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16/11/2009 -
Rodada após rodada, um assunto ganha destaque negativo no Campeonato
Brasileiro: a arbitragem. O tema chegou a níveis críticos nas últimas duas
semanas, com o afastamento dos árbitros Carlos Eugênio Simon e Elmo Cunha.
As atuações dos donos do apito estariam piores em relação a outros anos?
Na opinião do auditor Dário Rossine, membro do Pleno do Superior Tribunal
de Justiça Desportiva (STJD), a resposta é afirmativa. E o jurista aponta
a Comissão de Arbitragem da CBF como culpada.
Rossine critica algumas atitudes da entidade, como a suspensão de Simon e
Elmo Cunha, e diz que o trabalho que vem sendo feito pelo presidente
Sérgio Corrêa é fraco.“Está havendo
um grande equívoco por parte do presidente da Comissão de Arbitragem da
CBF, acho que ele está lavando roupa suja em público, o caminho |
não é este. A figura do árbitro tem que ter um
grande apoio da comissão, que tem que levar em conta o trabalho
desenvolvido, o qual, a meu ver, é fraco. (A comissão) não está sendo
competente o suficiente para trazer um grupo de árbitros, formar uma
elite. Acho que a CBF tem que montar uma comissão de notáveis para tomar
conta da arbitragem, pessoas com conhecimento, capazes de lidar com o
emocional, com a parte profissional, que possam instruir e acompanhar o
árbitro em todo o seu trabalho, antes, durante e depois do jogo. Acho que
chegar, dizer que o árbitro errou e colocar nota na imprensa dizendo que
está punido é muito fácil. Não é por aí. O trabalho tem piorado, acho que
arbitragem está num nível muito baixo, mas isso é conseqüência de quem
comanda”, declarou ao repórter Wellington Campos, colunista do site
Justicadesportiva.com.br.
O auditor do STJD não poupou também a
imprensa, que, segundo ele, tem feito uma pressão exagerada sobre a
arbitragem. “Acho que a imprensa está pegando pesado e precisa saber que
ela tem todo um aparato tecnológico, toda a tranqüilidade de uma cabine,
com ar condicionado, com cafezinho ao lado, com uma bolachinha, o auxílio
do monitor para ver, rever os lances, tem os repórteres e comentaristas
auxiliando. Acho que não pode ser este o caminho. Estamos chegando a um
ponto em que está invadido até a questão familiar do árbitro. A imprensa
não bate pesado nos jogadores, nos dirigentes, mas, contra os árbitros,
tem pegado pesado.
Grifo do apito: O auditor Dario
Rossine conhece muito bem a arbitragem fora das quatros linhas, por anos
conduziu os maiores nomes da arbitragem Sul-americana aos campos de
futebol, porém, nunca apitou uma partida e nunca escalou um árbitro. Não
tem conhecimento pratico para avaliar com credibilidade e isenção um
árbitro ou uma comissão de árbitros, deveria aproveitar melhor o tempo de
folga para se reciclar juntamente com os membros do tribunal que ficam
olhando cor de cabelo de atleta para fundamentar voto no plenário do
tribunal.
Dario Rossine foi indicado ao STJD por
Jorge Paulo de Oliveira Gomes, Presidente da Anaf que devido ao imbróglio
do caso Penalty/Diadora no fornecimento de material para os árbitros é
contra a atual comissão de árbitros da CBF, talvez este fato explique as
criticas desnecessária e fora de hora do auditor.
Fonte/Foto: justicadesportiva.com.br |