27/05/2013 -
Mesmo tendo o Brasiliense Sandro Meira Ricci como único do país
pré-selecionado na ultima lista divulgada, a FIFA ainda reluta em
relacionar qualquer árbitro do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e
se o fizer, este será apenas um coadjuvante. Os apitadores do Brasil
são vistos pela entidade Mundial como sem personalidade, maus
preparados tanto fisicamente como psicologicamente.
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O
Brasil, país do futebol, cinco vezes campeão do
mundo e levar para o mundial a quarta opção, é
uma vergonha! O quadro FIFA brasileiro é um dos
piores do mundo, muitos deveriam sair.
Oscar Ruiz
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Segundo uma fonte
do Apitonacional que participou do encontro, Ruiz teria dito que é
uma vergonha que o
Brasil, o país do futebol, cinco vezes campeão do mundo, levar
Sandro Meira Ricci para o mundial, a quarta opção do país sendo que
antes dele foram indicados Wilson Luiz Seneme, Heber Roberto
Lopes e Leandro Vuaden, todos reprovados em testes físicos
preparatórios realizados pela entidade mundial. Algo inimaginável e
admitido pelos chefes do apito da FIFA devido ao atual momento onde
os homens de preto devem estar extremamente preparados fisicamente
para suprir a exigências atuais.
Quando da sua vinda em abril deste ano a Vitória no Espírito Santo
para participar do
curso Futuro III para Instrutores Técnicos e Instrutores de
Preparação Física de Arbitragem dos dez países que são membros da
Conmebol, entidade que organiza o futebol na América do Sul,
o colombiano Oscar Ruiz que é
instrutor de árbitros da FIFA e participa do Programa de Assistência
à Arbitragem (RAP, na sigla em inglês para Referee Assistance
Program),
criticou duramente a arbitragem brasileira e com ar de desprezo
teria insinuado em conversas reservadas a provável não participação
de nenhum apitador tupiniquim no próximo Mundial.
Ruiz ainda teria dito que o quadro FIFA do Brasil é um dos piores do
mundo em qualidade técnica, física e que muitos árbitros deveriam
sair por não atenderem esses pré-requisitos.
Nota do Apitonacional
As palavras duras do colombiano
supostamente ditas em Vitória-ES, não pega o Apitonacional de
surpresa, pois há tempos estamos cobrando critérios da arbitragem,
diminuição no número de faltas, valorização dos cartões e por isso
estamos pregando no deserto sobre o assunto.
Quem acompanha a arbitragem
diariamente percebe que a qualidade dos nossos árbitros se
comparadas com o resto do mundo é tida como de péssima qualidade. O
Brasil é o único país onde cada árbitro segue exclusivamente o seu
critério, diferentemente dos demais onde os critérios seguidos são
os da arbitragem. Aqui, cada apitador tem um estilo onde em uma
partida com as mesmas características, um árbitro pode marcar 50
faltas e um outro marcar somente 20.
Os culpados não são os apitadores e
sim os dirigentes, pois são eles que escolhem os árbitros e indicam
os formadores baseados no lado político quando deveria ser na parte
técnica. Hoje, um escudo FIFA vale ouro e é usado politicamente
pelos dirigentes, basta relembrar as duas trocas envolvendo
Gutemberg Fonseca e Péricles Bassols no Rio de Janeiro, a ascensão
meteórica de Sandro Ricci e Rodrigo Figueiredo.
O resultado não poderia ser outro,
o quadro é formado por uma grande maioria de árbitros fracos e
caseiros que se escondem atrás do apito marcando falta a qualquer
esbarrão, banalizando as punições aplicando cartões em qualquer
jogada e sem nenhum critério. Tudo ao contrario do que prega a FIFA
que relega a segundo plano nossos apitadores. Basta usar os torneios
internacionais onde as atuações dos apitadores tupiniquins
comparadas com a importância do nosso futebol com os demais países é
insignificante, só sobressaindo alguns árbitros que são forte
politicamente.
Enquanto não mudar essa gestão
falida, a política e os gestores que estão viciados pelo
continuísmo, enquanto não cobrarmos com rigidez dos árbitros que
todos sigam os critérios, a arbitragem brasileira será motivos de
chacota como essa de Oscar Ruiz, que pode ter sido duro nas
palavras, mais foi certeiro e muito feliz nas suas conclusões.
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