fechar, temos o top 10 árbitros que
mais apitaram, com um panorama de quantos cartões cada um deles
aplicou aos jogadores, divididos em amarelos e vermelhos.
DERRUBADO!
VEM CARTÃO AÍ!
Se o assunto é puxadores de cartão,
não tem para ninguém na disputa. Marinho, do Vitória, leva a melhor
com folga. Veloz, habilidoso e dotado de movimentação intensa, o
atacante tem por característica partir para cima da defesa e, em boa
parte da vezes, só é parado com falta. Os 32 cartões amarelos que
renderam aos marcadores desesperados já falam por si. O segundo
colocado da lista é Gabriel Jesus, muito visado pelas zagas
adversárias no móvel ataque do Palmeiras ao longo da competição.
Rafael Sobis fecha o top 3 com 16 advertências geradas a
adversários.
A curiosidade do ranking fica por
conta da presença de Dodô, lateral-direito reserva do Coritiba de 18
anos, como único representante do setor de defesa.
OUTRO AMARELO PARA
ELE!
Em terceiro lugar da lista, Gabriel
Jesus é praticamente um penetra. Isso porque, dos sete primeiros
nomes, ele é o único atacante. À frente do jovem palmeirense, Bruno
Silva e João Vitor são volantes. Entre os três que possuem dez
amarelos, Airton, do Botafogo, tem bem menos jogos que os outros
dois: 21. Kanu, do Vitória, e Léo, do Atlético-PR, possuem,
respectivamente, 26 e 30. Se considerarmos apenas a média por
partida, Joel Carli, do Bota, com 0,56, foi o mais punido.
Embora lidere o ranking de cartões
vermelhos, Lucas, do Cruzeiro, não está entre os jogadores que mais
foram advertidos no Brasileirão. Todas as expulsões do
lateral-direito foram decorrentes do segundo cartão amarelo. A
primeira aconteceu logo na primeira rodada, na derrota por 1 a 0
para o Coritiba, no Couto Pereira. A segunda foi na sétima rodada,
quando a Raposa venceu o maior rival, o Atlético-MG, que tinha o
mando do jogo, por 3 a 2, no Independência. Por fim, a terceira
aconteceu apenas na 26ª rodada. Novamente no clássico mineiro, que
dessa vez tinha mando do Cruzeiro, no Mineirão, e terminou 1 a 1.
Além das ocasiões em que ele precisou deixar o jogo por decisão do
árbitro, ele só sofreu mais um amarelo. No top 7 do Brasileirão,
apenas Clayson, da Ponte Preta, é de uma posição ofensiva. Todos os
demais são laterais ou volantes. Apenas o falecido Thiego, da
Chapecoense, era zagueiro.
O QUE EU FIZ,
PROFESSOR?
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A maioria
dos jogadores reage da mesma maneira sempre que o árbitro
levanta o cartão: "O que eu fiz, professor?" Ou então: "Foi
minha primeira falta!". Mas todo mundo sabe que não
interessa se é a primeira ou a vigésima falta, o motivo fala
mais alto na hora de aplicar a punição. No Brasileirão 2016,
teve de tudo um pouco: cartão por reclamação, por carrinho
violento, por empurrão, por atitude antidesportiva, enfim,
um show de razões para os juízes meterem a mão no bolso.
O gráfico ao lado deixa claro
que a maior parte dos amarelos e vermelhos da competição
saem de jogadas mais ríspidas, como um calço por trás ou um
carrinho temerário. O tradicional agarrão pela camisa para
evitar contra-ataques também está entre as infrações mais
cometidas - e punidas adequadamente. A trombada, que vem a
ser aquele tranco com o corpo, por exemplo, para obstruir a
passagem de um adversário, figura no top 5 também.
Os cartões por reclamação são
os líderes entre os motivos não violentos para aplicação de
cartões. Atitudes antidesportivas, como isolar a bola após o
apito do árbitro, discussões ásperas com rivais, agressões e
rodízios de faltas foram situações freqüentes no Brasileirão
2016 e geraram punições a atletas em 141 oportunidades. |
PRA QUÊ
ISSO, JOGADOR?
Sabe aqueles cartões que o jogador do
seu time teima em levar por uma verdadeira bobagem que fez em campo?
É reclamação, é simulação, é mão na bola, é tirar a camisa na hora
do gol... Todos cartões totalmente evitáveis que tiram o torcedor do
sério. Fizemos aqui um ranking dos times que mais levaram esses
"cartões bobos", e o Santa Cruz ficou na frente com um número
curioso: oito cartões por colocar a mão na bola - nenhum dos outros
19 clubes foi advertido mais de quatro vezes no quesito.
No outro extremo da tabela está o
Fluminense, que parece evitar levar cartões sem motivo. Entre os
mais punidos estão Botafogo e Cruzeiro, que detêm o recorde de
advertências por reclamação no Brasileirão: total de 16.
Vale lembrar que a CBF dá uma
orientação aos árbitros para punir os jogadores em algumas
comemorações de gol, que possam caracterizar atitude antidesportiva,
como, por exemplo, retirar a camisa do corpo ou ir celebrar junto à
torcida. O único cartão do Flamengo por este motivo foi justamente o
que deixou o meia Diego fora da última rodada, quando o atleta foi
comemorar o gol de voleio na vitória sobre o Santos, no Maracanã, em
duelo válido pela penúltima rodada do Brasileirão.
É PARA CARTÃO, HEIN,
JUIZ!? Selecionamos os
dez árbitros que mais apitaram jogos do Brasileirão 2016 para fazer
um recorte mais justo do rigor de cada um. Os dois juízes com menos
partidas neste Top 10 foram Elmo Resende Cunha e Wagner Reway, e o
primeiro foi justamente o líder em média de cartões: 5,46 por jogo.
Dewson Fernando Freitas foi o segundo, mas esteve em campo oito
jogos a mais que Elmo, o que faz sua média ficar mais diluída.
Anderson Daronco foi o árbitro que
mais apitou partidas da elite na temporada: 22. Distribuiu 116
cartões, uma das três médias mais altas. Wagner do Nascimento
Magalhães, por sua vez, foi quem mais aplicou vermelhos ao longo de
seus 14 jogos: foram cinco, número considerado alto.
Raphael Claus, apontado como o melhor
árbitro do Brasileirão, figura com a média mais baixa de cartões do
ranking. Em 16 jogos, mostrou que tem por estilo administrar as
situações de jogo sem necessariamente punir jogadores com cartões.
*A equipe do Espião Estatístico é
formada por: Eduardo Sousa, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal,
Leandro Silva, Marcio Menezes, Paula Carvalho, Roberto Maleson,
Valmir Storti e Wilson Hebert.
Fonte: GE - Por Guilherme Marçal,
Roberto Maleson e Wilson Hebert - Rio de Janeiro.
Apitonacional, compromisso só com a verdade! |