morreu,
A ação da Polícia Civil visa
cumprir mandados de prisão contra policiais militares e
traficantes. Agentes também estão no 7º BPM (São Gonçalo), para
cumprir 13 mandados de prisão contra PMs. |
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Entre os traficantes
procurados estão Maicon dos Santos de Souza, o Gaguinho,
e Marcelo Fernando Veiga, o Marcelo Piloto, chefes do
tráfico no Morro da Coruja e na Mandela, no Complexo de
Manguinhos. Segundo
as investigações, os PMs receberiam propina de
traficantes para não reprimir o tráfico na região. As
investigações apontam ainda que os policiais receberiam
R$ 160 mil de propina por mês. Mais de 100 policiais
civis participam da operação.
Beltrami assumiu o
comando da unidade após a saída do tenente-coronel
Cláudio Oliveira, acusado de ser o mandante do
assassinato da juíza Patrícia Acioli - morta com 21
tiros quando chegava em casa no dia 11 de agosto deste
ano.
Mais de 100 policiais
civis realizam uma grande operação no Morro da Coruja,
em São Gonçalo, região Metropolitana do Rio,
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com base em uma investigação
para apurar mortes ligadas ao tráfico e o envolvimento
de policiais militares com traficantes. Houve tiroteio
na chegada dos agentes e dois suspeitos foram mortos até
o momento e o tráfego de veículos está complicado na
Praça da Covanca, em frente à comunidade.
A polícia cumpre 13 mandados de prisão contra policiais
no 7º BPM (Alcântara). Os PMs são acusados de receber
propinas de bandidos para não reprimir o tráfico de
drogas. O grupo receberia cerce de R$ 160 mil reais por
mês.
Entre os traficantes procurados estão Maicon dos Santos
de Souza, o Gaguinho, e Marcelo Fernando Veiga, o
Marcelo Piloto, chefes do tráfico no Morro da Coruja e
na Mandela, no Complexo de Manguinhos.
A ação é coordenada pelo delegado Alan Luxardo, da
Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, em
conjunto com a Corregedoria Geral Unificada.
Djalma Beltrami chegou ao
quartel às 8h25m, no banco do carona de um Gol prata. O
tenente-coronel – que também é árbitro de futebol –
entrou na unidade, e logo em seguida um PM foi à porta
do quartel para dizer que o oficial trocaria a farda,
conversaria com o corregedor e depois daria uma
entrevista. Ele saiu preso da unidade por volta das 9h
desta segunda-feira. |
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